Se você acha o Kong grande é porque ainda não viu nosso especial. Confira:
O filme de 1933
A História Por Trás do Filme Original e Suas Influências
Top 5: Monstros gigantes do cinema
Finalmente chegou a hora da estréia do último grande blockbuster do ano e a primeira incursão do tremendão Peter Jackson desde que ganhou fama e fortuna adaptando o mundo criado pelo ainda mais tremendão J. R. R. Tolkien. E digo sem sombra de dúvida: se continuar seguindo o caminho pelo qual vem levando sua carreira (além de O Senhor dos Anéis, Jackson também dirigiu o cult Fome Animal), o carinha tem tudo para ser tão admirado pelos nerds quanto Kevin Smith. Um Kevin Smith que faz filmes de fantasia, eu diria.
A história de King Kong é uma das mais conhecidas do cinema, mas para quem não conhece, aí vai um resumão: estamos em 1933. Uma equipe de cinema descobre uma terra desconhecida chamada Ilha da Caveira e decide ir até lá fazer seu filme. Ao chegar lá, descobrem que o local é habitado por criaturas há muito extintas e outras um tanto… uhn… grandes. Como bons seres humanos gananciosos, decidem tirar uma casquinha da natureza e se você quiser saber mais, vá assistir ao filme.
Meu conhecimento de King Kong vem da versão de 1976 que, dizem, é bem diferente da original de 33, que por sua vez, parece ser bem semelhante à superprodução que invade os cinemas esta semana. Segundo Peter Jackson, a intenção dele foi apenas fazer uma versão High Tech do primeiro filme. Curiosamente, os efeitos especiais estão aquém do esperado. O design do macaco e mesmo dos dinossauros estão bem legais (embora eu ache que o Kong deveria ter mais do que apenas 7 metros), mas não parecem se “misturar” com as imagens dos atores reais tão bem quanto deveriam.
Outra diferença para o original é a duração. O novo King Kong tem 187 min. Até fiz uma piada que o Peter Jackson não consegue mais dirigir nada com menos do que três horas, mas é bem capaz que seja verdade, já que o cara parece gostar bastante de mostrar detalhes e de desenvolver bem os personagens.
O filme é claramente dividido em 3 atos, cada um com mais ou menos uma hora. O primeiro ato é a apresentação dos personagens e seu caminho até a Ilha da Caveira. Eles chegam na Ilha com mais ou menos uma hora de filme e o macacão em si só vai aparecer depois de uma hora e meia de projeção, o que vai levar muita gente a achar o filme “uma enrolação sem fim”. Felizmente, depois que chegam na ilha, o bagulho engata e se torna assaz tremendão. A primeira aparição dos dinossauros é mágica, seguida de uma empolgante cena de ação. Mas o melhor mesmo é a refilmagem de uma das cenas mais conhecidas do cinema: a briga do Kong com os Tiranossauros. Sim, no plural, mas não vou contar mais nada para não estragar a parada. Mas digo uma coisa, tem potencial para ser uma das melhores cenas do ano.
Finalmente, o terceiro ato é na cidade e é o mais triste. Em muitos momentos, fiquei com muita pena do pobre macaco grande. Quando ele conseguia acertar um avião então, era uma festa. Dava até vontade de aplaudir. 😉
Pelo que ouvi falar do filme original, ele tinha um ar bem erótico na relação macaco/mulher. Aqui, Kong se afeiçoa à beldade da vez (Naomi Watts – com a cara da Nicole Kidman), mas não vi nada de sexual no relacionamento entre os dois. Parecia mais aquele tipo de afeição que temos com animais de estimação, sabe?}
Resumindo, gostei muito do filme. Cheguei a considerar seriamente em presenteá-lo com o requisitado Selo Delfiano Supremo, mas mudei de idéia pois realmente se trata de um filme cansativo, que teria se beneficiado de alguns cortes, principalmente no primeiro ato. Agora não se espante se o filme acabar saindo em um DVD com uma versão estendida com 40 minutos de cenas adicionais. E aposto que vai vender muito.