Candle Knight é um plataforma 2.5D com influências de souls e metroidvania, que até o momento está disponível apenas para Windows. Há versões para console planejadas, porém ainda sem previsão de lançamento. Eu joguei cinco horas da campanha, de um total estimado de oito, e agora te conto tudo o que achei. Acenda sua vela e pule no buraco escuro comigo!
CANDLE KNIGHT: UM LINDO METROIDVANIA
Você que me conhece sabe que eu gosto muito de um plataforma 2.5D. Foi assim que cheguei no Candle Knight, um game muito bonito, especialmente se você considerar que é o primeiro jogo da Dracma Studios. Se liga:
O game tem uma iluminação bem charmosa e um excelente uso de cores, além de ser totalmente jogável por controles, o que sempre é bem-vindo em jogos de PC. Ligado na minha TV, eu achei ele um tanto escuro demais, e a configuração de brilho do menu de opções não salva ao sair da tela. Porém, jogando na tela do notebook, isso não era um problema, e o game era bem impressionante visualmente.
Ele usa bem os truquinhos comuns a 2.5D, como momentos em que a câmera abre ou se afasta, mostrando um mundo totalmente 3D, embora você só possa se movimentar para a direita ou esquerda. Há muita verticalidade também, e as fases são bem labirínticas.
Até onde eu joguei, ele é um metroidvania bem light. A progressão parece linear, com uma fase depois da outra, embora exista a possibilidade de voltar e explorar com novas habilidades. Eu sei que mais para frente na campanha, ele libera fast travel, mas não sei se isso apenas facilita para quem quiser pegar tudo ou se o jogo vai exigir que você volte para as fases anteriores.
O COMBATE DE CANDLE KNIGHT
O gimmick único de Candle Knight são suas mecânicas de seu combate. A cada quatro golpes desferidos, você, digamos assim, sobe de nível. Isso deixa seus ataques bem mais poderosos, mas também aumenta muito o dano dos inimigos. A ponto de que, no nível máximo, você pode perder a vida inteira com um único ataque.
A Dracma Studios diz que isso é um sistema dinâmico de dificuldade. Mas não é bem assim. Não é como o Resident Evil 4, que deixa o jogo mais fácil ou mais difícil de acordo com suas habilidades. A maioria dos inimigos precisa de vários ataques para morrer, especialmente se você estiver “frio”. Assim, ao martelar os desgraçados, seu nível automaticamente sobe. Quando o maledeto atacar, fatalmente você já estará “quente”, e se não conseguir escapar, vai perder muita vida. Ou morrer de vez.
Isso é controlável. Você pode bloquear ataques ou segurar um botão para esfriar. Porém, o bloqueio não parece funcionar direito. E segurar o botão te deixa muito lento, sem possibilidade de atacar, e demora muito para esfriar. Em outras palavras, na maior parte das batalhas com chefes e inimigos mais poderosos, você vai ficar quente sem a possibilidade de esfriar. O resultado na prática é bem menos técnico e mais desesperador do que o que provavelmente foi planejado pela desenvolvedora.
A PERFORMANCE DE CANDLE KNIGHT
Meu notebook é muito superior ao hardware recomendado. Mas há problemas de performance. Na maior parte do tempo, eu conseguia jogar a 1440/60 no Ultra. O máximo que o jogo permite é 60, então nunca roda mais rápido que isso, mesmo que suas configurações suportem. Porém, algumas cenas como a tela em que eu cheguei (mais sobre isso em breve), têm travamentos graves.
O jogo nunca ficou suave em 60 para mim, mas em geral as quedas eram imperceptíveis. Na tela em questão, no entanto, ele caía para 20 e tantos e dava longos travamentos. Eu precisei baixar a resolução para 1080 simplesmente para ser jogável. Não sei o que há de tão pesado naquela tela, mas até onde eu cheguei, foi o único ponto em que eu realmente precisei diminuir a configuração para poder jogar.
QUER CONTINUAR? EU SOLTO UM PUM NA SUA DIREÇÃO!
Em determinado ponto da campanha, há telas separadas da fase principal, com missões autocontidas. Achei que eram sidemissions e fiz as que consegui. Porém, ao chegar ao fim da fase principal, fiquei sabendo que precisava voltar e fazer as outras. A que faltou envolve um cavaleiro que diz para você iniciar sua invenção. É a máquina da imagem acima. Eu encontrei duas delas e as iniciei. Porém, não consegui encontrar outras, e ele não me dá a pedra que me permite progredir.
Tem gente nos forums da Steam perguntando sobre este mesmo problema. Porém, fiquei com receio de ser um bug. Repare que, na imagem acima, mesmo a tocha estando acesa, ela mostra um ícone que manda acendê-la. Será que o jogo de alguma forma não registrou que eu cumpri o requisito? Além disso, na mesma tela há uma alavanca que deveria abrir uma porta de atalho. Eu mexi nela, e ela travou do outro lado, mas a porta não abriu. Em conversa com a desenvolvedora, eles me confirmaram que eu deveria receber a recompensa após ativar as duas máquinas. Então de fato há um bug que me impede de continuar a campanha no momento.
Foi por causa disso que eu parei de jogar Candle Knight. Eu certamente gostei o suficiente para querer jogar até o fim, mas não foi possível no tempo que tinha para jogá-lo. Se recomendo? Olha, falta um pouquinho de polimento aqui, mesmo o jogo tendo saído há alguns dias. Mas certamente é um game bem legal. Talvez quando sair para consoles ele esteja mais redondinho. De qualquer forma, se você gosta de plataformas 2.5D tanto quanto eu, há aqui bastante diversão. Só espere um pouquinho para garantir que o jogo seja terminável antes de comprar.
