“Ele precisa descobrir o culpado. Mas é o principal suspeito.” Estas palavras, ou outras muito parecidas, ilustram o cartaz do filme. Um título muito legal, que realmente dá vontade de assistir ao filme.
Eu, contudo, não simpatizo nem com filmes policiais, nem com Denzel Washington, portanto não teria porque assistí-lo. Em uma daquelas ironias da vida, ganhei ingressos para assistir qualquer filme, mas a curta validade do convite não permitia que eu esperasse por novas estréias. E lá vou eu assistir a um filme que eu nunca imaginei que assistia.
O filme conta a estória de Matthias Whitlock (Denzel Washington), um policial envolvido em um quadrado amoroso. Explico: em vias de divórcio, Matt anda saindo com a esposa de um colega, que também estão em vias de separação. Um dia, o casal aparece morto e, para piorar, Whitlock é visto na cena do crime.
Ao contrário do que o cartaz anuncia, o personagem de Denzel, não é, em nenhum momento, suspeito de ter cometido o crime. Acontece que existem muitas provas que o incriminariam e o filme consiste na tentativa de Whitlock de impedir que a polícia as conheça antes que ele mesmo tenha resolvido o caso.
A partir daí, acontecem muitas situações sufocantes, envolvendo Matt tentando ficar sempre um passo à frente de seus colegas enquanto estes chegam cada vez mais perto.
Pontos negativos: o péssimo trabalho da legendagem, que come palavras e traduz outras de forma errônea e o desfecho incrivelmente previsível.
Apesar de seus problemas, o filme é bem-sucedido em fazer o expectador se envolver com o personagem e sua causa, tornando-o digno de ser assistido. Principalmente por aqueles que gostam de filmes do gênero.