O pessoal do blog italiano Bad Taste publicou uma entrevista recente com um dos membros da santíssima trindade dos quadrinhos, Frank Miller. O bate-papo com o escritor girou em torno de seu primeiro filme como diretor, The Spirit, adaptação cinematográfica do personagem clássico de Will Eisner.
Miller deixa a modéstia de lado e elogia o seu Spirit. “Adaptei The Spirit para estes tempos modernos e agora se parece mais com um trabalho meu. Quando estava na cadeira do diretor, senti como se Will Eisner estivesse atrás de mim, mesmo morto”, afirmou. Será que Eisner aprovaria mesmo o que Miller está fazendo? Não sei o que ele diria sobre tornar Octopus uma espécie de “vocalista de banda de Glam Rock“. Por falar nisso, Chico Milho foi só elogios a Samuel L. Jackson: “foi a primeira vez que ele interpretou um supervilão. Te digo uma coisa, esse cara é como uma bomba atômica, todo dia tenho que dizer para ele se acalmar. No final, com todas as suas armas, ele parecia mais um robô transformer”.
Mas e quais são os planos de Miller para o futuro? Ele afirma que deve se sentar em breve com Robert Rodriguez para acertar os últimos detalhes antes de começar Sin City 2. No entanto, aqueles que são fãs do trabalho do autor na nona arte ficarão desapontados. Miller mostra que traiu o movimento e diz que não tem pensado em fazer novas histórias em quadrinhos, principalmente porque está apaixonado pela idéia de fazer filmes. Apesar de eu achar isso uma benção, já que ele não tem escrito nada que preste desde 300, creio que muita gente aí vai querer mandá-lo ouvir pagode. Ou escrever Luluzinha.
The Spirit estréia no Brasil dia 16 de janeiro de 2009, quase um mês depois da estréia mundial.