Que o modo de vida nerd é completamente não-saudável, todo mundo sabe. Sabe como é, aquelas cinco horas sentados de forma errada no sofá da sala, olhando para a televisão enquanto movimenta apenas os dedões das mãos (e talvez esticando e contraindo o braço para comer “isoporzitos”) não contam como exercício. Infelizmente.
E isso piora ainda mais na vida moderna. Com a violência nas cidades grandes e pais extremamente ocupados, muitos preferem que os filhos fiquem trancados em casa jogando videogame ou assistindo televisão, ou não têm tempo de levar as crianças à aula de natação e caratê. Como resultado, temos crianças obesas com grandes chances de serem humilhadas pelos demais colegas, com grandes chances de se tornarem adultos obesos e assassinos em série. Vai por mim, isso não é legal.
Para conscientizar os pais da importância de dar uma atividade física aos seus pimpolhos, a ONG britânica Change4Life, lançou uma campanha, cujo pôster você confere na galeria abaixo. Ele mostra um garoto de sete ou oito anos jogando videogame, com uma cara de tédio imenso e um slogan simples: “corra o risco de morrer precocemente, apenas não faça nada”. Simples e direto ao ponto. Mas teve gente que não gostou nada, nada, desta história.
Segundo o MCV, a dona do console preto e sexy está pensando em processar a ONG, porque ela associaria o sedentarismo com a empresa. Como? Ora, observe o controle que o garoto está segurando e adivinhe de que console ele é. O motivo que a companhia alega é outro, claro. Segundo a Sony da Europa, a companhia não foi contatada para permitir que seu controle fosse parar no pôster da campanha. No entanto, considerando que o Playstation 3 é o console mais popular da Europa, não é de se admirar que ele seria o escolhido.
Até consigo entender as preocupações da Sony, ninguém quer ser associado à morte prematura de crianças, mas creio que aí existe uma tempestade em copo d’água. Afinal, qualquer pessoa inteligente sabe que o problema é com o estilo de vida, não com o equipamento. Não consigo deixar de pensar que a atitude da Sony é semelhante à da indústria tabagista anos atrás.