Eu sei o que você está pensando, caro leitor. “Mario Kart com batmóveis? É comigo mesmo!”. Pois apesar de esta ser uma excelente descrição para o que você vai encontrar neste jogo, acredite quando eu digo que não é tão legal quanto parece. Leia nossa análise Grip: Combat Racing, e entenda o porquê.

ANÁLISE GRIP: COMBAT RACING

A proposta de Grip: Combat Racing é promissora. Pistas que desafiam a gravidade, nas quais você pode correr nas paredes ou no teto. Carros com rodas enormes que são controlados com a mesma facilidade mesmo que estejam de ponta-cabeça. E combate, naquele mesmo esquema Mario Kart, de pegar itens espalhados na pista, e usá-los para retardar seus oponentes.

Análise Grip, Grip: Combat Racing, Delfos

Isso de os carros correrem pelas paredes, e o próprio design deles, faz com que a sensação de jogar Grip seja bem semelhante a controlar o próprio batmóvel em Arkham Knight. No mais, é uma fórmula forte e bastante utilizada nos jogos de corridinha. Além de Mario Kart, lembro de cabeça de Wipeout e, talvez o mais semelhante a GripF-Zero.

E sem dúvida, há alguma diversão por aqui. E ao contrário de Mario Kart, existe uma boa quantidade de modos de jogo. Estas modalidades vão da corrida pura, sem armas, a porradaria solta em arena. Há, claro, o estilo tradicional, de corridas com armas e outras em que sua posição no grid e o estrago que você fez durante a prova contam pontos, que determinam o vencedor.

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Há possibilidade de jogar online, em single player ou no modo campanha. Este último é dividido em várias camadas, cada uma composta de três torneios, e algumas de um duelo final.

UM TORNEIO ATRÁS DO OUTRO

Os torneios são pré-determinados, e podem incluir três provas da mesma categoria ou uma combinação delas. Conforme você avança, novas armas são apresentadas e a velocidade dos carros vai aumentando.

Análise Grip, Grip: Combat Racing, Delfos

O que não muda, no entanto, são as pistas. Mario Kart pode ser curto, mas você termina a campanha sem precisar repetir os cursos. Aqui, você está sempre correndo nas mesmas pistas, pois há muito mais torneios do que pistas. A variação é que de vez em quando rola uma invertida, mas a repetição é forte.

CORRA, EXPLODA, REPITA

Isso, combinado ao visual feio e pouco inspirado, fez com que a diversão das primeiras provas fosse logo substituída por tédio. Antes de chegar na metade das camadas disponíveis, eu já estava com vontade de colocar Mario Kart, que é um jogo melhor em todos os aspectos.

Vale enfatizar quão feio é Grip: Combat Racing. Além de ter poucas cores e carros parecidos, ainda colocaram um granulado típico de filme antigo (não desativável) que contribui para a cara pouco atraente. Curiosamente, ele tem suporte a HDR no PS4, o que o torna o jogo mais feio que eu já vi a utilizar esta tecnologia.

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O lado bom é o som, especialmente para quem gosta de músicas eletrônicas cheias de bass. Caso você tenha um bom equipamento de som e deixe o volume alto, as músicas vão fazer seu chão tremer e dar uma bela canseira ao seu subwoofer.

A repetição da campanha, a pouca variedade das pistas e os gráficos feios contribuem para que Grip: Combat Racing não se destaque dentro do seu gênero. É divertido por algum tempo, mas você logo vai querer trocar por um jogo mais legal.