Sim, caro delfonauta! Aqui estou eu novamente, direto da “nova geração” para lhe contar tudo o que você sempre quis saber (ou não) sobre o lado verde da força: o Xbox One!
O LADO VERDE
Já faz algum tempo que eu tenho o Playstation 4, e inclusive já me diverti bagarai jogando com nosso querido ditador supremo alguns dos seus jogos favoritos do ano passado, como Destiny e Far Cry 4.
Porém, para quem, como eu, é apaixonado por videogames, um console só nunca é o bastante, de modo que eu aproveitei uma promoção excepcionalmente boa da Black Friday de uma grande rede de varejo para garantir o meu XOne. Sem Kinect (lembra da minha resenha do Kinect do X360), mas tá valendo.
Então, sem mais delongas, vamos conferir todos os recursos do next-gen da Microsoft!
UM VCR GRANDE E BARULHENTO
Logo que o XOne foi anunciado, pipocaram pela internet zilhões de imagens que comparavam o novo console da Microsoft a um vídeo cassete velho. Bem, a má notícia é que sim, o Xbox One realmente parece um vídeo cassete velho. A boa notícia é que, ao contrário de um VCR velho, este lê blu ray e roda jogos de última geração! =]
Sendo realista, o Xbox One é um console bem feio, grande e pesado, com um design que parece querer ser retrô e estiloso, mas não consegue. Pelo menos seu design esquisitão parece corrigir alguns problemas da geração passada: o console tem um cooler superior enorme e saídas de ar por todos os cantos, além de sua entrada para discos ser só aquela “fenda” discreta, sem tampas ou gavetas.
Fazer o Xbox One funcionar é bem simples. Em um set up básico, você precisa basicamente plugar um cabo HDMI no console e na TV, o cabo da fonte na tomada e pronto. Há também uma saída óptica para quem utiliza receivers de home theater, bem como entradas USB traseiras e uma entrada específica para o Kinect, além de uma entrada para cabo de rede, caso você não utilize a praticidade do mundo Wi-Fi.
Curiosamente, o console possui uma entrada HDMI traseira. Você lembra como o Xbox One era vendido como uma “central completa de entretenimento”? Pois é, para os gringos (ou para quem paga TV a cabo com receiver HDMI), é possível plugar outro aparelho na entrada HDMI do seu XOne, e acessar este outro aparelho diretamente pelo console, de modo que você pode ver TV enquanto joga videogame. Como uso meus consoles basicamente para jogar videogame (que coisa, não?!), não vi nenhuma vantagem nesta entrada, mas ela está lá.
Agora se tem uma coisa que eu realmente odiei no Xbox One é sua fonte. A Microsoft é famosa pelos power bricks de seus consoles, e com o XOne não é diferente. Sendo justo, o power brick do One é um pouco menor do que o do X360 slim, mas isso não quer dizer muita coisa. Digamos que, se a fonte do X360 fat era um ônibus, a do X360 slim era um micro-ônibus, e a do XOne é uma van. Está diminuindo, mas ainda está longe do ideal.
Pior que o tamanho da fonte do One é o seu barulho. Como é um acessório que inevitavelmente esquenta, o power brick possui um cooler interno, e por Odin, ele é muito barulhento! Ele chega a ser mais barulhento do que o próprio console, e isso, caro delfonauta, é algo realmente bizarro.
Recentemente, eu movi meus videogames da sala para o quarto e liguei todos eles em um estabilizador. Por culpa do One (mais precisamente da fonte do One), eu sou obrigado a desligar este estabilizador toda noite, pois simplesmente não consigo dormir com o “vrrrrrrrrr” contínuo dessa tralha. O lado bom disso (sejamos otimistas) é que eu economizo energia, afinal, acabo desligando tudo de uma vez e não deixo nenhum console em stand by quando eles não estão sendo utilizados.
Por não ter adquirido o Kinect no pacote, não pude testar todas as funcionalidades que incluem movimentação e controle por voz do XOne. Não que eu sinta falta disso, mas é bom deixar claro. Eventualmente – leia-se quando sair o Just Dance deste ano – é provável que a patroa acabe me obrigando a comprar dando um upgrade no kit e comprando um Kinect avulso.
Enfim, resumidamente, o Xbox One é isso: um console grande e feio, com uma fonte que também é grande e feia, além de barulhenta. Se ele não tivesse tantos jogos legais, provavelmente eu estaria um pouco decepcionado com minha aquisição, mas isso não aconteceu, então vamos em frente!
COMEÇANDO OS TRABALHOS
Com tudo devidamente conectado, é hora de ligar o console. Eu adquiri o XOne praticamente um ano depois de seu lançamento, e justamente por isso esperava atualizações cavalares. Felizmente, o que me aguardava era um patch de “apenas” 900MB, o que foi bem menos doído do que eu esperava. Aliás, no XOne, os controles têm suas próprias atualizações, que supostamente melhoram a resposta dos botões, o tempo de ligação, e tal. Achei bem louco isso.
Feita a conexão via Wi-Fi, me foi perguntado se eu já tinha uma conta na Live. Ao entrar com a minha boa e velha conta do 360, o sistema resgatou tudo automaticamente: minhas conquistas, minha gamertag, meu gamerscore e até mesmo o meu avatar. Deixei minha conta como login principal, de modo que sempre sou recebido com um simpático “Oi, Rodrigo!” na tela quando ligo o XOne. ^^
O visual da dashboard e dos menus não sofreu nenhuma grande mudança em relação ao Xbox 360, que por sua vez mantém aquele visual em tiles, como o Windows 8. Embora seja altamente customizável (você pode fixar guias em um quick menu e redefinir tiles como quiser), ainda acho essa interface um pouco bagunçada. Algo mais simples e linear, como é a home do PS4, me parece melhor. Mas como tudo da Microsoft gravita no Windows, é o que tem para hoje.
Um lance legal é que você pode fixar um tile vertical no lado esquerdo/direito da tela mesmo enquanto joga, de modo que você pode continuar sua emocionante corrida em Forza enquanto conversa com seus amigos no Skype, acompanha os trending topics do Twitter ou não perde o final da novela! =]
Ao contrário do Playstation 4, que tem um botão exclusivo para screenshots e vídeos, o Xbox One (ainda) não tira screenshots (eu driblei isso usando o app da minha Smart TV). Mas faz e transmite vídeos ao vivo, e você também pode editá-los e/ou upá-los direto para o Youtube. O app de edição é bem mais limitado que o do PS4, mas como este não é o foco do console, beleza.
Um lance nem tão legal é a configuração de idioma: eu costumo deixar meus videogames em português, mas no XOne isso traz algumas limitações irritantes. As configurações do jogo acompanham as configurações do console, de modo que jogos como Ryse e Sunset Overdrive ficam automaticamente dublados em português. Para mudar isso, só mudando o idioma, resetando o console e iniciando o jogo novamente, o que deixa não só o áudio, mas também menus e legendas em inglês. Esse não é um problema exclusivo do XOne, mas acho isso um saco. Custa me dar a opção de escolher áudio em um idioma e legenda e outra?
…SÓ QUE NÃO
Pelo subtítulo ali de cima, você achou que já estaríamos curtindo altos games, certo? Pois é, não foi bem assim. Esqueça o power brick barulhento, o que foi (para mim) o maior problema do Xbox One é o tempo de instalação dos jogos.
Se você tem um PS4 ou leu a análise do Corrales sobre o console, sabe que as instalações no negão da Sony são super rápidas e indolores. Atualizações são baixadas no segundo plano, tudo super otimizado. Na maioria dos casos, entre colocar o disco no PS4 e começar a jogar se passam, no máximo, dois minutos.
No XOne é totalmente o oposto: as instalações duram horas – isso mesmo, HORAS – de modo que entre colocar o disco no videogame e começar a jogar você terá que esperar, chutando baixo, uns 80 minutos. Em alguns casos, essa espera passou das três horas. E eu não estou falando de jogos digitais que precisam ser baixados, mas de jogos em disco, que (na teoria) só precisam ser instalados!
Ok, como cheguei “atrasado” à geração Xbox One, admito que todos os jogos já tinham atualizações cavalares. Dead Rising 3, por exemplo, tinha mais de 16GB de atualizações. Mas o jogo não me permite fazer esses downloads importantes em segundo plano, como o PS4, de modo que eu preciso esperar a instalação do jogo e o download das atualizações para só então poder jogar. Sim, você é obrigado a atualizar o jogo mesmo para jogar single player.
Há quem diga que é possível jogar depois que a instalação alcança uma determinada porcentagem, mas isso não é bem verdade. Quer dizer, eu até pude iniciar Ryse durante a instalação (que demorou mais de três horas para ser concluída), acessar uns menus e tal, mas na hora de começar o jogo para valer eu caía em uma tela que me dizia que eu só poderia começar a jogar depois que a instalação estivesse concluída.
O game digital D4 – Dark Dreams Don’t Die, que foi disponibilizado na faixa para assinantes Live Gold, teve o mesmo problema: eu pude acessar o jogo após certo estágio da instalação, mas não pude jogá-lo de fato, apenas acessar os menus iniciais. Não sei você, mas eu não considero acessar menus como “jogar”. =P
E antes que você ache que é implicância minha, saiba que mesmo jogos mais recentes (e que consequentemente ainda não têm atualizações tão enormes) também demoraram um bocado. Sunset Overdrive, por exemplo, foi lançado menos de um mês antes de eu ter o meu XOne, mas mesmo assim eu tive que esperar horas para a instalação ser concluída até poder jogá-lo. O recém-lançado Dying Light também passou horas sendo instalado, e eu só pude jogar o tutorial enquanto a instalação era feita, aí dei de cara com uma mensagem de “conteúdo ainda não instalado“.
Então, se tem algo em que o Xbox One precisa ralar – e muito! – para alcançar o PS4 é esse tempo de instalação. Esperar HORAS para curtir um jogo novo é um absurdo, especialmente em um console “avançado” e de “última geração”. Saudades de quando era só colocar o cartucho, dar o play e pronto. Na pior das hipóteses, uma assoprada resolvia tudo.
O CONTROLE
O controle do Xbox One possui a mesma pegada do controle do Xbox 360, o que é ótimo, visto que ele ainda é (para mim) referência em termos de qualidade. As novidades que foram acrescentadas ao novo controle não necessariamente o tornam melhor, mas são, em sua maioria, evoluções interessantes.
Muito mais sóbrio, o controle agora é todo preto, e as cores se mantém somente nas letras dos botões. O logo do centro serve para ligar o bichinho (e o console), desligá-los e/ou voltar para a dashboard. Quando o controle está ligado, o botão fica aceso com uma luz branca, que é inútil, mas (felizmente) bem mais discreta que as também inúteis luzes do controle do PS4.
Os botões Start e Back foram substituídos por dois botões que… bom, continuam servindo basicamente para a mesma coisa que serviam os botões Start e Back. Pesquisando por aí eu descobri que os novos botões são Menu e View, mas os ícones dos botões (três linhas em um e dois quadrados no outro) não dão qualquer pista disso.
Aliás, segundo um comunicado oficial da Microsoft:
“O botão Menu (o da direita) trará telas contextuais específicas para cada jogo e os desenvolvedores de aplicativos poderão usá-lo para melhorar a experiência do usuário. O botão poderá ser usado em cenários como mostrar menus nos jogos, mostrar opções de reprodução de vídeos e acessar comandos na interface do console.
O View, por sua vez, mudará o ângulo de visão ou oferecerá informações em jogos e aplicativos. A função do botão View será definida pela desenvolvedora. Possíveis usos para o botão incluem visualizar um mapa em um RPG, mostrar o placar de pontuação em um FPS e melhorar a navegação na interface do usuário no console“.
Na prática, o botão Menu é o Start, e justamente por isso pausa o jogo (dã), acessa menus e coisas do tipo, enquanto o botão View costuma ser um shortcut para mapas e menus mais específicos de upgrades e melhorias de habilidades.
E já que estamos falando de botões, confesso que me causaram certa estranheza os botões superiores, LB e RB. Eles não “afundam” como um botão comum, mas são “clicados”, fazendo inclusive o barulhinho de clique igual ao de um mouse. O direcional digital (que agora é apenas uma cruz de quatro posições) é bem menos molenga que o do controle antigo, mas também tem esse “clique” estranho tipo botão de mouse.
Ergonomicamente falando, o controle é excelente. Seus gatilhos LT e RT estão bem maiores, mas continuam parecendo gatilhos. A parte inferior do controle possui “abas” maiores e menos curvas que oferecem uma ótima pegada. As alavancas analógicas possuem laterais texturizadas e uma leve depressão no centro. De início achei estranho – até machucou um pouco meu dedo em Killer Instinct – mas logo acostumei.
Outro detalhe interessante está na vibração: além daquela tradicional, os botões superiores (LB, RB, LT e RT) possuem seus próprios dispositivos de vibração. Como estes botões são automaticamente designados para tiros e granadas (em jogos de tiro), aceleração e freio (em jogos de corrida), este feedback específico é bem interessante no contexto de cada jogo.
No meio de tantas boas novidades, eis que algo que deveria ter sido mudado não foi: o controle continua precisando de pilhas para funcionar. Fuckin‘ pilhas! O compartimento de pilhas está muito mais discreto e integrado ao controle, mas eu não consigo deixar de pensar por que diabos a Microsoft ainda não embutiu uma maldita bateria recarregável em seus controles.
O lado bom (se é que há um lado bom) é que agora os conectores ficam direto no controle, eliminando os problemas de mal contato que a tampinha vagabunda do controle do X360 causava. Ah, e agora usando um cabo micro USB, você transforma seu controle wireless em um controle com fio.
Outra escolha de design bem questionável é a entrada de fones de ouvido: se a Sony facilitou as coisas e colocou uma entrada P2 comum no DualShock 4 (aceitando qualquer fone de celular para chat), a Microsoft manteve seus periféricos com entradas bem específicas, de modo que você só pode usar o headphone oficial ou comprar o adaptador oficial (e caro) para usar outros fones.
No geral, é uma evolução de um controle que já era bom, que até trouxe boas novidades, mas manteve algumas coisas que poderiam ter sido melhoradas (sim, as pilhas). Se no Playstation a evolução do DualShock 3 para o 4 foi enorme, aqui ela não é tão evidente, mas também está presente.
JOGANDO NO XBOX ONE
“Tá, Pixáiti, mas você vai falar dos jogos ou não?“. Calma, estamos chegando lá, delfonauta apressadinho!
Como eu já disse, comprei meu XOne em uma promoção da Black Friday. Ele veio com cinco jogos, três da primeira safra de lançamentos do console – Dead Rising 3, Ryse e Forza 5 -, um lançamento em mídia digital – Assassin’s Creed Unity e um jogo whatever – Minecraft. Por fora, eu comprei também a “primeira temporada” de Killer Instinct em disco, e ganhei o Sunset Overdrive de Natal antecipado da patroa.
Como o Unity eu já tinha no PS4 e Minecraft nunca me interessou, acabei vendendo ambos. Abaixo, falo um pouco da minha experiência com o que joguei até agora:
KILLER INSTINCT (finalizado com alguns personagens)
Embora eu questione a maneira como o jogo é comercializado (um personagem de cada vez), o fato de ter comprado a primeira temporada inteira já me trouxe uma boa leva de lutadores. E caramba, eu adorei Killer Instinct e sua jogabilidade, que é rápida, precisa e (a melhor parte) com muita liberdade de improvisação.
Eu não tenho nada contra jogos como Mortal Kombat – pelo contrário, adoro a série – mas vejo que eles são muito levados pela “decoreba”: o jogador não necessariamente inventa um combo, simplesmente decora uma sequência que funciona e continua repetindo-a de novo e de novo.
Em Killer Instinct não: os golpes especiais e comuns se encadeiam de maneira muito natural, de modo que um combo nunca precisa ser igual ao outro. Mesmo noobs (como eu) conseguem aplicar belas sequências de mais de 15 hits com facilidade, o que é bem legal e torna até mesmo as partidas online bem menos punitivas.
A jogabilidade é extremamente rápida (para ficar perfeito só faltaram uns air combos ao estilo Marvel Vs. Capcom) e eficiente, e os personagens possuem estilos de luta bem variados. O visual dos personagens é incrível, mas o que rouba a cena mesmo são os belos cenários e as belíssimas explosões de partículas das magias e golpes especiais.
SUNSET OVERDRIVE (finalizado)
Sem dúvida o jogo mais criativo e fanfarrão que joguei na nova geração (incluindo aí os de PS4). Sunset Overdrive conta (mais uma) história pós-apocalíptica, mas, ao contrário da esmagadora maioria das obras do gênero, aqui temos cores vibrantes, palavrões e muito rock n’ roll.
Na trama, uma bebida energética transformou as pessoas de Sunset City em mutantes e você, como todo não-infectado que se preza, precisa dar um jeito de sair de lá e, de quebra, salvar todo mundo que conseguir. Conforme avança na trama, você vai descobrindo os podres da Fizzco (a fabricante do energético) e percebendo que há muito mais tretas debaixo do tapete.
Sunset Overdrive parece uma mistura de Infamous com Dead Rising e Jet Set Radio: você não tem necessariamente superpoderes, mas pode criar armas bem malucas para detonar os mutantes enquanto explora livremente a cidade. A exploração, aliás, fica por conta do grind: fuck logic and gravity, aqui você desliza por cabos e beiradas, pula de prédios, faz tirolesas e emenda uma coisa na outra “quicando” em elementos do cenário. Parece confuso, mas funciona muito bem! O jogo ainda te dá bônus por “estilo”, de modo que você vai estar sempre querendo fazer tudo da maneira mais estilosa possível, sem quebrar o seu combo de grinding!
Além do visual estilizado e super colorido ser um show, o jogo é muito engraçado, cheio de missões nonsense, piadas metalinguísticas e referências à cultura pop. O protagonista (que é customizável) ainda quebra a quarta parede, conversa diretamente com o jogador e “desconstrói” conceitos clássicos dos videogames, o que é bem divertido. Ah, e a dublagem em português é surpreendentemente boa!
RYSE: SON OF ROME (finalizado)
It’s a me, Marius! O épico romano que ficou famoso por seus quick-time events automáticos oferece uma experiência bem visceral e linear, mas não é lá essas coisas. Quer dizer, por um lado, ele é um dos jogos mais bonitos que joguei na nova geração (Crytek sendo Crytek). Por outro, ele é bem repetitivo e mesmo eu, que adoro hack n’ slashes, fiquei meio entediado. Pelo menos a campanha é curtinha, pior se ele tivesse vinte e poucas horas.
A trama acompanha o centurião Marius, que teve sua família brutalmente assassinada por invasores bárbaros e parte em uma missão de vingança. Claro que rolam umas divindades e uns plot twists entre uma coisa e outra, mas nada super empolgante.
A jogabilidade é bem simples e repetitiva: seguindo aquele estilão de ataque romano, um botão dá espadada, outro dá escudada. Temos ainda agarrões, rolamentos e outros comandos básicos. Quando a caveirinha aparecer, dê um agarrão para iniciar o quick time event das finalizações, que são bem cinematográficas e brutais. Se você errar o comando, a animação do golpe continua rolando, mas você perde os pontos de XP.
O jogo ainda tem um feeling meio 300: você anda em formação “tartaruga” para se defender de arqueiros, atira lanças e dá algumas ordens simples para sua tropa. Mas é tudo bem superficial e, como tudo no jogo, se repete mais do que deveria. Salvo pelo visual e pela trilha sonora épica, Ryse é um exclusivo que até diverte, mas enjoa.
DEAD RISING 3 (jogando)
Como o delfonauta dedicado deve saber, eu sou um grande fã da série Dead Rising. A minha (enorme) resenha de Dead Rising 2 é prova disso. Pois bem, dito isso, é óbvio que eu estava muito empolgado para jogar Dead Rising 3, que é um pseudo-exclusivo do Xbox One.
O novo protagonista – Nick Ramos – nem de longe é carismático como Frank West, mas no geral, tudo o que a série tem de bom (e de ruim) está de volta, e isso muito me agrada: temos o tempo contado para fazermos tudo (ou não) antes do fim do game, temos dezenas de sobreviventes esperando ajuda, missões desesperadoramente cumulativas, uma infinidade de roupas, armas e combinações de armas para usar… e claro, milhares de zumbis para matar!
Os psicopatas também estão de volta, espalhados por uma cidade que realmente parece uma cidade, muito maior e cheia de casas e estabelecimentos comerciais para serem visitados. Entre as boas novas, temos combos para construir veículos tremendões (quem nunca quis combinar uma Harley Davidson com um trator?), possibilidade de construir coisas em qualquer lugar (afinal, o protagonista é um mecânico), várias safe houses espalhadas pela cidade e uma história que, se não é incrível, pelo menos mantém o nível da série.
Ainda não terminei o jogo e sei que ele deve ter múltiplos finais, mas como nos anteriores, Dead Rising 3 é sinônimo de imersão, diversão e até um pouco de frustração. Tudo isso com gráficos melhores, dublagem em português (razoável) e muito mais zumbis por metro quadrado. Precisa de mais?
FORZA MOTORSPORT 5
Esse eu mal comecei a jogar, então não tenho muito o que dizer sobre ele. Só que é bonito bagarai e faz parte de uma das melhores franquias de corrida dos últimos tempos, o que por si só já é um bom sinal. Depois que eu zerar o Dead Risaing 3 eu hei de investir mais tempo nele. =]
AND THAT’S ALL I’VE GOT TO SAY ABOUT THAT
E é isso, caro delfonauta. Embora supostamente não tenha o mesmo “poder de fogo” do PS4 (supostamente porque alguns jogos multiplataforma saem em resolução menor, e tal), o Xbox One é um ótimo console que até agora vem nos entregando excelentes jogos exclusivos. E há muito mais por vir – Halo 5, Quantum Break, Phantom Dust, Crackdown, Rise of the Tomb Raider (nesse a exclusividade é temporária), Cuphead, ScaleBound, Inside, entre muitos outros.
Se você me perguntar “tá, Pixáiti, mas qual eu devo comprar: PS4 ou XOne?”, eu confesso que não saberia responder. Vai muito do gosto pessoal de cada um, de quais jogos exclusivos mais te interessam, de onde você tem mais amigos para jogar online. Não sou “Sonysta” nem “Caixista”, sou gamer, e tento aproveitar o melhor dos dois mundos, na medida do possível.
Então, fica a dica do Pixáiti: se seu bolso permitir, deixe seus argumentos “ista” de lado e faça o mesmo. Você não vai se arrepender! 😉
E se seu bolso não permitir, agora nós temos resenhas delfianas de todos os consoles da nova geração, então leia todas elas, pois isso sem dúvida vai te ajudar a decidir. Links vão abaixo.
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