Já fiz uma análise completa de Aero the Acro-Bat quando ele foi relançado em agosto. Você deve se lembrar que uma das minhas críticas foi porque a editora resolveu lançar cada um dos games da série – inclusive o remake de Gameboy Advance – como produtos separados. Isso desvalorizou muito o pacote, e deixou uma coletânea que deveria ser motivo para celebração um tanto amarga. Mas foquemos em Aero The Acro-Bat 2.
REVIEW AERO THE ACRO-BAT 2
A boa notícia é que se Aero the Acro-Bat era um jogo ruinzinho, daqueles que a gente tem que se esforçar para ir até o final, Aero the Acro-Bat 2 é muito melhor. Temos aqui um lançamento mediano, que você termina meio que na inércia se não tiver nada melhor para fazer.
Muito da melhora desta continuação se deve a ela ser mais focada. Chega daqueles objetivos pentelhos, como precisar pegar X breguetes e depois encontrar a saída. Aqui o objetivo é sempre chegar ao final da fase. As fases não são tão simples quanto as de um Super Mario World, e exigem bastante vai e volta e sobe e desce. Mas em geral são estágios com começo, meio e fim, o que transforma o jogo em um plataforma 2D mais tradicional.
LINDOS PERSONAGENS, CENÁRIOS POUCO INSPIRADOS
Uma coisa legal na época dos 16-bit é como os jogos podiam ficar consideravelmente mais bonitos em uma continuação lançada para o mesmo console. É o caso aqui. Os personagens de Aero the Acro-Bat 2 são muito mais elaborados e melhor animados do que os do jogo original. Os cenários, infelizmente, ainda são genéricos.
Este relançamento traz funcionalidades básicas de emulador, como rewind e save states. Também há alguns documentos da produção, incluindo manual. Por fim, você pode jogar a edição japonesa ou estadunidense do jogo. Como o anterior, no entanto, há apenas a versão de Super Nes. Seria interessante incluir também o rom do Mega Drive. Afinal, o jogo já está sendo vendido separadamente. Particularmente, eu teria mais interesse em ver a versão de Mega Drive do que a japonesa de Super Nes, já que diferenças regionais são pequenas.
Assim como o anterior, a melhor novidade são os cheats, que permitem ligar vidas e munição infinita, além de poder pular no ar quantas vezes quiser. Como este é um plataforma mais tradicional quando comparado ao primeiro, ativar isso facilita bastante o jogo – e permite pular algumas fases quase inteiras. Então até vale ativar, mas lembre-se de usar com parcimônia.
CADÊ MEU TROFÉU?
Também há um problema grave com dois troféus, que podem se recusar a popar. Aero the Acro-Bat 2 é uma platina bem simples: basta passar por todas as fases. Mas duas delas podem não fornecer seus troféus. Isso aconteceu comigo, e eu precisei jogar mais quatro vezes uma dessas fases até o troféu popar. É curioso olhar as estatísticas no PS5, já que por causa deste problema, mais gente tem o troféu de terminar o jogo do que o de vencer a penúltima fase. E não dá para terminar sem passar pela penúltima fase.
Eu sempre quis jogar Aero the Acro-Bat e estou aproveitando estes relançamentos para isso. Mas a verdade é que eles nunca estiveram entre os melhores jogos de plataforma da época. Para fãs bem dedicados do gênero, como eu, Aero The Acro-Bat 2 ainda vale uma partida para conhecer. Mas pouco além disso.