Após um tempo considerável preso na República Tcheca (mesmo pagando fiança), Randy Blythe finalmente conseguiu se pronunciar sobre a confusão em que sua vida se tornou nos últimos tempos.
Em uma entrevista ao site Blesk, Randy contou como tem passado seus dias na cadeia, e claro, o que pensa sobre a acusação de homicídio. Confira aí embaixo a tradução feita pelo Whiplash.
“Eu não sei nada sobre qualquer tipo de incidente ocorrido durante o show. Me lembro de poucos detalhes, principalmente porque eu fiz vários shows antes e depois do show em questão. Me lembro que o palco no clube era muito pequeno, e nós mal conseguíamos encaixar o nosso equipamento lá. Além disso, aparentemente não havia nenhum segurança, porque muitas pessoas subiam no palco – incluindo um pequeno rapaz, em particular, mas eu posso estar misturando detalhes com o que aconteceu em outros clubes. Não uso os meus óculos durante as apresentações, vejo pouco mais do que contornos borrados. Em todo caso, eu não ataquei ninguém. A única forma que eu poderia ter entrado em contato com alguém da platéia, foi de apenas tentar me proteger de pessoas que se esbarravam em mim enquanto tentavam invadir o palco.
Eu leio, eu escrevo cartas para amigos, familiares, e também mantenho um diário. Eu me dou muito bem com o meu companheiro de cela, e ainda estou tentando aprender um pouco de mongol. Estou começando a escrever um livro sobre o meu tempo na prisão Pankrac e estou tendo algumas ideias para letras.
Até onde a polícia está no caso, eu acredito que eles agiram com grande profissionalismo e seguiram os princípios de boa conduta. Mas em termos de justiça, eu honestamente não sei o que esperar, porque diferentemente dos EUA, eu pensei que pagando a fiança, eu seria liberado.
Meu encontro com a minha linda esposa foi bonito e encorajador. Tenho recebido mensagens e apoio da família, amigos e meus companheiros de banda, que sentem a minha falta, e mal posso esperar para vê-los.
Se eu voltar para os EUA, vou cortar a grama, passar algum tempo com a família e voltar a tocar, para que eu possa pagar por meus honorários legais. Eu tenho que ajudar meus amigos a ganhar algum dinheiro para que possamos viver decentemente. Se eu pudesse ficar na República Checa, eu apreciaria a paisagem, especialmente em Praga. Gostaria de seguir os passos de Kafka, e gostaria de comer bolinhos”.