Reckoning Hour – Rise of the Fallen

Colaborar com as resenhas musicais delfianas é sempre uma oportunidade de estar em contato com discos e bandas que eu dificilmente ouviria por mim mesma. O resultado pode ser um tanto cômico para quem lê, mas para mim com certeza é sempre uma experiência interessante.

Desta vez o que caiu em minhas mãos foi o Rise of the Fallen, o primeiro EP da banda carioca Reckoning Hour, formada em 2012 pelo vocalista JP, o baixista Yan Marks, o baterista Haquim, e os guitarristas Philip Leander e Thiago Tavares. E devo confessar que das bandas que eu peguei assim às cegas, esta foi definitivamente a que mais me agradou até agora.

Com apenas meia hora de duração, o EP apresenta uma banda que parece já ter tudo o que precisa para estourar. As composições são consistentemente boas, os músicos muito afiados e a produção competente. Em geral um disco muito satisfatório e agradável de se ouvir. Ficou até difícil escolher os destaques, já que as cinco são muito distintas e igualmente legais.

A primeira, A Moment of Defiance, já me surpreendeu com a intro calminha, que deu um tom mais grave e melódico antes das batidas começarem. As partes mais pesadas e as mais cadenciadas se revezam com frequência e a qualidade técnica já é notável. Os vocais, também alternados entre o melódico e o gutural, estão muito bem colocados.

Confront the Storm, a mais longa das cinco, já começa bem agressiva e deixando transparecer uma influência muito forte de metal clássico. A bateria e as guitarras são as grandes estrelas da faixa, mas o vocal já começa a mostrar sua versatilidade. Os breakdowns do fim terminam por fazer desta a faixa mais empolgante e divertida.

Logo depois vem a excelente Darkness Remains. Exibindo desde o começo uma quedinha pelo Power Metal, ela também é outro ótimo exemplo de como a banda consegue fazer faixas super enérgicas e pesadas sem abrir mão da melodia. Os vocais se sobrepõem muito bem, e o refrão ficou especialmente bonito e cativante. Se tornou minha favorita.

Against the Tide traz outra intro melódica bonitona e outro refrão forte que deve ser muito divertido de acompanhar nos shows. E por fim, Ten Steps, uma com climão mais agressivo e dark, e a que tem mais cara de Metalcore propriamente dito. Foi a que eu achei menos marcante, e mesmo assim ainda é uma boa faixa, que encerra bem o Rise of the Fallen.

Atualmente, eles preparam o primeiro disco, que se chamará Between Death and Courage. A julgar por este EP, eu só recomendo que fiquemos de olho neles, porque o futuro parece muito promissor.