Gods Will Fall, produção da Clever Beans com a Deep Silver, é um jogo que me interessava bastante. Você sabe, eu adoro jogos de ação isométricos. Eu adoro mitologia. Juntar os dois é batata que vai me interessar.
GODS WILL FALL
Em Gods Will Fall, você controla oito guerreiros aleatórios que se rebelam contra os deuses. Logo de cara, você é jogado em um mapa relativamente grande, com 10 dungeons, cada um com o nome de um deus.
Você deve escolher sua vítima, e daí selecionar um dos guerreiros para controlar dentro da fase. É aí que entra a aleatoriedade. Os protagonistas têm estatísticas, habilidades e armas aleatórias, decididas sempre que você inicia uma nova campanha.
Uma vez dentro da fase, não tem mais volta. Ou seu herói sai vitorioso, ou morre. Se morrer, você volta para o mapa principal e pode escolher outro guerreiro para encarar o mesmo desafio, ou então tentar outro dungeon. Ao vencer o chefe de uma fase, todos que pereceram nela são ressuscitados.
Então, na prática, você tem oito vidas para cada fase. Mas se perder todas é game over. Como em um Mega Man, pode fazer os dungeons na ordem que desejar, mas há uma ordem “certa”, que torna a campanha mais fácil.
QUASE UM ROGUELIKE
Assim, Gods Will Fall tem características de um roguelike, mas não todas. Suas habilidades mudam a cada tentativa, e há uma desconfortável permadeath. Porém, as fases são sempre iguais, com layouts e posicionamento de inimigos fixos.
O combate é bem tradicional, com botões para ataques fracos e fortes, esquiva e afins. Há várias armas, e elas são todas bem diferentes. As duas machadinhas, por exemplo, são apropriadas para lutas do tipo “hit and run“, enquanto as lanças permitem machucar seus desafetos de uma distância segura. Apesar de cada personagem ter sua arma de escolha pré-estabelecida, dá para pegar outras armas no caminho, e usá-las até que elas quebrem. Confira um pouco do combate no vídeo abaixo.
Embora eu tenha gostado do gameplay, Gods Will Fall traz algumas características que eu simplesmente não aceito. Em especial, as fases são bem longas (20 minutos pelo menos) e não há checkpoints. Ou seja, além de ter um limite de vidas e permadeath, morrer em um chefe exige voltar do início, com todos os inimigos ressuscitados.
São características para quem gosta de roguelikes, e você sabe, eu não sou uma dessas pessoas. Para Gods Will Fall realmente descer comigo, ele poderia ser igualzinho, mas precisava ter vidas infinitas e no mínimo checkpoint antes dos chefes. Mas esse, claro, não é o jogo que a turma da Clever Beans quis fazer. Assim, apesar de Gods Will Fall não ser um roguelike propriamente dito, acho difícil que alguém sem paciência para essa filosofia de design realmente vá muito fundo nele.