Estamos na temporada dos DLCs. Embora este seja o primeiro review da safra a ser publicado, só hoje é o segundo que eu resenho. E vou dizer, este retorno à violência crocante de Warhammer 40000 Boltgun com este DLC Forges of Corruption foi, adivinha só, uma delicinha.
REVIEW FORGES OF CORRUPTION
Forges of Corruption tem todas as boas qualidades de Warhammer 40000 Boltgun. Mas é menos. E por isso é melhor. Se você leu minha análise Boltgun, deve se lembrar que eu gostei muito, mas conforme avançava, o jogo foi ficando mais cansativo. Ele simplesmente durou mais do que deveria.
Forges of Corruption é mais do mesmo, sim. Mas faz mais de ano que joguei Boltgun, e terminei Forges of Corruption em uma tarde. O timing foi ótimo. Quando comecei a ficar de saco cheio, estava para iniciar a última batalha. Há apenas quatro fases propriamente ditas, mais uma que é a batalha final. As missões são longas, mais longas que as da campanha, e duram em média 40 minutos. Em geral, dá para terminar tudo entre duas e três horas, e são EXCELENTES duas horas e pouco.
VIOLÊNCIA CROCANTE
Muito disso se deve a quão gostosa é a jogabilidade. O jogo é extremamente violento, mas é também extremamente cartunesco, com sangue e tripas pixelados que são quase bonitinhos. É simplesmente muito gostoso dar uns pipocos num monstro e ver ele derretendo em uma poça de sangue.
Eu não faço questão nenhuma de violência nos meus videogames, e em geral até gosto mais de jogos fofinhos. Mas tem algo muito mágico neste estilo e nesta combinação de gráficos e sons que praticamente só existe em boomer shooters. Não tem outra definição melhor: é crocante. E se você já sentiu um jogo bom desses na pele, sabe exatamente a que me refiro.
FASES LONGAS, MAS LINEARES
Forges of Corruption faz algo que gosto muito. As fases são basicamente lineares, mas mesmo assim você pode apertar um botão para ver o caminho mais curto até o fim. Isso deixa explorar ainda mais gostoso, pois você pode ir para o “lado errado” sem medo de não conseguir mais voltar.
É verdade que o DLC, em especial no final da campanha, volta a oferecer arenas muito longas e frequentes. A batalha final, em especial, é uma bagunça, um desastre. Algo simplesmente impossível de passar sem ativar a invulnerabilidade. Estas arenas foram o principal motivo para eu ter cansado do jogo perto do final. A boa notícia é que o timing das fases anteriores é bom, e essas arenas não chegam a torrar a paciência quando acontecem.
EXPERIÊNCIA SONORA
Algo que torna os boomer shooters tão especiais é a experiência sonora. Em especial os sons das armas e dos inimigos sendo atingidos. E isso é excelente por aqui. Porém, há algo da criação sonora que quero criticar: a trilha sonora dinâmica. Você sabe do que se trata. Quando rola ação, a música é mais intensa. Quando é apenas exploração, fica tudo mais quietinho.
O problema aqui é que você fica em combate quase o tempo todo. Você mata um inimigo, anda por cinco segundos e encontra outro. E tudo bem como experiência de gameplay. O problema é que a música fica constantemente iniciando e parando a música intensa de combate. E isso deixa muito chato. Uma solução melhor seria o estilo Doom antigo, em que cada fase tinha uma música.
WARHAMMER 40000 BOLTGUN FORGES OF CORRUPTION
É curioso dizer que Forges of Corruption é melhor que o jogo original por ser curto o suficiente para matar em uma sentada. Mas é verdade. Assim como uma refeição excelente deixa de dar prazer quando você fica cheio, isso é exatamente o que aconteceu comigo no original, ou em outros boomer shooters como Wrath Aeon of Ruin. Warhammer 40000 Boltgun é uma refeição gourmet sensacional. E como Forges of Corruption é servido numa dose mais módica, você acaba comendo estes demônios com muito mais prazer. Hum… acho que essa metáfora não foi uma boa.