Sorte no Amor

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Você acredita em sorte? Bem, eu acreditava até receber a missão de conferir este filme. Vejamos: hum, tem a Lindsay Lohan (de Sexta-Feira Muito Louca) no elenco, então imaginei que só podia ser uma comediazinha romântica voltada ao público teen. E de fato é isso mesmo. Para mim, todos estes filmes são absolutamente iguais, mudando só os atores. Logo pensei que perderia minha manhã vendo mais um filminho sem-vergonha como tantos outros similares.

Para minha sorte não foi bem assim e logo mais você saberá porquê. De fato, sorte é a temática deste filme, tanto que a palavra está até no título. Lindsay Lohan é Ashley Albright, simplesmente a garota mais sortuda do mundo. Tudo que pode dar certo irá acontecer com ela. Tipo parar de chover assim que ela pisa na calçada, achar dinheiro na rua e tal. Ela é praticamente um Longshot de saia (se você não sabe quem é Longshot, é só clicar aqui para conhecê-lo).

Por outro lado, Jake Hardin (Chris Pine) é o completo oposto. O sujeito é tão azarado que só faltava mesmo ser atingido na cabeça por um cofre, piano ou bigorna (você escolhe seu favorito). A má sorte do rapaz é tanta que até o atrapalha para descolar um contrato de gravadora para a banda de Pop/Rock do qual ele é empresário. Uma curiosidade: o nome da banda é McFly (será mesmo uma homenagem?) e o grupo existe mesmo. Os músicos interpretam a si mesmos no longa. E não, eu não curti o som dos caras. Em determinado momento da projeção, a sonoridade deles é definida por Jake como um cruzamento entre os Beatles do início com Blink 182. Não tinha como essa mistura dar certo, mesmo.

Mas, voltando à trama do filme, durante um baile de máscaras rola um clima entre Ashley e Jake, eles se beijam e, como mágica, a tremenda sorte de Ashley passa para Jake, e ela ganha o tremendo pé frio do carinha.

A partir daí, absolutamente tudo que poderia dar de errado com ela irá acontecer enquanto nossa azarada protagonista tenta reencontrar Jake e beijá-lo mais uma vez para recuperar seu poder mutante.

De fato, os primeiros 20 minutos dessa fábula feita para o público composto por meninas pré-adolescentes é um tremendo saco. Mas a partir do momento em que acontece o beijo e a Lindsay Lohan começa a se f… ops, eu não posso dizer essa palavra. Vejamos, quando ela começa a sofrer infortúnios, meu lado sádico se satisfez bastante, o que fez o filme subir vários pontos na minha cotação. Claro que o final da história você já conhece, mas até chegar lá eu me diverti muito em vê-la na pior. Pois é, eu sou mau! Só faltou mesmo o Nelson (aquele dos Simpsons) aparecer, apontar para ela e mandar o seu clássico “Há-há”.

Assim, há dois modos de pensar se esse filme merece ou não uma conferida. Se você levá-lo a sério, inclusive ignorando o tom de fábula, será apenas mais um produto pasteurizado dos mais fraquinhos, do tipo que talvez não agrade nem mesmo seu público alvo. Desse modo, não vale a pena. Agora, se você se diverte com a desgraça dos outros (e que fique bem claro, apenas na ficção!) e gostaria de ver a Lindsey Lohan pagando vários micos, vai fundo que nesse caso a diversão está garantida. Azar dela, sorte a nossa.

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Alfredo De la Mancha
Alfredo é um dragão nerd que sonha em mostrar para todos que dragões vermelhos também podem ser gente boa. Tentou entrar no DELFOS como colunista, mas quando tinha um de seus textos rejeitados, soltava fogo no escritório inteiro, causando grandes prejuízos. Resolveu, então, aproveitar sua aparência fofinha para se tornar o mascote oficial do site.
sorte-no-amorPaís: EUA<br> Ano: 2006<br> Gênero: Comédia Teen<br> Duração: 103 minutos<br> Roteiro: I. Marlene King e Amy B. Harris<br> Diretor: Donald Petrie<br> Distribuidor: Fox<br>