Nota: A coluna Pensamentos Delfonautas é o espaço para o público do DELFOS manifestar suas opiniões e pensamentos sobre os mais variados assuntos. Apesar de os textos passarem pela mesma edição que qualquer texto delfiano, as opiniões apresentadas aqui não precisam necessariamente representar a opinião de ninguém da equipe oficial. Qualquer delfonauta tem total liberdade para usar este espaço para desenvolver sua própria reflexão. Se você quer escrever um ou mais números para essa coluna, basta ler este manual e, se você concordar com os termos e tiver algo interessante a dizer, pode mandar ver. Inclusive, textos fazendo um contraponto a este ou a qualquer outro publicado no site são muito bem-vindos.
Aviso do Corrales: Para entender o texto abaixo, você deve ler primeiro este aqui.
Congratulações, senhor Corrales. Seus estratagemas burlescos confirmaram uma vez mais aquilo que venho observando há tempos: sua capacidade infinita de ludibriar o pensamento alheio. Tal como fizeram com Daniel em tempos distantes, o senhor me atirou à cova dos leões. Expôs minhas idéias ao escárnio de seu séqüito. Riram de mim. Fizeram galhofa. Associaram minhas idéias a um esquete tosco de um igualmente tosco grupelho de comediantes. No entanto, senhor Corrales, como Daniel, sobrevivi às investidas das bestas. Saí incólume do covil dos leões.
Congratulações, senhor Corrales. Como o flautista de Hamelin, o senhor constrói melodiosos argumentos com seu site, e exatamente como este músico, extrai “uma melodia maravilhosa, que encantava aos ratos, que iam saindo de seus esconderijos e seguiam hipnotizados os passos do flautista que tocava incessantemente”.
Cometi um erro. Acreditei que a impudicícia brotasse do senhor. Que monumental equívoco! Seus discípulos acreditam cegamente em tudo aquilo que o senhor diz. Meu combate então se revelou maior: devo voltar-me a seus alicerces. Aos freqüentadores desse incubador de idéias tortuosas. Ao seu primeiríssimo escalão de aduladores. Não temo o bom combate. Não sou o primeiro a adentrar o deserto para nele pregar!
Cuidado, senhor Corrales. Se tens tão valorosos seguidores, redobra a vigilância sobre a sua Guinevere. Certamente que alguns desses Brunos Sanchez, Carlos Cyrinos, Guilhermes Vianas e igual estirpe de bajuladores hão de converter-se algum dia em Sir Lancelot. E como podes ver, não necessito recorrer a expedientes ralos como tirinhas mal desenhadas ou humor rasteiro para defender-me como o fizeram os Marcos Chopps, Riroca, Tio Zé, Iron Hunter e outros indivíduos que sequer conseguiram ainda dominar a escrita, pois valem-se de sinais como =* ou o típico “internetês”. Com certeza o próximo passo deles é urrar e usar tacapes.
Chega de preâmbulos. Novamente vamos aos fatos. E a julgar pelas reações coléricas, acredito que lhes toquei a ferida. E novamente o farei. No dia 30/4/2004, a intolerância e desprezo a outras culturas se faz presente com toda a sua força quando dizem que “parece que os nórdicos realmente não têm muito que fazer”. Ora, vivemos em tempos de inclusão social. Respeito aos diferentes. Não é porque não têm temperaturas tropicais que devem ser chamados de ociosos, preguiçosos e outros adjetivos pejorativos. E a intolerância vai além. O Ditador Supremo diz o seguinte de seu próprio povo no dia 27/3/2007: “não é uma tribo específica que é burra, mas o povo brasileiro como um todo”. Certamente que esse senhor nunca ouviu falar de respeito aos povos da floresta massacrados em nosso país desde a chegada dos portugueses. Respeito aos indígenas, senhor Corrales. Respeite nosso sofrido povo brasileiro que se engalfinha cotidianamente em veículos precários de transporte coletivo. Lamentável.
Condenam o hábito da leitura, talvez por isso seus freqüentadores sejam ágrafos. No dia 19/5/2006 nos dizem o seguinte: “inaugurando mais uma seção no DELFOS (rufem os tambores), apresento o “Não li e não gostei”, onde pretendo dizer ao delfonauta (…) sempre que um delfiano tiver um pé atrás com um filme que não viu, um disco que não ouviu, um game que não jogou e etc. ele poderá expor neste espaço por que mesmo nunca tendo experimentado a obra em questão, nutre por ela sentimentos nada bonitos”. Ou seja, caríssimos leitores: defendem o pré-conceito. Julguem antes de conhecer é o que eles nos dizem. Típico de mentes com tendências ditatoriais e totalitárias.
O dragão Alfredo, símbolo maior da dissimulação que se passa nesse site, externou todas as tendências homicidas da equipe ao defender algo que nem as maiores obras literárias de ficção tiveram audácia de externar. Sobre isso nada direi. Que o leitor faça seus próprios julgamentos sobre o que foi dito no dia 13/8/2007: “ah, sim, não poderia deixar de elogiar Roth por ter tido coragem de matar uma criança. Tudo bem, isso acontece fora da tela, mas vale pela coragem. Mais filmes deveriam matar crianças”. Por obséquio, segurem seus vômitos!
A predileção pelo escatológico também é externada sem qualquer constrangimento. No dia 26/10/2007 nos dizem o seguinte: “Mutilação e tripas? Presentes em toda a sua glória, de forma que até mesmo cirurgiões experientes vão sentir algum enjôo”. Novamente é impossível e desnecessário comentar alguma coisa.
Corro o risco de tornar-me repetitivo, mas a insistência é a mãe dos bons hábitos. Vejam como esses senhores exercitam sua sexualidade torpe. Desrespeitam as mulheres trabalhadoras, que conseguiram certamente transpor barreiras de pré-conceitos como as que eles sobejamente pregam. Vejam o que nos dizem no dia 2/9/2007, defendendo as práticas de um tipo que denominam como cafanerd e acreditando que o mundo todo deveria ser como eles: “é aquele que traça a tia da biblioteca (aquela coisinha linda que usa óculos e roupinha social! *-*), a vendedora da loja de livros (que também usa óculos! *-*), da loja de CDs de Heavy Metal (que tem o cabelo pintado com mechas vermelhas! *-*) e, principalmente, as pobres garotinhas indefesas dos chats da vida (que são garotinhas indefesas)!”. Certamente que nunca ouviram o Rei, aquele que em suas belas canções nos diz: “eu sou aquele amante à moda antiga, do tipo que ainda manda flores”. Flores! Esses estrapilhos não devem conhecer nada que não se pareça com um teclado de computador.
No dia 19/12/2007, esses pederastas ultrapassaram todos os limites dos bons costumes. Deram-nos mostra de sua verdadeira tendência: pornografia. Duas mocinhas inocentes, certamente seduzidas por uns poucos trocados, prestaram-se aos devaneios daqueles deparavados. E ainda tentam nos ludibriar alegando que as tais fotografias foram tiradas pela “tia Didi”. Claro que fizeram isso seduzidas pelas promestas cafajestes do editor-chefe. Aliás, o que esperar de um site que tem uma coluna chamada “Cafajestadas Delfianas”? Se acham que estou exagerando, vejam o que nos diz o Ditador Supremo no dia 18/6/2007: “por que não fazer exatamente como o Sexytime? Contrate um monte de gostosas, coloque uma musiquinha e mande-as dançarem e tirarem as roupas aos poucos. Pronto, pelo menos isso seria uma exploração sexual honesta”. Esse senhor assiste a programas de última categoria pelas madrugadas e “contrata” mocinhas incautas para atender aos seus caprichos e aos dos leitores seduzidos pela melodia hipnótica de seus argumentos. Eis o preço de um corpo, meus amigos: uma simples porção de batatas fritas. Foi o que esse senhor “pagou” por essas fotografias.
Esse ascoso e enodado site possui freqüentadores iludidos por sua exagerada auto-confiança e excessivamente imersos em seus mundos de fantasias de HQs, games, Rock Pauleira e filmes de quinta categoria que apresentam pouco além de explosões e mulheres semi-nuas, além de um humor cuja principal característica é ser incompreensível e demonstra isso até no título “nonsense” que ostenta com orgulho. O que há de errado com o bom e velho humor inocente de programas como A Praça é Nossa, senhor Corrales?
Caro redator-chefe, seus freqüentadores que duvidam da idoneidade e autonomia de pensamento daqueles que não vivem num mundo de faz-de-conta povoado por fadas, arco-íris e dragões. Defendo sim a moral e os bons costumes. E isso não é hipocrisia, como disseram alguns. Protejo-me sob a alcunha Torquemada para evitar que fisicamente façam comigo o que já fizeram através de palavras.
Conceda-me uma vez mais a palavra, Senhor Corrales. Atraia a luz à escuridão. Daniel sobreviveu à cova dos leões. Sobreviverei também à sua “prisão atemporal de ódio”, como nos diz seu adulador (ou devo dizer Sir Lancelot?) Guilherme Viana ao nos citar a letra de um daqueles conjuntos musicais de Rock Pauleira no dia 11/7/2007:
“I AM THE BLACK WIZARDS – EMPEROR
Uma vez destruídas suas almas serão invocadas
para minha prisão atemporal de ódio
É delicioso me banquetear das almas gritando
que foram destruídas no meu futuro
Fala sério, quem é que nunca quis se banquetear com almas? Ou viajar no tempo para destruir pessoas? Ou ter uma prisão atemporal de ódio?”.
Eles defendem o ódio, defendem o pré-julgamento de fatos, objetos e pessoas. Defendem mulheres com alimentos e um humor incompreensível. Cuidado, senhores. Cuidado!