Se tem algo que Matrix trouxe de bom para os admiradores da sétima arte brasileiros é a possibilidade de assistirmos a filmes como O Tigre e o Dragão, Herói e este O Clã das Adagas Voadoras na tela grande. Ok, admito que cometi o pecado de não assistir aos dois primeiros, mas tendo acabado de chegar aqui no DELFOS após a exibição deste último, pretendo redimir-me assistindo a Herói ainda neste final de semana.
Sim, meu amigo, como você pode imaginar pelo primeiro parágrafo, O Clã das Adagas Voadoras realmente me emocionou. É uma verdadeira aula da sétima arte, cada imagem, cada plano, cada câmera lenta utilizada pelo diretor Zhang Yimou se traduz por uma intensa poesia visual. Sem exagero, mas se Matrix já era esteticamente belíssimo, O Clã das Adagas Voadoras o deixa comendo poeira. Claro, não se pode comparar também a estética oriental, tradicionalmente mais bela e poética com a estética clubber adotada em Matrix, já que a primeira leva grande vantagem, ao menos na opinião deste humilde escriba.
Também é curioso pensarmos que, hoje em dia, sempre que vemos aqueles planos estilosos, lutas exageradas e câmeras lentas em momentos estratégicos, nos lembramos de Matrix. Curioso porque isso já é feito na cultura oriental (sejam filmes, animês ou mangás) há anos e só foi utilizado no filme dos irmãos Wachowski devido à grande influência que estes têm da cultura oriental, como fica claro na animação Animatrix.
Falta falar da história, né? Então vamos lá. O cenário é o seguinte: o governo é corrupto e existe um grupo de revolucionários chamado O Clã das Adagas Voadoras. Simples assim. Porém o cenário é apenas uma desculpa para encaixar uma história de amor a la Romeu e Julieta entre um soldado do governo (Takeshi Kaneshiro) e uma “membra” do clã (a xará do diretor Zhang Ziyi). Aliás, ainda estou estupefato com a beleza desta membra. Que lábios, que rosto, que corpo! Meu Deus, vai ser linda assim lá na… China? Ok, eu já tenho uma tara natural por garotas orientais, mas em tempos onde Gisele Bündchen é padrão de beleza, não deixa de ser extremamente agradável ver uma mulher de verdade nas telas. E se for oriental, melhor ainda! 😉
Como você já deve ter percebido, O Clã das Adagas Voadoras é detonante. Só não leva o Selo Delfiano Supremo por causa de uma virada lá pelo final do filme que contradiz uma das primeiras cenas, deixando a impressão de que esta cena do início serve apenas de espetáculo visual, não para contar a história, mais ou menos como acontece naquela luta do Neo contra os quinquilhões de Smiths em Matrix Reloaded. Mas isso não chega a estragar o filme. Não perca de forma alguma. Ele estréia nessa sexta, 8 de abril.
PS: No final de semana passado, eu fui me redimir e assistir a Herói. Achei maravilhoso.