Uma mina (Jodie Foster) tem seu noivo (Naveen Andrews, o Sayid) assassinado. Assustada, ela compra uma arma ilegal e sai pela cidade fazendo justiça com as próprias mãos. O que esperar de um filme com essa sinopse? Não, delfonauta, ao contrário do que tudo indica, não se trata de um Testosterona Total, mas de um drama, pois não foca no aspecto divertido da violência, mas nos conflitos psicológicos e emocionais decorrentes dela.
Os primeiros assassinatos cometidos pela protagonista são em auto-defesa, mas ela logo começa a “gostar” da coisa e a sair procurando encrenca. Obviamente, ela encontra. E então se esforça para que os bandidos vejam seu big mistake. E, é lógico, essa é a última coisa que eles verão.
Ao contrário de todas as evidências, Valente é um filme lento. Chega até mesmo a ser chato e arrastado em alguns momentos. Mas mesmo assim é um filme legal, diferente o suficiente para gerar interesse em meio a tantos filmes iguais uns aos outros. Só que justamente por causa disso, demanda certa paciência. Paciência essa, que nem todos têm.
Para falar a verdade, este é um daqueles casos onde eu sou obrigado a ficar meio em cima do muro em relação a indicá-lo ou não. Eu realmente gostei de tê-lo assistido, mas se você também vai gostar depende muito da sua paixão por cinema e da sua paciência. Ele lembra bastante o Marcas da Violência, mas sem ser tão enfadonho. Então façamos o seguinte: assista e depois comente aqui dizendo o que achou. Assim da próxima vez que isso acontecer, posso dizer se indico para você ou não! 😉
PS: A estréia comercial de Valente estava marcada para 2 de novembro, mas a Warner enviou ontem um e-mail dizendo que foi cancelada, provavelmente pelo fato de a protagonista ser mulher. Portanto, como a resenha já estava pronta e o filme vai passar na Mostra, adiantamos a publicação desse texto para que os cinéfilos possam saber o que lhes espera caso decidam assisti-lo no festival de São Paulo.