Um belo dia, Eligio (Gael García Bernal) acorda e descobre que sua esposa Susana vazou de casa sem dar explicações. Este é o estopim que move a trama de Estás Me Matando Susana, que, convenhamos, não ficou um título exatamente bonito em português (isso sem contar a falta que faz a vírgula antes do Susana).
Mas enfim, após momentos de desespero sem saber onde a patroa se enfiou, o truta finalmente descobre que ela foi fazer um workshop de escrita numa faculdade em Iowa, EUA. Eligio então ruma para lá, para que eles possam ter uma DR que rompe fronteiras internacionais.
Acontece que Susana largou Eligio por não aguentar mais seu jeito irresponsável e infantil de tratar a vida, seu relacionamento e tudo mais. E Eligio, por sua vez, vai ter de gastar toda sua lábia para convencer Susana a não desistir dele.
O filme é simpático, mas não exatamente marcante. Além disso, pelo tema, faria sentido se fosse uma dramédia, mas na realidade ele é muito mais cômico que dramático, ainda que haja sim partes mais sérias, principalmente nos diálogos entre o casal.
ESTÁS ME MATANDO SUSANA
Grande parte do charme da película se escora no carisma do Gael García Bernal, que manda bem como o obstinado marido de Susana, que vai até os EUA descobrir porque raios ela sumiu sem deixar nem um bilhete sequer.
O cara é todo engraçadão, falante, determinado. E ajuda que ele abuse daquelas hilárias expressões em espanhol, tipo “puta madre”. Suas interações com os estadunidenses e o resto do pessoal do workshop são as partes mais engraçadas da película.
No mais, realmente não há grandes novidades. É uma história centrada na tentativa de salvar um relacionamento desgastado, com erros e acertos cometidos por ambas as partes.
Se você gosta dessa temática, Estás Me Matando Susana pode valer sua atenção, ainda que não seja necessariamente algo que precise ser visto na tela grande do cinema. Para uma tarde em frente à TV, já está de bom tamanho.