Essa é muito boa e mostra a capacidade de assimilação dos super-heróis na cultura de vários países.
O amigão da vizinhança, Homem-Aranha, um dos heróis mais populares já criados, e o favorito do Corrales aqui do DELFOS, invadiu as bancas da Índia, mas calma, não estou falando do alter-ego de Peter Parker mas sim do incrível Pavitr Prabhakar, que nas horas vagas gosta de lutar contra o crime se balançando pelas ruas de Bombaim e Nova Delhi. Pois é, para que o personagem tivesse uma maior aceitação na terra de Gandhi, a Marvel Comics (detentora dos direitos do personagem), permitiu que as histórias do super-herói fossem reescritas com temas locais pela editora indiana Gotham Entertainment Group, que tem, curiosamente, o nome da cidade onde mora o Batman, um dos principais heróis da DC, concorrente da Marvel.
Tudo foi adaptado à cultura da Índia, desde seu traje, seus amigos e, obviamente os vilões. Falando neles, o primeiro que o espetacular Homem Aranha indiano irá enfrentar será o famigerado Rakshasa, uma versão do nosso conhecido Duende Verde (Dudu para os íntimos).
Vale lembrar que essa atitude não é inédita, já que o Homem-Aranha também foi recriado nos anos 70/80 para uma série com atores reais japoneses (estilo Jaspion), onde ele era um guerreiro vindo do espaço sideral e tinha até um daqueles super robôs gigantes. Um pouco depois, também no Japão, o personagem ganhou um mangá próprio onde também tinha suas aventuras recriadas do ponto de vista oriental, e não posso me esquecer do desenho original do Homem-Aranha produzido nos anos 60, onde, na dublagem brasileira, tivemos os nomes dos personagens “abrasileirados” e Peter Parker se transformando em um simpático Pedro Prado (Nota do Carlos: e convenhamos, é melhor que “Péter”).