Já pensou se existisse um jogo em que o tradicional modo capture the flag fosse executado com grandes cabeçonas de deuses no lugar das bandeiras? Assim, em vez de transportar aquele estandarte azul ou vermelho sem graça pelo campo inimigo, você teria de carregar a cabeça nada simpática de um ser divino, enquanto ela tenta fazer de tudo para dificultar sua vida.
Pois é, delfonauta, eu sei o que você está pensando agora: como foi que não tive essa ideia antes? Mas alguém teve, e decidiu executá-la. Oh My Godheads é um party-game que, além de ter um nome engraçado, foi estaticamente eleito pela DataDELFOS 2017 como um dos jogos mais coloridos do ano.
Os gráficos têm uma carinha de Nintendo 64, ainda que bem mais modernos e estilizados. É um jogo visualmente bonito, com cenários variados que vão de desertos a encostas geladas, passando por florestas tropicais, pântanos e áreas vulcânicas.
Com suporte para até quatro jogadores locais, Oh My Godheads oferece cinco modos de jogo: Capture a Cabeça, Rei da Cabeça, Headhunters (mata-mata sem as cabeças), Last Man Standing (também sem as cabeças) e, por último, uma arena de desafios diversos.
Em Rei da Cabeça, o objetivo de cada jogador será permanecer o maior tempo possível em posse da cabeça, enquanto no Capture a Cabeça os times deverão carregar a cabeça até sua base antes dos adversários. Esses são os modos de jogo mais divertidos, já que nos demais não existem as cabeçonas, que acabam sendo o grande diferencial do game.
Antes de iniciar a partida, você poderá escolher a cabeça que estará presente na partida. Há uma boa variedade delas, e cada uma tem uma forma de te sacanear habilidade diferente da outra. A cabeça de Zeus, por exemplo, eletrifica o personagem que a segurar por muito tempo. Outras irão te envolver em fumaça, ou evocar um pé gigante que descerá do céu para esmagar seu bonequinho. Uma das cabeças mais legais é a que brinca com as noções de tempo, aumentando e diminuindo a velocidade dos movimentos durante a partida.
É possível escolher entre oito personagens. Eles são bem diferentes entre si, mas apenas esteticamente. Na prática, os movimentos de todos serão os mesmos: você pode pular, lançar itens, realizar um ataque corpo a corpo e um ataque com dash. Os controles são fluidos e responsivos, e o jogo roda lisinho mesmo quando há muita coisa acontecendo em tela.
Infelizmente, não pude experimentar as partidas locais de Oh My Godheads, porque não tenho um segundo controle, então o jeito foi jogar contra a máquina mesmo. Certamente a diversão deve aumentar jogando contra os amigos ao seu lado no sofá, mas até que a IA fez um bom trabalho.
Se você é um fã de party-games, ou deseja apenas ter um bom joguinho para brincar com aquele seu sobrinho pentelho quando ele chegar de surpresa na sua casa, não tenha dúvidas: Oh My Godheads é uma excelente pedida. E se nada disso convenceu você a experimentar o jogo, talvez isso convença: um dos personagens jogáveis é um pinguim de cartola e monóculo. De cartola e monóculo!