Dia 18 de julho The Mooseman chega aos três consoles da geração atual (ele já está disponível para PCs). É bastante difícil defini-lo. Ele vem com o objetivo de apresentar a cultura finno-ugric (sei lá como chama isso em português, mas no release em inglês está escrito assim).

A princípio, pensei que seria um joguinho com muitas informações sobre a cultura abordada, mais ou menos como Never Alone. No entanto, ele é muito menos um jogo, e mais… bem… mais algo que você veria em um museu.

The Mooseman, Delfos

A interatividade é mínima. Basicamente, você vai andando para a direita e vendo o que acontece. E, para você ter uma ideia, apertando duas vezes para frente, o personagem passa a andar sozinho, então até a interatividade é meio que opcional.

THE MOOSEMAN

Você deve apertar o X para alternar entre a visão de dois mundos. Ocasionalmente, aparece algo que impede seu progresso, como um puzzle ou uma sequência específica que exige stealth.

The Mooseman, Delfos
Esta.

No entanto, estes desafios são raros e em geral muito mal realizados. Na cena de stealth acima, por exemplo, você precisa impedir que a luz te pegue ficando embaixo de troncos. Mas os troncos não impedem a luz de passar, o que causa várias mortes estranhas, nas quais você pode jurar que estava escondido.

Tem também alguns pedacinhos que poderiam ser chamados de chefes, mas é tudo bem simples de resolver e avançar.

The Mooseman, Delfos
A aranha gigante pode até impressionar, mas é quase parte do cenário.

Isso tudo, no entanto, é raro. O grosso dos 90 minutos da experiência envolve andar e apertar o X para ver os dois mundos. Há artefatos a colecionar (dica: ande para a esquerda para achar boa parte deles), e estes são desenhos que reproduzem artefatos reais criados pelo povo no qual o jogo se inspira. Convenhamos, seria mais interessante se fossem fotos das obras, não apenas desenhos.

The Mooseman, Delfos
O jogo até fala o museu no qual eles estão.

Cada checkpoint vem acompanhado de um texto contando algo dos mitos dos finno-ugric. Claro, o que temos aqui é longo demais, mas se fosse condensado a uma experiência de cinco minutos, não ficaria estranho em um museu. Como jogo vendido, ainda que a um preço bem modesto, fica difícil recomendar.

Eu gosto de museus, e gosto de jogos que apresentam culturas exóticas, mas esta foi uma experiência que me deixou entediado durante quase toda sua duração.

The Mooseman, Delfos
Eu não sei o que está escrito aí, mas daria um bom logotipo para uma banda de black metal.