Ontem o tema interno aqui no oráculo foi o novo filme do Bátima, O Cavaleiro das Trevas Ressurge. Isso porque rolou nesta quinta-feira a primeira exibição para a imprensa brasileira.
E o filme é bom, delfonauta. Muito bom. Tão bom quanto O Cavaleiro das Trevas? Não. O Coringa faz falta, e Bane é uma escolha de vilão bem estranha considerando que a galeria de malvadões do homem-morcego é uma das mais legais dos gibis.
O terceiro filme conclui bem a história desta encarnação do Batman, e de fato não faria sentido termos novos filmes depois deste. Ele tem inclusive a possibilidade de fazer um dos finais mais corajosos da história do cinema, mas acaba abrindo mão disso rumo a uma conclusão óbvia e esperada.
Ao contrário dos anteriores, no entanto, este filme é bem mais padrão e menos criativo. Tem várias cenas repetidas, das quais a mais frustrante é a cena Han Solo (você sabe, o personagem individualista diz que vai embora só para voltar depois quando o herói mais precisa dele).
Como é moda nas adaptações de quadrinhos atuais, ele relaciona tudo a todos. Tem uma pá de flashbacks do primeiro filme por aqui, e praticamente todos os personagens novos estão ligados de alguma forma a algo que aconteceu antes na franquia.
Apesar disso, o filme é longo e conta muito bem uma história inteligente, que não subestima o espectador. Curiosamente, temos bem pouco Batman no filme. Ele demora para aparecer pela primeira vez e depois some novamente por um tempão. Faz sentido na história, mas é um caminho inesperado para um filme do herói. Afinal, o Batman não é o Homem-Aranha, em que o seu lado humano é mais importante que o super-heroístico.
Uma coisa curiosa é que absolutamente tudo que foi vazado sobre a história acabou se confirmando na versão final. Claro, não vou especificar aqui para não estragar a surpresa de ninguém, mas é raríssimo um grande filme como este ter pontos tão vitais da sua história revelados antes da hora. E se você quer saber sobre aquela cena tão clássica dos quadrinhos relacionada ao Bane, selecione abaixo. Mas esteja avisado: spoilers malvados habitam o espaço em branco.
Sim, a cena está no filme, exatamente como ela está no gibi. Infelizmente, suas repercussões não são tão drásticas e, para dizer a verdade, ela acaba sendo resolvida de forma um tanto deus ex machina.
Essas são as coisas que saí do cinema pensando. A resenha completa será escrita pelo nosso bat-fanboy de plantão, o Carlos Cyrino, e sai na semana que vem. Como parte do nosso “especial Batimão”, na próxima semana também vamos publicar a resenha delfiana que todos os delfonautas gamers estavam esperando, do game Batman: Arkham City.
Então se você também é um bat-fanboy, mantenha-se delfonado, pois semana que vem o DELFOS será habitado por morcegos.