ATENCIÓN: El cuento abajo és 66% real, 74% fictício e 100% abenzonado por El Viento Nigro!
Acredito que esta é a matéria mais esperada desta série, já que o meu querido público delfonauta é definitivamente abençoado por El Viento Nigro.
Não é segredo para ninguém que o passatempo preferido de Deus é ficar mandando evil monkeys para a minha pessoa. E vários deles foram relacionados a essa minha viagem ao Chile, como o terremoto, por exemplo. Outro deles foi o fato de que o Gamma Ray e o Manowar, duas das minhas bandas de Metal preferidas, tocariam em São Paulo no mesmo final de semana – e é justamente num final de semana em que eu não estaria no país. Maldito seja Javé!
O Gamma Ray eu ainda tive oportunidade de assistir várias vezes, então nem ficaria tão chateado de perder, mas o Manowar seria bem triste. Eu até assisti aos caras no Monsters de 1998, mas admito que mal conhecia a banda naquela época. E essa seria a primeira oportunidade de ver os caras ao vivo desde que eu comecei a fazer da besuntação em óleo uma prática diária na minha vida.
Felizmente, os anos que passei jogando adventures me treinaram para resolver puzzles na vida real, e logo me toquei que era bem provável que eles passassem pelo Chile durante minha estadia lá. Logo, confirmei isso. O Gamma Ray tocaria em Santiago no dia cinco de maio e, de acordo com nosso planejamento, eu estaria na cidade nessa data. Já o Manowar, passaria por ali no dia 14 e eu só voltaria do deserto um dia depois. Uma pequena reformulação depois e pronto, eu estaria em Santiago para os dois shows. Agora só faltava chegar lá, descobrir onde comprar os ingressos, comprá-los e ver onde eram as casas de shows.
COMPRANDO OS INGRESSOS
Uma vez que percebemos que todo Santiago se concentrava na rua Paseo Ahumada, foi fácil deduzir que ambos os ingressos seriam vendidos lá. Um (o Manowar) era da nossa querida e estimada Ticketmaster, o outro não. Porém, ambos eram vendidos separados por uma distância de menos de um quarteirão. E veja só: não apenas não existe a temível e salgada taxa de conveniência lá, como os ingressos são consideravelmente mais baratos.
O Gamma Ray saiu por menos de 60 reais. Já o Manowar foi um pouco mais caro, beirando os 100 lulas tupiniquins. Ainda assim, mais barato do que foi a meia-entrada para os mesmos shows aqui na minha cidade natal. Quem diria? Talvez o cancelamento dessa lei da meia-entrada realmente traga benefícios para a população.
Ingressos em mãos, agora era hora de descobrir como chegar às casas de shows. Descobrimos que o Teatro Novedades, onde rolaria o Gamma Ray, era perto de um metrô, vestimos nossa roupinha de astronauta cinza e brilhosa, minhas anteninhas verdes e fomos que fomos.
O TEATRO NOVEDADES E O SHOW DE ABERTURA
O Teatro Novedades é um lugar aparentemente bem antigo e meio decrépito. Era o tipo de lugar que, como algumas mulheres, você percebe que foram bonitos um dia, mas que já passaram do auge há bastante tempo e hoje ninguém mais quer entrar lá. Chegamos bem em cima da hora (o show estava marcado para as oito) e, assim que entramos, a banda de abertura começou a tocar.
Essa turminha já me ganhou de cara. Todos entraram no palco fazendo os tradicionais chifrinhos com as mãos e com sorrisões que iam de orelha a orelha. Era claro que eles estavam felizes em tocar lá e o amigo delfonauta sabe que assistir uma banda tocando com vontade é sempre mais legal.
O estilo deles ainda ajudou bastante, pois, tal qual o Gamma Ray, era um Metalzão bem pesado e cheio de melodia, com riffs empolgantes e faixas com títulos divertidíssimos como Made of Steel e Power Metal Pride. Aliás, é simplesmente impossível não cantar junto o refrão dessa última.
Infelizmente, eles cometeram o erro padrão das bandas de abertura e não falaram o nome deles. Uma pena, pois o show foi tão legal e tão divertido que eu gostaria de ouvir mais.
Assim, decidi perguntar para o pai dos burros internéticos, que me respondeu que o nome da banda era Bloden-wedd. Ouça aí embaixo a divertida Power Metal Pride.
O PÚBLICO
O público me lembrou o público brasileiro de shows pequenos: ou seja, dá para você ficar confortável e tranquilo na maior parte do tempo. Ainda assim, eu vi rolando uma briga um pouco à minha frente, que logo foi separada pelo restante dos headbangers.
Depois do excelente show de abertura, eu estava pronto para esperar os tradicionais 40 minutos de intervalo, embora estivesse torcendo para começar logo, pois estava há 48 horas sem dormir (por causa daquele maravilhoso albergue onde estávamos, cujo texto você não leu porque resolvi não publicá-lo. Esse era nosso primeiro dia num hotel decente e ainda não tínhamos dormido).
Passaram os 40 minutos e nada. Quando o intervalo chegou aos 60 minutos, o público começou a fazer algo que eu nunca tinha visto antes: hostilizar a banda. Começaram a vaiar, reclamar, jogar coisas no palco e afins. Sinceramente, achei isso bem legal, pois também odeio atrasos.
Percebendo a hostilidade, o Gamma Ray resolveu parar de enrolar e entrar logo no palco. E, quando a intro Welcome começou a rolar, todo sinal de hostilidade já tinha sumido.
GAMMA RAY
O Gamma Ray é uma banda bem regular. Com isso, quero dizer que, se você simpatiza com o estilo, provavelmente vai gostar de todos os discos e de todos os shows que assistir. Eu, pelo menos, já assisti a um montão de shows dos caras e gostei de todos. Esse não foi exceção.
Os caras são simpáticos, sorridentes, se mexem bastante, brincam com a plateia e tudo mais que um bom show de Rock tem que ter. Além disso, eles variam bastante o setlist, possibilitando que sempre tenha alguma coisa nova mesmo para quem já viu o concerto antes.
A novidade para mim dessa vez foi a dobradinha The Saviour/Abyss of the Void, sensacional e extremamente cantarolável canção do primeiro Land of the Free. Logo que comecei a ouvir Heavy Metal, essa foi uma das minhas primeiras preferidas e foi simplesmente tremendão ouví-la ao vivo.
Também vale destacar To The Metal, que começa com um plágio descarado de Metal Gods, do Judas Priest. Porém, quando a banda começou a tocá-la, Kai Hansen apareceu com um chapeuzinho idêntico àqueles tradicionalmente usados por Rob Halford, o que mudou minha opinião e eu comecei a considerar aquela intro mais uma referência/homenagem do que um plágio propriamente dito. Claro que isso não desculpa todos os outros plágios cometidos pela banda e que já foram comentados por aqui.
A parte mais fria do show para mim foi a partir da terceira música, quando eles mandaram uma sequência de quatro faixas do disco novo To The Metal (com Fight, do Majestic, lá no meio). Não porque essas músicas sejam ruins ou porque eu não goste do álbum, mas simplesmente porque ainda não tinha tido a oportunidade de ouvi-las o suficiente para poder dizer que as conheço bem.
Curiosamente, um destaque positivo inesperado foi o solo de bateria. Isso porque, depois da parte tradicional, de tocar rápido, com participação da platéia e afins, começou a rolar uma música clássica. É até comum em shows de Metal termos o baterista acompanhando a música que rola em playback. Porém, neste caso, ele não fez uma batida para a dita-cuja, mas literalmente a tocou, nota por nota, na bateria. Foi a primeira vez que vi isso e, até por causa da novidade, acabei achando bem divertido.
Confira o setlist do show aí embaixo:
Welcome – Intro
Gardens Of The Sinner
New World Order
Empathy
Deadlands
Fight
Mother Angel
No Need To Cry
The Saviour
Abyss Of The Void
Drum solo
Armageddon
To The Metal
Rebellion In Dreamland
Man On A Mission
Bis:
Ride The Sky
I Want Out
Bis 2:
Send Me A Sign
Como quem foi no show de São Paulo pode constatar, foi tudo mais ou menos igual. A única diferença que percebi foi que, em Santiago, não rolou Future World. Uma coisa que achei curioso é que vários discos dos caras foram ignorados no set, inclusive o meu preferido, Somewhere Out In Space, sem falar em absolutamente tudo que foi gravado pelo Ralf Scheepers. Um pouco mais de variação teria sido legal, mas no geral, foi mais um bom show do Gamma Ray, a banda que sempre faz bons shows.
Ah, e veja só que legal: a Cinthia pegou uma das palhetas jogadas pelo Dirk Schneider.
FAST-FORWARD
Alguns dias depois iríamos para o deserto, onde veríamos coisas que nem parecem a Terra e escalaríamos um vulcão ativo. Finalmente, voltaríamos para Santiago, no final da viagem, e assistiríamos ao Manowar.
Nesse meio tempo, os caras tocaram em São Paulo e, apesar da resenha oficial delfiana ser positiva, é fato que eles decepcionaram muita gente por causa do setlist bisonhudo com faixas extraídas apenas dos dois mais recentes (e piores) discos da banda.
Como era a primeira vez do Manowar no Chile, tinha esperanças que eles respeitariam mais os fãs, tocando o que a gente queria ouvir. Porém, já me preparei para o pior e fiz uma playlist com o setlist do Brasil para ouvir no avião de volta a Santiago. E grande parte daquelas músicas eu mal tinha ouvido antes, já que o Gods of War me deixou uma péssima impressão na primeira audição, anos atrás. Talvez fosse um bom álbum para o Blind Guardian ou o Rhapsody, mas para o Manowar foi realmente decepcionante.
Seja como for, ouvi as músicas mais desconhecidas algumas vezes, o suficiente para reconhecê-las nos shows, e até descobri uma faixa que gostei bastante e para a qual nunca tinha dedicado muita atenção – Loki God of Fire.
TEATRO CAUPOLICAN
Durante nossa estadia no Chile, vimos que vários shows grandes estavam rolando no Teatro Caupolican, então deduzimos que ele era o Credicard Hall chileno. Olhando no nosso fiel mapinha, vimos que o local ficava perto da famosa Ahumada, então resolvemos ir a pé. Tirei toda minha roupa, coloquei minha cueca de couro de pantera, besuntei-me em óleo e, uns 40 minutos de caminhada depois, chegamos lá. E o local lembrava bastante o Olympia, tradicional casa de shows paulistana (hoje fechada). Isso porque era grande e luxuoso, porém bem velho. Já sua decoração, hoje em dia, parece bem brega.
Entrar num show do Manowar é uma sensação completamente diferente. Isso porque não basta ter o ingresso em mãos. Durante a revista, o segurança pedia para os homens flexionarem os músculos, os apalpava inteiros e conferia o tamanho da ferramenta lusitana de cada um. Uma vez aprovado no teste físico, ainda precisei provar que tinha a atitude correta. Ele me deu uma faca e pediu para eu provar minha trüeza. Para isso eu não estava preparado, então precisei improvisar. Fiz minha melhor cara de mau, passei a faca na língua e cuspi o sangue decorrente do corte na cara do segurança.
Ele sorriu, limpou o sangue com um lencinho rosa de florzinhas e, em seguida, me entregou uma cerveja, me chamou de irmão e disse que nossos amigos estavam ali, enquanto apontava o caminho para a pista. Depois explicou que esse procedimento era apenas uma garantia para que nem mariquinhas nem posers entrassem no hall e depois processassem a banda por causa dos inevitáveis ouvidos sangrando após serem submetidos ao poder do Manowar.
Eu respondi que entendia, afirmando “Us, trüe metal people wanna rock, not pose”. Ele concordou e então ambos fizemos nossas caras de machos alfas e o sinal do martelo, de olhos fechados. Foi quando a Cinthia finalmente acabou de ser revistada e me encontrou ali, ao lado do segurança, ambos nessa posição, imóveis. Porém, ao abrir os olhos, percebi que estávamos ao lado de mais um monte de true metal people, desses que querem rock, não pose, parados aos nossos lados na mesma posição.
O segurança logo percebeu que a Cinthia me esperava, e então disse “go forth, fight proud, my son! Into glory ride!”. Assim, gritamos juntos Hail and Kill, seguido de uma rosnada, e fomos para a pista.
No caminho para a pista, repleto de homens com pouca roupa e muito óleo, grunhíamos uns para os outros enquanto fazíamos o sinal do martelo e brindávamos ao poder e ao som. Afinal, todos sabíamos que o trovão e o Metal iam chacoalhar o chão e isso merecia um brinde. Virávamos nossas garrafas de cerveja do alto, permitindo que ela não só entrasse pela boca, mas também nos banhasse em toda sua trueza. Bebíamos pelos nossos irmãos, que nunca seriam derrotados. Era o momento de adentrar o hall e louvar o Deus Metal. E ninguém poderia nos impedir, quero ver só tentarem. Pelo Metal, todos os presentes morreriam! m/
Ao entrarmos, vimos que poderíamos escolher entre a pista ou um balcão que ficava acima. Porém, a entrada para a pista estava lotada de gente, o que tornaria a entrada por ali um estresse desnecessário. Portanto, resolvemos assistir ao show devidamente sentadinhos na parte de cima.
MANOWAR
Dessa vez não rolou banda de abertura e o show começou com um pequeno atraso de alguns poucos minutos. Hand of Doom foi a primeira música, e o som estava bem embolado. Felizmente, para a segunda, Call to Arms, isso foi resolvido e tudo ficou bem cristalino.
O destaque absoluto vai para Eric Adams. Qualquer um que já ouviu as primeiras gravações ao vivo do Manowar sabe que ele deixa muito a dever em relação à sua performance no estúdio. Curiosamente, ele parece ter melhorado bastante pois, se não estava tão bom quanto em estúdio, estava pelo menos suficientemente próximo.
Quando a terceira música (Die With Honor) começou, percebemos o inevitável. O show seria o mesmo que no Brasil. Logo, a plateia, que começou o show animada como se estivesse num show do Iron Maiden no Brasil, começou a esfriar e a pedir incessantemente por Hail and Kill. O Manowar, no entanto, não só não dava bola como não deixava a galera pedir, emendando uma música atrás da outra.
Toda pequena pausa que tinha, começava o coro de Hail and Kill e, talvez por causa disso, a banda mal falava com o público. Apenas em um momento rolou algum tipo de conversa, obviamente vindo do Joey DeMaio, em espanhol, dizendo aquelas coisas de sempre (Os fãs do Manowar são os mais barulhentos do Chile, etc) e brindando ao público da forma tradicional, jogando a cerveja do alto e errando a própria boca.
Além disso, Eric Adams também confundiu, assim como em São Paulo, Sons of Odin com Die With Honor e começou a rir sozinho, enquanto dizia que era a terceira vez que fazia isso nessa tour. Ele começou a rir e Joey logo assumiu, chamando as atenções para si enquanto virava uma cerveja. Afinal, todos sabem que rir não é trüe, portanto Eric Adams não tem permissão para rir.
Talvez por causa do fiasco que rolou em São Paulo, com aquela babaquice da camiseta do Iron Maiden (ainda se fosse uma camiseta do Guns ou do Bon Jovi, faria parte do showzinho do Manowar, mas agir daquele jeito por causa do Maiden foi bem estranho), nenhum chileno foi convidado a subir no palco para tocar guitarra. Da mesma forma, não tivemos garotas dançando nem fazendo strip-tease. Foi um show estritamente musical, e cheio de músicas que ninguém queria ouvir.
Aliás, foi tão monótono que eu até estranhei a Cinthia, ao meu lado, batendo a cabeça furiosamente. Foi quando olhei para ela e percebi que ela não estava batendo cabeça, mas caindo no sono. Sabe quando as pessoas dormem sentados, daí a cabeça cai, eles acordam e levantam, e logo em seguida repetem o procedimento? Pois então.
Apesar disso, teve três músicas que não só foram os grandes momentos do show, como estão entre os três melhores momentos ao vivo que já presenciei. Me refiro às faixas Call to Arms, Die For Metal e Warriors of the World United. E cada uma ganha um parágrafo especialmente para elas.
Call to Arms é uma composição simplesmente genial. É Heavy Metal da forma originalmente planejada por Odin. Bangueável, com a batida perfeita para acompanhar com seu sinal do martelo e uma letra guerreira que simplesmente implora pela participação do público. A hora que Eric canta “Are you ready to fight?”, e a plateia grita “Yeah!” em uníssono é simplesmente inesquecível. Isso é Heavy titfuckin’ Metal, brother! Essa é uma das minhas músicas preferidas do Manowar e foi inesquecível vê-la ao vivo. No final dela, toda a banda parou de tocar e fez o sinal do martelo, que foi respondido por absolutamente TODA a plateia. Essa foi a saudação mais trüe que eu já vi e admito que não consegui me conter e também fiz o sinal.
O segundo grande momento foi Die For Metal. Sinceramente, acho ela um pouco lenta demais, então não é das minhas preferidas. No show, porém, funcionou perfeitamente, especialmente por causa do público. O refrão teve uma das maiores participações que já vi na vida, especialmente na parte que a música para e a galera canta, sozinha “they can’t stop us, let’em try, for heavy metal we will die”. Chegava até a arrepiar.
Mas o grande momento foi mesmo Warriors of the World United, faixa que, curiosamente (já que é tão recente), parece ter se tornado um dos grandes clássicos do Manowar. Assim como Call to Arms, ela também é um Heavy Metal dos bons, certamente inspirado diretamente por Odin. A plateia acompanhava o tempo todo com o ô-ô-ô da intro, os hey-hey-heys da estrofe e, obviamente, cantando o refrão enquanto faziam o sinal do martelo e suas caras de machos alfas. “Brothers everywhere, raise your hands into the air”. É possível não cantar isso? Esse teria sido o encerramento perfeito para um show sem clássicos, mas o Manowar aparentemente discorda de mim e deixou duas músicas para depois dela. E encerrar com King of Kings? Faça-me o fuckin’ favor!
Ao contrário de São Paulo, a banda saiu aplaudida e ovacionada como se tivesse feito o show que todos queriam ver. Vai ver os chilenos estavam tão felizes de ver o Manowar que nem se preocuparam com o setlist.
Que, aliás, foi esse aí embaixo:
Hand of Doom
Call to Arms
Die With Honor
Swords in the Wind
Guitar Solo
Let the Gods Decide
Die for Metal
The Sons of Odin
Sleipnir
Bass Solo
God or Man
Loki God of Fire
Thunder in the Sky
Bis:
Warriors of the World United
House of Death
King of Kings
Se eu tivesse assistido ao show em São Paulo, teria saído bravo, me sentindo roubado. Felizmente, tive alguns dias para lidar com essa frustração e dar um jeito de ouvir com mais atenção as músicas do Gods of War. Dessa forma, não considerei o show ruim. Mas também não o considerei um show do Manowar.
Sabe quando você vai no McDonald’s e vê a foto de um novo sanduíche, bonitão e suculento? Daí você pede ele enquanto enxuga a baba e, ao abrir a caixinha, vê um troço mole e decepcionante que só muito de leve lembra aquilo que você tinha comprado? Pois essa sensação descreve exatamente o que senti ao sair do show dessa banda que se vendeu como sendo o Manowar. Não foi isso que eu comprei.
Ora, não só não rolaram os clássicos, mas também não rolaram discursos inflamados em nome do Metal, nem garotas dançando. Assim, saí do Teatro Caupolican feliz por ter visto um bom show, mas minha vontade de assistir ao Manowar em toda sua trueza não foi nem um pouco saciada. Espero que eles cumpram a promessa de não demorar tanto para voltar. E que, quando voltarem, ignorem completamente o Gods of War.
Amigo delfonauta, esta és la última de las matérias contando mis trapajadas en Chile. Sinceramiente, lo espiero que tiengas curtido e se divertido mucho com todas ellas. Y este és el fin del portuñol en este sítio.
