Já dizia Bruce Dickinson: “Have you run your fingers down the wall / And have you felt your neck skin crawl / When you’re searching for the light? / Sometimes when you’re scared to take a look / At the corner of the room / You’ve sensed that something’s watching you”.
Sabe quem concorda com tudo isso? A menininha de Não Tenha Medo do Escuro. Acontece que ela acaba de se mudar para a casa do pai, um casarão antigo e escuro, onde bichinhos que têm medo da luz e adoram dentes de criança (quem não adora?) aparecem e começam a falar com ela. Obviamente, o pai não acredita nela e, embora ela mal tenha idade para andar de elevador sozinha, vai ter que lidar com os Gremlins malvados por conta própria.
E taí, Gremlins e suas dezenas de imitações dão uma boa ideia do que esperar deste filme. Obviamente, este passa longe de ser uma comédia, mas a proposta e os bichinhos são bastante parecidos.
A casa, em especial, é fenomenal. Um dia espero ter condições de comprar um desses casarões do século XIX e, se tiver sorte, ele virá completo, com assombrações e tudo. Aliás, o design do filme é seu melhor predicado.
O problema, para mim, é o tema sobrenatural. São pouquíssimos os filmes sobrenaturais que dão medo, e este não é um deles. Ele faz bem o que se propõe e não há muito espaço para melhorar dentro do gênero. O problema é que bichinhos mágicos de 40 centímetros não dão medo mesmo.
Se você é um dos muitos delfonautas fãs do Guillermo Del Toro (que escreveu o roteiro ao lado de Matthew Robins), pode valer a pena. Se não for, será apenas mais um filme nada dentre tantos outros em cartaz atualmente.