Leia também:
– Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban: o terceiro filme.
– Harry Potter and the Prisoner of Azkaban: o jogo do terceiro filme.
– Harry Potter e o Cálice de Fogo: o quarto filme.
– Harry Potter e o Cálice de Fogo: o quarto livro.
– Harry Potter e o Cálice de Fogo: livro X filme: Fight!
– Harry Potter e a Ordem da Fênix: o quinto filme.
– Harry Potter e as Relíquias da Morte: o último livro.
Cacildis! Deu tanto trabalho compilar todos os links aí em cima que antes de começar a escrever a resenha, eu já estou cansado. Isso sem falar do atraso de 45 minutos para começar a sessão (de, para variar, um filme de quase três horas).
Fazer uma sinopse para Harry Potter e o Enigma do Príncipe é difícil. Isso porque o tempo passa, o tempo voa e… nada acontece. Bom, a gente tem a turminha voltando para seu sexto ano em Hogwarts, uma Gina Weasley já mulher e praticamente implorando para ser misturada a bacon e um novo professor cujas memórias podem ser vitais para a derrota final de Voldemort.
As coisas vão acontecendo num ritmo bem devagar e, durante a maior parte do tempo, parece um daqueles filminhos de jovens no colegial atrás de sexo, tipo American Pie (aliás, quem diria que o Ron poderia escolher entre várias opções, hein?). O perigo mesmo só vai dar as caras na última cena, que é bem legal, mas a sensação ao sair da sala é meio “pô, cadê a história?”.
Por outro lado, em nenhum momento o troço parece um filme ruim. Ele se dá bem no humor e ajuda a passar o tempo sem grandes momentos de tédio, embora também não chegue a empolgar em nenhuma cena. Pois é, delfonauta, quem diria: Harry Potter 6 é um filme nada.
O tal príncipe mestiço, que dá nome ao longa, por exemplo, é mencionado logo no início, mas depois fica mais ou menos uma hora e meia sem ninguém citá-lo. E, quando você finalmente descobre quem é, chega a ser até broxante de tão previsível.
Aliás, uma coisa que me incomodou foi a revelação de que determinado personagem que conhecemos desde o início é um vilão. Não chega a ser spoiler, pois acontece nos primeiros minutos, mas não vou estragar a surpresa de quem ainda não sabe. Basta dizer que isso arruína toda a ambiguidade moral que fazia do dito-cujo meu personagem preferido da série.
Pelo que disse acima, pode parecer que é o pior da série, mas não é essa a impressão que tive. Como todo filme nada, HP6 brilha na parte técnica. Além disso, não saí da sala bravo, como aconteceu com o Prisioneiro de Azkaban (quando ainda considerava a franquia excelente, graças aos fenomenais primeiros dois filmes).
A sensação é mais ou menos o que senti ao sair de O Cálice de Fogo. A história de nenhum dos dois é interessante ou tem conteúdo suficiente para justificar dois filmes (especialmente dois filmes com mais de duas horas). Dava para combinar ambos em um único longa e ainda sobrava espaço.
Vale a pena para quem quiser acompanhar a história toda, mas, sinceramente, tudo que acontece de importante no filme poderia ser resumido em uma frase (a identidade do vilão que citei acima e que acontece logo no início e uma morte do final). Tirando isso, é possível passar de A Ordem da Fênix para As Relíquias da Morte sem nenhum prejuízo narrativo.
Curiosidades:
– Como já é tradição nas resenhas delfianas da série Harry Potter, as imagens que ilustram essa matéria nada têm a ver com o filme. Isso porque o CD de imagens distribuído na cabine vem com uma série de exigências, dizendo que só poderemos usá-lo se aceitarmos um monte de coisa absurda e impraticável – ESPECIALMENTE para um veículo online (tipo garantir que a imagem não seja copiada ou usada por terceiros). Essas exigências estúpidas devem vir direto da própria J. K. Rowling, já que a Warner nunca faz esse tipo de coisa com seus outros filmes. Assim, como eu não tenho como me adequar às condições, vi-me obrigado a procurar por imagens em outro lugar.
– As imagens que você vê aqui apareceram quando eu fiz uma busca na internet pela palavra “estúpido”, na esperança que aparecesse algo que dissesse em figuras quão estúpida é essa exigência da escritora. Não sei se elas cumprem esse papel, mas ao menos são engraçadas. E convenhamos, não existe nada mais estúpido do que uma autora que prefere ver uma resenha de seu filme ilustrada por um sujeito cheio de pregadores na cara ao invés de imagens – e eu sei que estou sendo ousado ao sugerir isso – DO PRÓPRIO FILME!