Tem duas coisas nas quais acredito que a maior parte dos delfonautas concorda. Filmes do Kevin Smith são, em sua maioria, legais; e comédias românticas não. Isso é curioso, se a gente pensar que quase tudo que o Kevão fez (tipo esse ou esse) são representantes do gênero. Caramba, tirando Procura-se Amy, que é um drama romântico, e Cop Out, que é uma porcaria generalizada independente de gêneros, TUDO que ele fez é comédia romântica.
Mas ok, conhecendo o trabalho do sujeito, dá para entender porque a gente gosta dos filmes dele. São cheios de referências nerds, têm diálogos ágeis e um monte de piadas vulgares. E veja só, Amor à Distância tem tudo isso, embora não exagere tanto no nerd pride. Dessa forma, acredito que você – sim, você mesmo – tem grandes chances de se divertir por aqui.
Garret (Justin Long) acabou de ser chutado pela namorada e vai a um bar afogar as lágrimas. Lá, ele conhece Erin (Drew Barrymore), que manda muito bem no seu arcade preferido. Entra videoclipe e eles se apaixonam. O problema é que ela estava temporariamente na cidade e logo que o videoclipe terminar, vai voltar para onde mora, e agora eles vão precisar se virar para manter o relacionamento, apesar da distância.
A historinha em si é a típica comédia romântica, mas os personagens e diálogos são extremamente bem construídos, o que faz com que nos importemos com eles e torçamos para que fiquem juntos, além de nos fazer rir muito, em especial graças aos amigos de Garret.
Os diálogos cheios de referências pop (embora não tanto como num do Kevin Smith) respondem pela principal parte do humor, mas também temos aqui várias cenas mais voltadas ao bom e velho humor físico, cada vez mais raro no cinema. E duvido que você não ria quando Erin gritar que “usar anabolizantes faz você venerar o Michael Bay”.
Quer você venere o Michael Bay ou os vampiros francesinhos de Crepúsculo, temos aqui uma comédia romântica que é engraçada o suficiente para agradar a todos, independente do sexo. Especialmente se for em cima da mesa. Quê?
