Até ver esse filme, eu não sabia que diabos era um minion. Afinal, não assisti às duas animações da série Meu Malvado Favorito, mesmo com a propaganda positiva feita pelo Corrales de serem animações de alto teor nerd. Pois bem, o que aprendi após ver sua primeira produção solo é que eles são alguns dos personagens mais fofinhos a aparecer numa animação.
As criaturinhas dotadas de uma vontade incontrolável de servir a um supervilão estão, em seu longa, justamente atrás desse objetivo: achar um bandido maquiavélico para chamar de mestre. E essa figura pode ser Scarlet Overkill, a primeira grande vilã do mundo, que deseja dominar a Inglaterra.
Vale lembrar que o filme se passa em 1968 e essa é uma de suas forças, visto que ele é bem caprichado na reconstituição de época, com um visual bem bonitão e um monte de piadas referentes aos anos 60. A trilha sonora também está recheada de rocks sessentistas clássicos e é outro ponto forte.
Mas se eu tivesse de escolher apenas um elemento que realmente me impressionou, eu ficaria com o primoroso design de som. Todas as falas e barulhinhos emitidos pelos minions são muito divertidos e fofinhos. Toda vez que um deles abre a boca, já dá vontade de rir de tão engraçadas que são essas intervenções sonoras. E olha que a versão apresentada na cabine foi dublada, ponto para o pessoal da adaptação em português.
Em vários momentos ele me remeteu aos clássicos desenhos do Snoopy, os quais também tinham um monte de vocalizações e onomatopeias que faziam muito da graça do negócio como um todo. Fiquei de fato bastante impressionado com o tratamento de som como um todo.
Claro que a animação também tem muitos outros momentos realmente bacanas, começando já muito bem com os minions através da História do mundo. Tem também as já citadas piadas sobre a época e também com os ingleses, além de um monte de gagues nerds envolvendo supervilões, o que imagino que já havia nos dois Meu Malvado Favorito.
Contudo, achei ele um tanto irregular. Depois de um começo hilário, para mim logo depois deu imediatamente uma esfriada ao ter de apresentar a história principal que acabou por ser bem bobinha e lugar-comum. A partir daí passa a alternar bons momentos com outros menos empolgantes.
Contudo, a fofura dos personagens acaba por superar a trama batida e deixa a produção bastante simpática e com um bom ritmo capaz de alegrar igualmente tanto crianças quanto adultos. Assim, quem gostou dos dois Meu Malvado Favorito certamente vai se divertir com os minions assumindo o protagonismo. E se você, como eu, não os assistiu, não tem problema, pode dar uma chance a Minions que será garantia de um bom programa.