Você se lembra de The Ninja Warriors, de Super NES? Tudo bem, eu também não me lembrava. E isso é uma pena, porque é um jogo muito legal. Como eu sei? Ora, porque amanhã ele será relançado em uma versão turbinada para PS4 e Switch, chamada Ninja Saviors: Return of the Warriors. No Japão o título é mais legal: The Ninja Warriors Once Again.
NINJA SAVIORS: RETURN OF THE WARRIORS
O jogo é um beat’em up, porém é bem diferente. Isso se deve ao fato de que os personagens podem apenas se movimentar para a esquerda e para a direita, e não nas oito direções tradicionais ao gênero.
Isso muda tudo. Por exemplo, tem um tipo de inimigo que só recebe dano quando atacado por trás. Isso seria normal num beat’em up comum, mas aqui é bem desafiador, pois você precisa literalmente atravessar o meliante antes de atacá-lo.
O jogo também é bastante técnico, com cinco personagens jogáveis (os três originais e dois novos destraváveis) bastante diferentes e com especiais específicos.
Os especiais são ativados com comandos simples, como cima + quadrado, mas a grande quantidade deles deixa os combates bem táticos. Provavelmente você vai passar a primeira fase olhando o manual (dentro do menu de opções) para ver os comandos e tentando ver todos, mas ao longo da campanha já vai se acostumar e usar cada um nos momentos ideais.
O QUE HÁ DE NOVO?
Além dos dois personagens novos, Ninja Saviors: Return of the Warriors traz bem-vindas modernizações, como suporte a widescreen, vidas infinitas e checkpoints.
Inclusive, preciso elogiar muito isso. Estes jogos retrô costumam ser punitivos demais para seu próprio bem. Este poderia ir de excelente para terrível se houvesse limite de vidas ou se os continues voltassem do início da fase. Felizmente, cada fase tem vários checkpoints, o que possibilita que o jogo seja bem divertido e agradável, ainda que não completamente sem atritos, como o Capcom Beat’em Up Bundle.
Obviamente, o jogo tem a duração típica de algo dos anos 90. Eu o terminei em uma tacada só em 70 minutos. Porém, fiz isso com apenas um dos personagens (é possível trocar no meio da campanha, mas eu não quis), e tenho toda a intenção de jogar outras vezes com os restantes.
Audiovisual também foi retrabalhado, e devo dizer que temos aqui uma das trilhas em chiptune mais legais que já ouvi. E ainda há duas outras versões da trilha, tiradas das versões de fliperama e de Super Nes.
Eu joguei este logo depois de Borderlands 3, e sua simplicidade e curta duração foram simplesmente deliciosos. Um excelente limpador de paladar entre dois jogos com mais sustância.
Se você relaciona o valor de um jogo à sua duração, provavelmente Ninja Saviors: Return of the Warriors não é para você. Porém, se você, como a maioria dos adultos, procura o máximo de diversão no menor tempo possível, temos aqui um dos grandes lançamentos do ano. De 1994.