O Quarto dos Esquecidos

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Sabe, eu sou um cara que se apega a certas coisas. Uma delas é a cor do cabelo de mulheres bonitas. Para você ter uma ideia, eu ainda não superei o fato de a Anna Faris ter virado loira. Ela era tão charmosa quando morena.

Por outro lado, quando a Jessica Alba resolveu parar de fingir que era loira e mudou a cor do cabelo para castanho, ela ficou bem melhor. Afinal, ela é latina, e loiras com a cor de pele dela não ficam tão bem.

Por esses dois exemplos, parece que eu não gosto de loiras, mas não é o caso. Minha preferência, como você sabe, são ruivas e orientais. Mas entre loiras e morenas eu gosto de ambas, depende mais do resto da mina e do cabelo que combine mais com ela.

Por que estou falando tudo isso? Porque a Kate Beckinsale estrela O Quarto dos Esquecidos ostentando madeixas loiras. Apesar do estranhamento inicial, ao contrário da Anna Faris, ela ficou bem com o novo cabelo, mostrando que ela é uma mulher bonita sob qualquer sabor.

Mais importante, no entanto, falei tudo isso porque O Quarto dos Esquecidos é bem ruim. E, para falar a verdade, é de uma ruindade tão esquecível que o filme já começou a sumir da minha memória e, como tal, não tenho muito a falar sobre ele.

Ele segue uma forma de narrativa nonsense que, fora do humor, não me agrada nem um pouco. Ele até parece ser um filme tradicional no início, mas quando descamba para o nonsense é quando você percebe quão ruim ele é.

Gente que morreu volta a aparecer (e não são fantasmas), cenas que começam de noite terminam de dia e vice-versa e personagens nunca antes citados simplesmente aparecem do nada e saem do filme pouco depois sem deixar rastros. Isso sem falar em sementes que são plantadas para não florescerem nunca. O filme é o que em inglês costumam chamar de train wreck.

Sim, tem uma justificativa na história para o nonsense, mas na prática o negócio fica parecendo um David Lynch genérico. E sabe, eu já não gosto nem do David Lynch original.

Talvez o diretor D.J. Caruso (que fez o Hora do Espanto cover, Paranoia) tenha optado por este caminho por ser um grande fã de Lynch. Ou então, mais provável, porque percebeu que sem isso seu filme seria ainda mais genérico do que Paranoia (que, apesar da falta de criatividade, é divertido).

Afinal, a história aqui retrata uma família que se muda para um casarão onde aconteceram coisas. O mote é que a moçoila encontra um quarto que não estava nas plantas da casa, e lá começa a ver coisas estranhas. Típica história de casa mal assombrada, o que pode até ser legal, mas ninguém classificaria como algo realmente novo.

Assim, o que resta de maior novidade em O Quarto dos Esquecidos é o cabelo loiro da dona Kate. Mas pelo menos ela ficou bonita loira. Ao invés de gastar mais tempo falando deste filme, vamos discutir nos comentários quais outras atrizes ficaram bem com mais de uma cor de cabelo. Eu já comecei. Sua vez.

CURIOSIDADE:

– Esta resenha foi publicada no dia 13, às 13:13. Só é uma pena que não seja sexta-feira!