Em dias como hoje, acho que sou um cara repetitivo. Acontece que, antes de escrever essa resenha, reli a do filme anterior e deparei-me estupefato com o fato de que quase tudo que tinha pensado em falar (como a comparação com Toy Story ou a trilha excelente de Alan Silvestri), já havia sido escrito por mim mesmo dois anos atrás. É inegável: grandes mentes pensam da mesma forma. =)
Já que eu mesmo puxei meu tapete, o jeito é improvisar. E esta inesperada continuação mostrou-se uma inesperada surpresa (afinal, surpresas esperadas deixam de ser surpresas), pois se trata de um filminho deveras legal, muito divertido e super bonitinho.
No início da nova história, Benício Estilete se tornou um inventor de apetrechos e fez fama e fortuna. Acontece que, segundo Hollywood, dinheiro não traz felicidade. Assim, ele vai visitar seus amigos de fantasia no museu onde trabalhava e descobre que ninguém mais quer vê-los. Portanto, serão remanejados para os arquivos do imenso Smithsonian. O problema é que a placa que lhes dá vida vai junto. Ou seja, todas as peças expostas no Smithsonian hão de acordar para falar “Alô, Mamãe!”. E, entre elas, estão alguns personagens bem malvados, como Napoleão Bonaparte, Al Capone e Ivan, o Terrível. Agora cabe ao nosso herói e à estátua de cera de Amelia Earhart salvar o mundo, ou melhor, o museu, de suas próprias peças.
A partir daí, você sabe o que esperar, especialmente se der uma olhadinha no gênero aí na ficha técnica. Isso aí, caro delfonauta! Vai dar a louca no museu! Prepare-se para altas confusões do barulho com essa turminha muito louca. Corra que as obras de arte vêm aí!
Depois de Toy Story, o primeiro filme que veio à minha mente foi o primeiro Bill & Ted, onde eles voltam no tempo e trazem aos tempos atuais vários personagens históricos. Obviamente, isso acontece aqui também, não apenas com personagens históricos, mas também com esculturas. Por acaso já passou pela sua cabeça que o Pensador de Rodin não era um cara inteligente, mas um cafajeste meio bobão? Pois prepare-se para uma cena deveras engraçada. Outros personagens/esculturas também roubam a cena, como os Albert Einstein bobblehead ou os cupidos que ficam cantando grandes sucessos românticos nos momentos mais inapropriados.
Ok, o humor da turminha de Stiller ainda não está entre os mais afiados e várias – várias mesmo – das piadas presentes aqui foram literalmente roubadas de outros filmes, desenhos e séries. Também não gostei do subtexto na cena de Abraham Lincoln, que dá a entender que o presidente estadunidense é mais pintudo e glorioso do que os deuses egípcios.
Ainda assim, o climão depretensioso, a ótima trilha sonora e um final super-hiper-extra-mega-turbo-feliz acaba tornando a segunda iteração dessa franquia bem superior à primeira. Sabe aqueles filmes que devem ser assistidos com os olhos de uma criança? Então, ative o mini-me que mora dentro de você e divirta-se!
Curiosidade:
– Deveria ser ilegal colocar uma mulher tão linda quanto a Amy Adams em um filme. Fica extremamente difícil prestar atenção. Aliás, fiquei tão embasbacado com a moça que, assim que tive acesso a um computador, fui imediatamente procurar por fotos da verdadeira Amelia Earhart para conferir se ela era tão bonita. Que decepção! Os caras nem sequer tentaram pegar uma atriz parecida com a Amélia Coração de Orelha…