Há 10 anos, se alguém dissesse a expressão “filme de espionagem”, todos lembrariam imediatamente dos filmes do agente 007, James Bond. Infelizmente, ele estava bem desgastado e suas últimas aparições na telona haviam sido bem medíocres. Quando A Identidade Bourne estreou em 2002, um novo fôlego surgiu no gênero. Tanto que o 007 Cassino Royale resolveu utilizar a abordagem mais realista de Bourne no universo de James Bond, e deu certo. Mas o agente Jason Bourne não tem qualquer apreço pelo vovô britânico.
Em entrevista ao Miami Herald, o ator Matt Damon definiu o agente de Ian Flemming como “um imperialista, um sociopata misógino que anda por aí seduzindo mulheres, entornando martinis e matando pessoas“, arrematando com um “ele é repulsivo“. Uma frase digna de ser proferida pelo ditador presidente venezuelano Hugo Chavez.
Damon também revela que o produtor dos filmes Bourne, Steve Soderbergh, quase dirigiu um longa do 007, mas foi rejeitado quando afirmou que só faria se pudesse modificar o personagem, fazendo tudo do seu jeito. Como a franquia 007 era lucrativa demais para arriscar uma nova direção, os britânicos educadamente disseram um “não, obrigado” a Soderbergh.