O Matrimônio Ditatorial Delfiano

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Se você é um delfonauta dedicado, já sabe: nós, delfianos, apesar de sermos um grupo muito diverso de pessoas, com idades, gostos, preferências e backgrounds dos mais variados, temos uma coisa em comum: em algum grau, somos todos nerds atrapalhados e inaptos socialmente. Tarefas que parecem simples para pessoas normais, como ir a uma cabine de imprensa, chegar ao lugar onde uma cabine vai acontecer, ou mesmo no dia certo em que uma cabine vai acontecer , acabam sendo missões árduas para nós. Se houver dois ou mais de nós juntos então, é certo que patetadas épicas acontecerão.

Pois na tarde de dois de agosto de 2014, ocorreu um evento histórico: o dia em que o nosso amado Ditador elegeu oficialmente a sua companheira na dominação global. Sim, o Corrales e a Cinthia se casaram, e o Allan, o Lucas, a Joanna e o Cyrino estavam lá para prestigiá-los. E é claro que os delfonautas não poderiam ficar de fora de como foi este glorioso dia, especialmente quando tantas trapalhadas aconteceram.

A EXPECTATIVA

Como é o costume do nosso organizado Ditador, o convite chegou para todos com muito tempo de antecedência. As confirmações, no entanto, demoraram bastante.

O único que confirmou imediatamente foi o Lucas. Apesar de sempre ter detestado casamentos na adolescência – por causa de vários aspectos, como as músicas, aquelas tias que sempre bebem mais do que devem, e especialmente ser obrigado a se enfiar em roupas sociais extremamente quentes e desconfortáveis (mesmo que normalmente ele andasse todo de preto sob o sol de 40°C do Mato Grosso), com a idade ele passou a adorar tanto festas de casamento como usar ternos. Bem a tempo, já que pouco depois todos os seus primos resolveram se casar praticamente ao mesmo tempo. Em um período de dois anos, ele foi a mais de 12 festas de casamento, e curtiu todas.

Casamentos são basicamente o evento preferido dele, e este em particular seria ainda mais especial, afinal ele acompanha o DELFOS há sete anos, mas nunca teve a oportunidade de ver o Ditador ao vivo. O fato de o Corrales tê-lo convidado assim mesmo o fez sentir muito feliz e honrado, e por isso ele prometeu que estaria lá, não importa quantos evil monkeys a vida lhe mandasse.

O Allan, no entanto, tinha sua ida ameaçada por alguns compromissos familiares não confirmados para a data. Logo ele, que não poderia perder a ocasião, afinal ele suportou por anos e anos a zoação de delfianos e delfonautas por ser o único “casado” da equipe. Qualquer situação era motivo para soltarem a famosa frase “menos o Allan, que é casado”. “Todos os delfianos viviam cercados de bacons e groupies ruivas… menos o Allan, que é casado”, por exemplo. Com a ironia do destino, ele acabou deixando de ser “casado”, e seguiu a vida normalmente até o dia em que o convite chegou. Logo o Corrales, que começou toda a zoação, iria se casar… É, delfonauta, o mundo dá voltas. Claro, trata-se do Ditador, então ele não poderia realmente zoá-lo. Só ficar feliz e desejar os mais sinceros votos de felicidades ao casal. Mas todos sabemos que no fundo ele se sentiu vingado. Obrigado, Cinthia!

A Joanna, que recentemente perdeu seu posto de caçula delfiana para o neófito Luiz Felipe, também tem um “emprego de gente grande” agora, e numa escola de inglês, onde é praticamente certo que se trabalha aos sábados. Mas graças à intercedência misericordiosa de Odin, no dia 27 de julho ocorreu a reunião de atribuição de turmas, que surpreendentemente, liberou-a para finalmente confirmar presença no glorioso Matrimônio Ditatorial Supremo, mesmo que em cima da hora. Ainda bem, pois perder esse evento seria uma grave baixa no seu vasto currículo de stalker. Depois de ter perdido o painel do Corrales na Brasil Comic Con, ela nunca mais deixaria algo assim acontecer.

O PLANEJAMENTO

Como você percebeu, todos estavam determinados a comparecer, e para evitar os evil monkeys, como todo mundo sabe, o melhor a fazer é combinar bem todos os passos, contando com todos os imprevistos possíveis.

Apesar de ter sido o primeiro a confirmar, a vinda do Lucas era a mais complicada de planejar, pois seu “trabalho de gente grande” é sem dúvida o mais bizarro. Ele não é médico, policial nem nada do tipo, mas faz horários totalmente doidos e uns plantões cabulosos de vez em quando. E como desgraça pouca é bobagem, ele teve que trabalhar a madrugada inteira no dia anterior. Saiu do trabalho às seis da manhã, com tempo apenas de tomar banho, vestir seu terno maneiríssimo e ir para a rodoviária, pegar o ônibus das oito e dez e encarar cinco horas de viagem até São Paulo. O plano, orquestrado com algumas semanas de antecedência, era simples: ele chegaria ao Terminal Rodoviário do Tietê por volta de 12h50. O Allan, que passaria por lá de carro, o buscaria. Camaradagem delfiana em ação, nada mais justo.

O Allan, aliás, já ganhou a função de Comitê Oficial de Boas Vindas do DELFOS para delfianos de outras cidades que vêm à São Paulo conhecer a equipe pela primeira vez. Já aconteceu quando o saudoso Pixáiti veio ao Encontro Delfiano, e agora de novo com o Lucas. Agora ele tem até plaquinhas com o Alfredo para ajudar a identificação.

E ele prestaria seu serviço também à Joanna. A coitada mora no Grajaú, um pitoresco bairro no extremo sul de São Paulo. Quem costuma ir aos shows do Iron Maiden tem uma ideia: é ainda mais ao sul do Autódromo de Interlagos. Uma região tão remota, que para chegar onde as coisas acontecem, ela leva tanto tempo quanto (as vezes até mais) do que o próprio Allan, que vem de Guarulhos, por exemplo. Ela já virou até piada interna por sempre chegar atrasada nas reuniões secretas no Oráculo.

Como delfiano mais velho entre os três, o Allan se sentiu na obrigação de tranquilizar a pequena delfiana e incluí-la no plano: disse que seria fácil chegar ao local, desde que ela se juntasse a eles na Estação Tietê para irem todos em Caravana Delfiana para o casamento. Aliás, guardem essa informação: ele disse para a Joanna que o encontro se daria na Estação Tietê. Ela só teria de ir até lá de metrô. Muito simples, certo?

O sentido aranha do Allan dizia que não. E pudera. Eram três delfianos tipicamente atrapalhados. Um viria de Matão, e viagens de ônibus podem atrasar. Outra tem um histórico de atrasos considerável. E ele próprio podia ser vítima de vários evil monkeys, afinal estava vindo de carro para o famigerado trânsito de São Paulo. E ainda por cima, no convite estava escrito em letras garrafais que a cerimônia começaria às 14h30, e uma vez que as portas se fechassem, ninguém mais poderia entrar. Haja pressão! Mas como o combinado contava com uma hora e meia de antecedência, os três tinham fé de que chegariam com tempo de sobra, já que pelos cálculos do GoogleMaps, só levaria 20 minutos do Tietê para o destino.

O DIA D… E O PLANO B

No lado do Allan, tudo correu sem nenhum problema. Ele e sua senhora não se atrasaram para sair de casa, e o trânsito colaborou para que chegassem no horário marcado ao local de encontro com o Lucas e a Joanna. Nesse tempo, os três mantinham contato via WhatsApp para acompanhar o avanço uns dos outros.

O ônibus do Lucas chegou cinco minutos antes do previsto, e à 13h00 ele já estava na porta da estação Portuguesa-Tietê, aguardando e se esquivando das muitas pessoas que o abordavam pedindo informações. Ele ficou indignado, mas convenhamos que um cara de quase dois metros de altura, vestindo um terno maneiríssimo, parado às portas de uma estação de metrô, não devia se surpreender ao ser confundido com um segurança. 😛

Enquanto isso, a ilustre linha esmeralda da CPTM, que a Joanna usa para chegar ao metrô, estava com o seu fofo hábito de operar com intervalos obscenamente longos, obviamente nos dias mais inconvenientes. Mas não chegou a ser um grande problema: ela havia saído cedo de casa, e conseguiu chegar à linha amarela com tempo suficiente. Dali ela só teria de seguir até a estação da República, e de lá andar mais três humildes estações na linha vermelha até a Barra Funda. Simples.

Mas não, peraí. Barra Funda? Não era no Tietê?

Ao perceber que a Joanna estava demorando mais do que o previsto, e ainda parecia estar longe de chegar, o Allan resolveu chamar o Lucas para que se encontrassem e planejassem a próxima ação. O Allan jura de pés juntos que deu instruções claríssimas para o Lucas de como pegar a saída certa da estação, mas depois de cinco minutos aguardando sem nenhum sinal, o Allan pediu notícias pelo Whatsapp, e pelas descrições de carros, pontos de táxi e postos policiais que o Lucas proveu, ele percebeu que o rapaz tinha conseguido a proeza de sair do outro lado da avenida, pela saída totalmente oposta à combinada. Como ele conseguiu? Ele é um delfiano. Foi moleza.

Ainda pelo WhatsApp, o Allan o instruiu a voltar à estação e descer a escada. E lá foi o Lucas, pulando por cima de dois carros, rolando sobre o capô de um terceiro e correndo mais rápido do que o Ezio fugindo de um bando de soldados. E quando se aproximou, decidiu que se ele tinha saído do lado errado da primeira vez, dessa vez era só se dirigir para a outra escada, que obviamente devia ser a certa. Mas ao chegar lá, percebeu que esta ainda não era a que o Allan tinha indicado. Antes que houvesse ainda mais desencontros, os dois combinaram de ir até a bilheteria do metrô. Chegando lá, o Lucas finalmente avistou, com alívio, o Allan, andando estilosamente em sua direção como o Nicolas Cage no começo de A Outra Face:

Depois de fazerem o cumprimento delfiano secreto, os dois voltaram ao carro do Allan. Neste ponto, o Lucas percebeu que a escada combinada realmente ficava à direita, só que ao invés de ser a primeira ao entrar na estação, era a primeira passando a bilheteria. Ou seja, ao invés de pensar em direita e esquerda, ele deveria ter pensado em nordeste e sudeste. É, e você aí pensando que essas coisas só são úteis nos games e nos livros de fantasia.

Observando toda essa fascinante discussão pelo WhatsApp, a Joanna finalmente percebeu que os dois estavam aguardando na estação do Tietê, e não na Barra Funda. Nem mesmo ela sabe explicar o porquê, mas ao ouvir “rodoviária”, automaticamente seu cérebro selecionou a Barra Funda como alvo. Como alguém que nunca frequentou rodoviárias, ela simplesmente assumiu que seria naquela, que ela conhecia, e nem sequer lembrou que existiam outras. Coisa de delfiano.

Depois de um breve ataque de pânico, ela percebeu que nem tudo estava perdido: como ela ainda estava na linha amarela, ainda poderia chegar ao Tietê se fosse até a linha azul. Só que isso levaria muito mais tempo do que o previsto. Percebendo pelas mensagens a total desorientação de sua colega mais jovem, o Allan ligou para ela, lhe disse para respirar fundo, cantou Soft Kitty para acalmá-la e a orientou para ir até a estação da Luz, no meio do caminho, que ele a pegaria lá e economizaria tempo de percurso.

Sim, a única do grupo que mora em São Paulo foi exatamente a que precisou de orientação. Fazer o quê? Além de ser uma delfiana, ela acabou de sair da infância e ainda está naquela fase “gato doméstico” da vida: ela até que se vira sozinha, mas é sempre bom alguém ficar de olho. 😛

Mas ao menos ela chegou na estação da Luz, e pouco depois o Allan, que vinha relembrando seus hábitos de trânsito de quando costumava jogar Drive no Playstation 1, chegou cantando pneus, atravessou a avenida na diagonal, deu um giro de 180 graus e abriu a porta traseira fazendo um gesto com a cabeça para ela entrar. Depois de fazer o cumprimento delfiano secreto, a Joanna ainda percebeu que o Lucas, coincidentemente, tinha escolhido vir adornado com a cor do Alfredo, assim como ela. E nenhum dos dois sabia que o próprio Corrales e sua noiva também tinham escolhido o vermelho para os detalhes de seus looks. Acabaram ficando todos combinandinho sem querer. 🙂

HELL’S BELLS

A apreensão no caminho era tamanha, que eles mal conseguiram conversar. O único som que se ouvia era a moça do GPS e o ruído dos outros carros ficando para trás enquanto o Allan os passava a 200km/h. Quer dizer, quase isso. O Allan precisa de sua carteira de motorista e portanto estava dentro dos limites de velocidade. Mas a sensação que eles tinham era exatamente essa.

Com uma pontualidade digna dos lordes britânicos, eles chegaram ao endereço de destino exatamente às 14h20, já visualizando o imponente prédio da Loja Rosacruz. Não havia lugar para estacionar, no entanto, então eles tiveram que seguir em frente para achar um. E foi aí que eles ouviram um som que gelou seus coraçõezinhos: sinos. Nenhum dos três estava por dentro das tradições e costumes da Ordem Rosacruz – aliás, só o Lucas já tinha ouvido falar, mas de forma superficial – e sinos sempre remetem a cerimônias como esta, então, os três assumiram que este seria o sinal de que as portas estariam se fechando e eles ficariam de fora.

Mas a misericórdia de Odin se mostrou novamente: tratava-se apenas dos sinos de uma igreja, provavelmente católica, no quarteirão seguinte, e os três foram muito bem recebidos no local depois de terem estacionado o carro tranquilamente. Na verdade, a cerimônia só foi começar uma hora depois. Provavelmente uma das maquinações do nosso sagaz Ditador, que já tendo passado por sua cota de patetadas, colocou um horário bem adiantado no convite para que ninguém ficasse de fora quando de fato as portas do templo se fechassem.

Já admitidos, os três ficaram alguns minutos embasbacados com a área de recepção da Loja. Suntuosa e até um tanto intimidadora com suas grandes estátuas e esfinges, era ao mesmo tempo muito agradável e acolhedor. E então finalmente os nossos três desajeitados heróis se encontraram com o Cyrino, com o próprio Corrales, e com a primeira-dama delfiana, que estava lindíssima. Foi legal especialmente para o Lucas, que nunca tinha visto o Corrales pessoalmente, e finalmente pôde constatar com alívio que o Ditador não é tão alto quanto ele. Constatou também que o Corrales tem um jeito calmo de falar e é bem divertido. Com isso confirmou que realmente o mundo estará em boas mãos quando nós o conquistarmos.

Antes da cerimônia começar, ainda deu tempo do Corrales chamar sua fotógrafa para tirar umas fotos com “seus colegas de trabalho”. Sendo uma legítima fangirl promovida, a Joanna até se emocionou ao ouví-lo se referindo a eles dessa forma. E a emoção foi ainda maior quando o Corrales revelou que a tal fotógrafa era especialista em tirar jumping pictures legalzudas. Tirá-las foi bastante engraçado, e o resultado foi ainda mais.

E ENFIM, O CASÓRIO

A cerimônia em si não decepcionou nem um pouco a expectativa de que seria diferente de todos os casamentos que qualquer um deles foi até hoje. Para começar, eles esperaram os noivos ao som da épica Cavalgada das Valquírias.

Só não foi mais épico do que a entrada em si, que veio embalada por nada menos que uma faixa da trilha sonora do Episódio IV de Star Wars:

E todo o clima dava a impressão de que você estava testemunhando um ritual de alguma sociedade secreta tremendona. O templo, que ficou fechado depois que os convidados entraram, tinha uma iluminação baixa que dava toda uma atmosfera misteriosa. O sacerdote era chamado de Guardião do Templo, e ele se referia ao Corrales e à Cinthia como frater e soror. Os votos eram muito solenes e profundos e cada passo parecia muito simbólico. Uma cerimônia muito bonita e emocionante.

Na saída dos noivos, ao invés da clássica chuva de arroz, rolou uma chuva de bolhinhas de sabão, que fez todos os presentes voltarem a ter oito anos e 10 meses. A foto está aí embaixo, mas tome cuidado: foi um momento tão meigo e doce que pode causar diabetes.

Depois disso veio a recepção, cheia de comidinhas gostosas – que vinham com frequência adequada para uma mesa com dois sujeitos grandes como o Allan e o Lucas – além de mais tempo para bater papo, tirar mais fotos divertidas e assinar o livro dos noivos, que tinha um monte de fotos antigas legais. Inclusive algumas de uma gloriosa época em que o Corrales tinha cabelo comprido.

A trilha sonora também estava ótima, contando com Ramones, Bon Jovi e mais uma pancada de bandas boas, o que é muito incomum em casamentos. Mais para o final, quando os noivos finalmente puderam se sentar e respirar, o Corrales contou que ele e a Cinthia tinham escolhido as faixas pessoalmente. E também que eles estavam de partida para uma épica jornada que passaria por Grécia, Egito e Turquia.

A festa estava tão legal que ficamos até o fim. O Allan ainda levou os dois colegas de volta para o metrô, e o percurso inteiro foi gasto conversando sobre filmes de terror e gore que ninguém deveria assistir. De lá, ele partiu com sua patroa – que por sinal, também tem grande conhecimento sobre filmes de terror. Os dois foram conversando sobre a festa e sobre as impressões que ela causou, mas quando a patroa tentou desviar o assunto para uma possível festa de casamento deles, o Allan conta que quase bateu o carro (de propósito) para tentar se esquivar do assunto. Aparentemente, deu certo. Ao menos até o dia seguinte.

A volta para casa da Joanna foi tranquila, especialmente pela satisfação que ela sentia por ter feito parte deste momento tão especial e íntimo da vida de um cara que ela admira tanto e há tanto tempo. Mas o Lucas ainda teria de esperar um bom tempo pelo seu ônibus. Tempo suficiente para mais uma patetada.

A PATETADA DERRADEIRA

Ao olhar a passagem, ele viu que embarcaria na plataforma 19. Estranhou, pois geralmente este ônibus sai da plataforma 24. Mas como este horário ainda era novidade, não questionou. Sentou-se atrás da plataforma 19 e aguardou lendo um gibi do Quarteto Fantástico.

Com 15 minutos para o embarque, ele começou a estranhar a ausência do ônibus. 10 minutos, e nada do bendito ônibus. Finalmente, com apenas seis minutos para o horário, ele resolveu olhar a passagem novamente, e viu que o embarque seria na plataforma 24 mesmo. 19 era o número da poltrona! Ele então saiu correndo desesperadamente até a plataforma certa, e por misericórdia de Odin (outra vez), encontrou seu ônibus ainda lá, carregando as bagagens dos passageiros. Há, seu evil monkey falhou desta vez, Loki!

Depois disso, a viagem de volta foi tão tranquila quanto a de ida – ou seja, ele dormiu como uma pedra. Porém, ela foi mais curta, já que não havia ônibus direto para a sua cidade. O jeito foi ir até a rodoviária da cidade vizinha, onde seu pai estaria esperando. De lá para sua casa foram mais uns 20 minutos, mas que depois de um dia cheio de trapalhadas como este, pareceu uma eternidade. Chegando de madrugada, presume-se que o domingo seguinte ele passaria dormindo como um leitão, certo? Mas não. Como citado no início, o pobre Lucas tem horários de trabalho muito bizarros, e ele teve de acordar apenas algumas horas mais tarde para trabalhar. Isso que é dedicação. É provável que só por isso o Corrales conceda a ele mais territórios nórdicos depois da dominação global.

TO BE CONTINUED…

Conversando sobre o evento no dia seguinte, os três concordaram em uma coisa: todos ficaram ansiosos para ler o relato das aventuras do Corrales e sua – agora oficialmente – esposa no Velho Mundo. Aposto que você também ficou curioso, certo? Pois então mantenha-se delfonado, porque na sexta que vem começa a épica segunda temporada das Viagens Delfianas!