Ao comprar o ingresso para assistir Caça às bruxas, lembrei que dias antes tinha assistido ao trailer e nada nele tinha me empolgado. Às vezes é bom você assistir um filme do qual não se espera nada. O que vier é lucro. Bem, nem sempre….
Sinopse: Nicolas Cage e Ron Perlman interpretam cavaleiros machões que bebem cervejas, visitam prostíbulos medievais e, nas horas vagas, travam batalhas nas Cruzadas. Apesar de ter uma vida perfeita, Behmen (Nicolas Cage), arrependido da matança descontrolada, vira emo e resolve se aposentar. Só que, no meio do caminho, eles são convocados a levar uma garota, suspeita de ser bruxa, a um monastério que fica numa quebrada distante.
O começo do filme é deveras empolgante. Nele, vemos o motoqueiro fantasma e o Hellboy em várias batalhas sangrentas. Depois desse inicio frenético, temos uma baixada no ritmo. Mesmo assim, o filme vai se mantendo muito bem, graças ao carisma do galã Hellboy e do Nicolau Gaiola. Mas quando o filme vai avançando, tudo se descontrola.
Muitas vezes tenho a impressão que o roteirista tem todo um cuidado para escrever um roteiro decente mas, ao se aproximar do final, ele simplesmente se cansa e começa a pagodear.
O desfecho de Caça às bruxas é uma das coisas mais modorrentas que presenciei desde o show da banda cover do Right Said Fred em Mongaguá. O roteirista quis surpreender a todos no final do filme e infelizmente foi bem sucedido, pois o que poderia ter sido um filme digno acabou se tornado uma coisa bem medonha. A solução do mistério apresentado na película é totalmente fora da proposta daquilo apresentado anteriormente. Em alguns casos, isso seria sensacional. Aqui, foi horrível.
Fico surpreso com os filmes que o Sr. Gaiola aceita fazer. Em minha opinião, ele é um ator carismático e, quando encontra um bom diretor pela frente, costuma entregar boas atuações. Mas da forma que está, não duvido que o próximo trabalho dele seja uma versão cinematográfica de Cavalo de Fogo.
Em resumo, não perca tempo e dinheiro indo ao cinema ver esse filme. Utilize seu tempo de maneira mais sábia, nem que seja passando um dia estourando espinhas do seu tio-avô.