Homem-Aranha: If This Be My Destiny

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Falar sobre este arco do amigão da vizinhança produz uma sensação boa em mim, pois é uma das minhas histórias preferidas. Em minha humilde opinião, o que consolidou o sucesso desta clássica HQ (publicada originalmente em Amazing Spider-man 31 a 33) foi a representação do altruísmo, boa vontade e solidariedade presente em Peter Parker.

A sinopse é a seguinte: Pedro Prado está investigando o aparentemente desconhecido Planejador Mestre até que sua amada, querida e superprotetora Tia May adoece devido ao contato com o sangue radioativo do sobrinho (em uma transfusão ocorrida em Amazing Spider-Man 9). Peter se sente culpado e pede ajuda do dr. Curt Connors que, apesar de poder fazer o soro capaz de salvá-la, não tem o ingrediente necessario. Ao descobrir que este elemento foi roubado e está nas mãos do Planejador Mestre, Peter começa uma longa e selvagem caçada atrás do vilão e da única chance de salvar a mulher que o criou com todo amor e carinho.

A história em si já tem algum potencial, mas avaliando as coisas secundárias, vemos uma história comovente, linda e digna de ser lida e relida. Primeiro, temos o começo de um novo capitulo na vida do nosso herói, que está começando a faculdade e conhecendo seus novos colegas: Harry Osborn (o playboy do campus) Gwen Stacy (a verdadeira Sra. Aranha, não interessa quantos tentem me convencer do contrário) e, apesar de não ser novo, Flash Thompson.

Obviamente, a preocupação com sua tia faz com que o jovem nerd não preste muita atenção em seus colegas, o que o faz ser tachado de esnobe pelos outros alunos. Este exemplo de como ser o Aranha afeta a vida de Peter Parker é muito bem construído e real, fazendo com que detestemos os colegas de Peter por tratarem o coitado tão mal.

Outra coisa que me chamou a atenção foi a duração da HQ, com cerca de 60 páginas. Não é grande e ao mesmo tempo não é pequena, mas mesmo assim é uma excelente história.

Falando sobre o caráter de Peter: o cara está indo visitar a tia, frequentando a faculdade todo dia, varando noites para poder estudar, tirando fotos para J. J. Jameson e, como se não bastasse, lutando contra o Planejador Mestre (cuja identidade é uma agradável surpresa). Mas mesmo assim o rapaz se sente culpado, pensa que não está fazendo o suficiente e cobra a si mesmo. Isso é uma prova concreta de que Peter Parker é um ser masoquista altruísta ao extremo.

Outro ponto inacreditavelmente formidável é no clímax da história onde, num momento de aflição no qual parece impossível encontrar uma fuga, o herói emerge num misto de determinação e esperança (com direito a narração épica ao fundo).

Enfim, If This Be My Destiny é uma pérola dos primórdios do amigão da vizinhança que me marcou devido ao espírito de luta do protagonista que, mais uma vez, nos brinda com seu maior poder: sua determinação. Se você não leu, pegue emprestado com o mendigo da esquina, pois você não vai se arrepender.