Faz de conta que você não sabe, mas esta é nossa crítica A Casa Sombria. Sem mais delongas, bora?
CRÍTICA A CASA SOMBRIA
Assim que o filme começa, ficamos sabendo que o marido de Beth (Rebecca Hall) se suicidou. Ela está muito triste (não diga) e o início do filme, que a mostra sozinha na casa, lidando com a perda recente, fica um bom tempo sem fala alguma. E, sinceramente, é bem chato.
A coisa começa a melhorar quando Beth resolve mexer no telefone do maridão, e descobre que ele tem lá dúzias de fotos de mulheres muito parecidas com ela. Da fãc, né? Hora de colocar o chapeuzinho de detetive e investigar.
DETETIVE SOBRENATURAL
A Casa Sombria é, ao mesmo tempo, um filme de mistério e um terror sobrenatural. Porém, ele só se dá bem em um desses gêneros. Claramente, o marido dela estava envolvido em coisas que ela não sabia. E não é algo simples como um caso amoroso. Quando a narrativa gira em torno desse mistério, o filme está em seu melhor.
Infelizmente, metade do tempo acompanhamos pesadelos, alucinações e outras coisas tradicionais de qualquer terror sobrenatural. Eu pensei que talvez o lado mistério de A Casa Sombria fosse capaz de me fazer gostar desse lado “fantasminha que faz bu”, mas não rolou.
Particularmente, mesmo que, na hora de o mistério ser revelado, fosse algo sobrenatural, creio que o longa seria mais forte e envolvente se focasse apenas nisso, sem as obrigatórias cenas de “bu”.
O PRESTIGE
Porém, algo importantíssimo em uma história de mistério é que a revelação seja surpreendente e satisfatória. Este é o motivo pelo qual o final de Lost decepcionou geral. E essas não são características que eu usaria para descrever a revelação de A Casa Sombria.
Eu estava sinceramente curioso para saber qual era a do marido da Becky Hall, mas no final das contas a revelação é algo sem dentes. Até por ser focada em fantasmas e, até onde eu sei, fantasmas não têm dentes.
A Casa Sombria é até um filme moderadamente interessante, mas nunca vai acima disso. E é uma pena, porque o setup do mistério é interessante, ainda que a revelação não o seja.