The Forbidden Arts é um ambicioso jogo indie de plataforma em 2.5D com pitadas de exploração em 3D. Saiba mais na nossa análise The Forbidden Arts.

ANÁLISE THE FORBIDDEN ARTS

Você sabe tão bem quanto eu. As desenvolvedoras indies dificilmente fazem algo mais ambicioso do que um visual pixelado. Por este motivo, eu valorizo bastante quando popa algo que saia deste molde. É o caso de The Forbidden Arts e que, por este motivo, me deixou aguardando ansiosamente pelo código de review.

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Você controla Phoenix, um rapaz bem ágil armado com duas adagas. Ele corre, pula, faz wall jump e ataca. Portanto, ele é um moleque como você ou eu. Acontece que uma feiticeira vê algo de especial nele, e o ensina a arte proibida da piromancia. A partir daí, você consegue conjurar o fogo, inicialmente como um míssil mágico bem parecido com um hadoken, mas uma nova habilidade é adquirida depois de cada fase.

Há seis fases tradicionais, de plataforma em 2.5D, que são mais ou menos lineares. Assim, elas são lineares no sentido de que você dificilmente vai ficar sem saber para onde ir. Há, porém, uma miríade de caminhos alternativos que são recompensados com ouro. O ouro é usado para abrir acesso a desafios opcionais que, quando concluídos, aumentam sua vida ou mana.

HUBS EM 3D

O que talvez separe The Forbidden Arts do grosso do gênero são os hubs, que são áreas em 3D com movimentação e câmera livres.

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É praticamente um Assassin’s Creed de baixo orçamento.

Nos hubs não há combate e boa parte de suas habilidades, como o pulo duplo, ficam travadas. Você pode ir direto para a próxima fase, sempre claramente marcada por um raio de luz; ou explorar um pouco em busca de NPCs, missões secundárias e ouro.

As missões secundárias são relativamente simples, e envolvem apenas ir de um ponto a outro dos hubs. Acaba servindo como um refresco bem-vindo entre as fases de ação propriamente ditas, mas é uma pena que não sejam um pouco mais desenvolvidas.

CHEFES E COMBATE

Se a parte de plataforma é legal, o mesmo não pode ser dito do combate. Quase todos os inimigos funcionam da mesma forma: eles levam alguns ataques de graça e daí ficam invencíveis enquanto revidam. Em geral você é obrigado a pular para sobreviver, então quase todas as batalhas envolvem bater, pular e finalizar o serviço.

Todas as áreas, no entanto, têm um tipo de inimigo diferente, voador e diminuto, que é muito difícil de acertar com sua adaga. A melhor estratégia neles é pular e soltar um hadoken, mas acredite, não é divertido. Especialmente quando eles aparecem ao lado de inimigos “normais” ou se teleportam bem na frente de um pulo seu, te derrubando num abismo sem fim.

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Este pastiche de Gorpo é um dos mais chatinhos.

Tecnicamente ele também deixa a dever. Teve pelo menos duas conquistas que não destravaram para mim (incluindo a de terminar o jogo), mesmo os requisitos tendo sido cumpridos. Pior ainda, um dos chefes, o sapão, dá tilt sempre que você não pular exatamente onde ele quer, exigindo recarregar o último save. E eu perdi um bom tempo só para descobrir onde ele queria que eu fosse para poder continuar a batalha sem glitch.

Aliás, todas as fases de ação terminam com uma batalha contra um chefe. Elas seguem aquele esquema Nintendo, de sobreviver até chegar a hora de atacar. Eu costumo gostar disso, mas infelizmente aqui elas são sofríveis. Não por serem difíceis, mas por não ser claro o que você precisa fazer. Na real, quando eu sacava o objetivo, eu vencia de primeira, mas até lá já tinha perdido muito tempo em dezenas de tentativas.

Tudo culmina em um último chefe, cuja batalha é tão longa quanto entediante. Todos os outros chefes morrem em quatro ataques, mas o último, embora funcione exatamente da mesma forma, precisa de uns 20. É o único ponto do jogo que é mais difícil, mas felizmente há um checkpoint direto nele.

CHECKPOINTS A RODO

Aliás, vale elogiar The Forbidden Arts por seus checkpoints. O jogo autossalva com frequência, e você tem a liberdade de salvar por conta própria a qualquer momento, efetivamente criando seus próprios checkpoints. Isso é excelente, pois permite salvar antes de se jogar em um buraco, na esperança de ter algum item lá dentro, por exemplo.

Em outros momentos, eu cheguei a criar saves segundos depois de um checkpoint, simplesmente pelo fato de que considero tempo valioso demais para ficar repetindo um pedaço pelo qual já passei, mesmo que isso envolva apenas andar.

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Outra coisa bacana que merece destaque é que The Forbidden Arts tem suporte a HDR, algo que nunca tinha visto antes em um jogo com este escopo. Na verdade, já vi jogos muito maiores, como WolfensteinKingdom Hearts III e até Spyro que não têm isso.

Admito que não sei exatamente o que envolve dar suporte a HDR e porque só vemos isso em jogos de altíssimo orçamento. Mas considerando que este é o caso, parabenizo a Stingbot Games por ter feito o esforço de colocar isso em seu jogo.

PROIBIDO É MAIS GOSTOSO

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A verdade é que The Forbidden Arts é agradável e diverte moderadamente, mas infelizmente não chega a empolgar de verdade em nenhum momento. Vale a pena para grandes fãs do gênero, como é meu caso, mas não deve marcar sua vida.