Slaps and Beans 2 é a continuação de Bud Spencer & Terence Hill Slaps and Beans (não diga!). O jogo em questão era ruinzinho. Meio tosco mesmo. Porém, a novidade de ser um “beat’em up pastelão” literalmente o carregava nas costas. Afinal, nele não havia combate estiloso. Seus golpes eram tapas e croques, e os barulhos dos ataques eram coisas como “póim!”. Isso o diferenciava de todo o resto do gênero, e tornava o game recomendável, mesmo não sendo grande coisa.
Porém, se você já jogou Slaps and Beans, deve jogar Slaps and Beans 2? Vamos descobrir!
ANÁLISE SLAPS AND BEANS 2
A princípio, Slaps and Beans 2 é um mais do mesmo. É um beat’em up pastelão linear, focado na história e com a porradaria intercalada por minigames. Porém, como o primeiro jogo se destacou pelo humor no seu combate, aqui isso perde o fator novidade. Slaps and Beans 2 é uma piada engraçada contada pela segunda vez.
Há qualidades, claro. As músicas, licenciadas e cantadas, são muito legais. Além disso, a história agora é totalmente falada, o que sempre dá um tchans a mais para um jogo pixelado. De resto, é a mesma coisa de antes.
SLAPS AND BEANS 2: MAIS TAPAS, MAIS FEIJÃO
O combate é o mesmo. aperte ou segure um de dois botões para dar tapas e croques. Aperte os dois ao mesmo tempo para usar a barrinha de especial em um ataque mais forte. A mudança de gameplay mais marcante, para mim, é que agora vêm dezenas de inimigos na mesma tela. Você precisa ficar um bom tempo dando soquinhos até o jogo deixar você avançar um pouquinho e repetir tudo de novo. Isso deixa algo que já era repetitivo ainda mais repetitivo.
Às vezes o combate é interrompido por minigames, que envolvem jogos de cartas, comilança e afins. Pois é, algumas piadas, como o minigame de quem come mais ou aquele de entrar em uma casa e martelar os botões para ver os broncos voando pelas janelas, voltam aqui.
DESLIGUE O CÉREBRO E SEJA FELIZ – OU NÃO
A princípio, Slaps and Beans 2 parece um mais do mesmo, mas ainda levemente divertido. Vou dizer, o combate, que é seu principal ingrediente, me fez sofrer agora – não por ser difícil, mas por ser chato mesmo. Mas o humor bobo é muito minha geleia e eu gostei da história, das interpretações, e até dos minigames, que são bem variados e não duram muito tempo.
Porém, na fase do teatro as coisas desandaram fortemente. Para começar, eu achei que precisava me pendurar em um dos bagulhos de madeira e pular no elevador. Mas o prompt não aparecia e o botão não funcionava. Fiquei procurando opções e não achei. Enchi o saco e fui ver um walkthrough. O cara fez exatamente o que eu tentei logo de cara, mas meu jogo tinha quebrado e não aceitava o comando. Precisei reiniciar a fase.
DAÍ PRA BAIXO
Depois disso só piorou. O chefe do teatro foi uma das coisas mais pentelhas que já venci em um jogo. Para começar, o texto que explica o que fazer apareceu atrás de outro ícone – que deveria ter sumido a essa altura – como você pode ver na imagem acima. Depois que morri, o texto reapareceu sem o ícone, e descobri que precisava atacar o chefe por trás, esperar ele despirocar, e daí bater de vez quando ele parasse.
O problema é que o chefe só ficava de frente para mim. A única forma de bater nas suas costas jogando sozinho era esperando ele começar a socar meu parceiro, chegar por trás e tchuns. Mas isso tirava vida do meu parceiro, que era bem mais limitada que as quatro enormes vidas do chefe. Acabou que o Terence Hill morria sempre no final da quarta fase. Eu literalmente não aguentava mais quando passei.
DEVIA TER PARADO DE JOGAR
Depois disso vem uma fase de stealth extremamente pentelha. A princípio, é básica. Você deve se esconder da luz e chegar ao outro lado da tela. O problema é que quando você é visto, a porta fecha, um monte de inimigos aparece, e você deve voltar ao início para apertar o botão que abre a porta. Isso se repete por várias vezes.
A partir daí, aquele chefe pentelho do teatro começa a vir como um inimigo normal, e às vezes vêm quatro deles ao mesmo tempo. DURANTE uma maldita missão de escolta. O ex-chefe tem um ataque que toma seu controle e você precisa fazer uma combinação de botões para escapar. Porém, nessa missão de escolta que vêm quatro juntos, eles simplesmente não paravam de fazer isso. Eu retomava o controle e eles me dominavam de novo. Quando finalmente a campanha acabou, foi exatamente isso que pensei.
FINALMENTE!
E esta foi minha experiência com Slaps and Beans 2. Um jogo que, na melhor das hipóteses, é inofensivo. Mas que fica extremamente entediante na maior parte do tempo, e agravante nas últimas fases. É um beat’em up com combate desagradável, então resta o humor e as piadas para carregá-lo nas costas. E isso até funcionou para o primeiro, mas repetir a dose realmente foi um pouco demais. Melhor ficar com os filmes de Bud Spencer e Terence Hill, que pelo menos são engraçados.