Paixão Obsessiva

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Já dizia aquele ditado dos estadunidenses que o inferno não conhece fúria como a de uma mulher rejeitada. O cinema, por outro lado, conhece bem, e filmes sobre mulheres vingativas, obcecadas e psicóticas não são nenhuma novidade. Paixão Obsessiva é mais um que chega para integrar essa galeria.

Rosario Dawson é a mina que acaba de se mudar para a casa de seu namorado. E além de tentar ser uma boa madrasta para a filhinha do cara, terá de lidar com a ex-mulher dele (Katherine Heigl), a qual não é exatamente o melhor exemplo de mulher relaxada e bem ajustada.

Depois que esta fica sabendo que os dois ficaram noivos, aí seus últimos parafusos vão para o espaço e ela começa altas armações para prejudicar a moçoila. Afinal, se ela não pode ficar com o sujeito, ninguém mais ficará. Claro, as coisas eventualmente vão escalar para situações perigosas.

Não há nenhuma novidade aqui. É aquela historinha carne de vaca que, só por esses dois parágrafos de sinopse, aposto que você consegue adivinhar como se desdobra e onde acontece cada viradinha, isso sem queimar um neurônio sequer. Originalidade zero.

Muito por conta disso, o filme é bem chato e se arrasta em diversos momentos, indo devagar quase parando de encontro a situações que você já anteviu a quilômetros de distância. A falta de originalidade, aliada à direção fraca, contribui para essa morosidade do andamento da história.

E as atuações, por Belzebu! Katherine Heigl, em especial, atinge um novo patamar de ruindade como a lelé da cuca com a imagem de perfeitinha. É tão tosco que acaba ficando engraçado. Uma mistura meio inusitada daquelas nossas novelas mais exageradas com telefilme da Lifetime.

Este mix bizarro também não fica contido só às atuações, se alastrando pelo clímax do filme, um dos grandes momentos de comédia não intencional do cinemão recente. Bom, ao menos ele divertiu os críticos presentes à cabine, que soltaram gostosas risadas durante este desfecho porcamente hilário.

Contudo, mesmo a comédia não intencional causada pela tosqueira geral do negócio como um todo ainda não compensa a chatice que domina grande parte dele. Paixão Obsessiva é ruim demais (embora eu já tenha visto piores) e não merece uma assistida nem mesmo como curiosidade trash.