Caramba, este aqui realmente se superou. A Maldição da Freira tem praticamente tudo que eu não curto num filme de terror. É um found footage, é mais um do subgênero de possessões demoníacas e ainda tem freira, mesmo que, diferente do que sugere o título nacional, ela não seja o foco da trama. Deve ter sido para pegar carona num filminho aí que se chama justamente A Freira.
Enfim, conjecturas à parte, este aqui se passa na Irlanda em 1960. Dois padres são chamados a um asilo de moças “indesejáveis” (as que engravidaram antes do casamento, as que têm problemas mentais, órfãs, etc) onde há relatos de um suposto milagre: uma estátua da Virgem que chora sangue.
Para documentar o caso, o padre mais novo leva uma câmera de 16mm e tudo que vemos é o que ele registra com seu equipamento. Sim, este aqui é um found footage das antigas, com direito ao constante barulhinho da película passando pelo obturador da câmera.
Enfim, enquanto investigam a estátua, logo descobrem que há algo mais sinistro no lugar, na forma de uma moça grávida mantida no porão. A partir daí pode dar seu melhor palpite, pois provavelmente você acertará em cheio.
A MALDIÇÃO DA FREIRA
Tudo que o subgênero tem de pior está aqui. Câmeras tremidas, enquadramentos propositalmente bisonhos e muitos sustos estilo “bu”, como ensinou a cartilha Bruxa de Blair.
Tudo isso aliado aos clichês de sempre sobre histórias de possessão. Eu sinceramente não entendo porque continuam fazendo tantos destes filmes quando há somente um que é de fato tremendão e humilha absolutamente tudo que veio depois. Seu nome é O Exorcista (1973), claro.
Mas enfim, ao menos ele é bem curtinho, não chegando sequer a 80 minutos de duração, o que ao menos é um alento. Ainda assim, em seu curto tempo, ele vai tentar espremer todos os lugares-comuns possíveis, incluindo alguns aumentos da trilha sonora bem irritantes.
No mais, não há absolutamente nada de novo por aqui. Eu já estou bem enfastiado desse subgênero, portanto minha paciência anda bem curta para ele. Junte a ele a estética found footage e a coisa só cai mais no meu conceito.
Contudo, se você gosta desTa estética e ainda tem saco para filmes sobre possessão, talvez queira arriscar dar uma chance a A Maldição da Freira. Mas não garanto que vá se divertir.