Delfonautas e delfonautos, façamos um minuto de silêncio pela morte de uma das franquias mais criativas dos games.
Conte de 60 até zero, devagar, e depois continue lendo.
Rolou ontem a palestra de Hideo Kojima, o criador do Metal Gear, na GDC 2009. Comecemos pela parte legal: o passado.
O japinha disse que a franquia Metal Gear normalmente é criada pensando nas limitações técnicas da plataforma. Por exemplo, o primeiro jogo deveria ser um game de ação big dick, mas o MSX 2 não aguentava isso. Assim, surgiu toda a mariquice de ficar se escondendo e tal e, assim, surgia um novo gênero de games.
A parte ruim foi na hora de falar sobre o futuro, onde foi apresentada a imagem aí do lado. Kojima disse o seguinte:
“A tendência no ocidente é o design de jogos ser baseado na tecnologia. Um mundo aberto, onde você pode ir a qualquer lugar, andar em qualquer veículo. Eu quero juntar isso com a minha filosofia de criação de jogos. Essa é a minha imagem do próximo Metal Gear“.
Em outras palavras, o próximo Metal Gear será (mais) um “mamãe, eu quero ser o GTA“. Na nossa resenha de Metal Gear 4, eu até fiz um adendo dizendo que parabenizava o jogo pela criatividade e coragem de fazer algo diferente. E agora Hideo trai o movimento da originalidade e decide fazer um jogo igual a todos os outros da geração atual. Ei, Kojima, uma sugestão: coloca o Snake empurrando caixas também. E depois disso, faz um Metal Gear Kart, um jogo de corrida bonitinho e com power-ups e um Metal Gear Party, onde você escolhe entre o Snake, o Big Boss e o Raiden e joga uma sequência de mini-games. Essa é a melhor forma de jogar uma marca sólida, construída ao longo de anos, no lixo em poucos meses.
PQP, viu! E isso porque eu nem sou tão fã assim da série. Estou chateado mesmo é por ver um dos últimos respingos de criatividade morrer desse jeito.
Ah, sim, aquele lá em cima da imagem é o Raiden, o que pode significar que, no próximo jogo, você vai jogar com ele e não com o Snake.
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