Que tal visitar um parque de diversões ao mesmo tempo assustador e cômico? Esta é a proposta de HappyFunland, um novo jogo disponível para PS VR2 e Windows VR. Quase um walking simulator on-rails, a campanha envolve visitar o parque de forma linear, resolver alguns puzzles rudimentares e combates que provavelmente são os piores que já vi. Vamos por partes.
HAPPYFUNLAND E O TREM FANTASMA
Certamente há um mercado para uma experiência curta e linear em VR. É só ver como atrações do tipo “casas de terror” costumam fazer sucesso em parques de diversões. É mais ou menos isso que temos aqui. Você visita um parque de diversões abandonado enquanto aprende sobre o que rolava lá. Logo fica claro que o dono era um grande vilão, mas que o parque trazia alegria para as pessoas que não morriam lá. Quê? Pois é.
A graça da experiência é seguir pelo parque e ver o que vai acontecendo. Trechos vão te fazer rir, outros farão pular da cadeira. Isso é até bacaninha. Os poucos puzzles são bem rudimentares e envolvem coisas como descobrir onde está o botão que abre a porta. O lado realmente negativo é o combate.
O COMBATE E OS ENJOOS
De vez em quando alguns bonecos te atacam. Daí você precisa ficar balançando a mão que segura a arma até eles perderem a cabeça. O combate realmente é isso. O jogo não apresenta desafio. Ao apanhar, sua tela vai ficando vermelha, mas se afaste um pouco e você se recupera. Basicamente, quando aparecem bonecos, significa que para avançar você precisa balançar os braços por algum tempo. É muito chato, e totalmente desnecessário.
Mas o que me fez parar de jogar de verdade foram os enjoos muito fortes que senti. Boa parte da sua exploração envolve andar em carrinhos, e isso em VR é convidar o vômito para se retirar. As opções de conforto são bem limitadas. Basicamente uma única opção para ligar ou desligar a vignette. Ao contrário da maioria dos games em VR, no entanto, ligar não diminui sua visão apenas quando você se mexe, mas o tempo todo. E também ao contrário da maioria, isso não diminui os enjoos.
HappyFunland é um jogo curto e simples, que até jogaria até o final, mas ele precisa ser mais confortável simplesmente para terminá-lo. E, de qualquer forma, a aventura não me empolgou. Eu até gosto de algumas coisas que ele faz, mas nada é bom o suficiente para compensar o ruim. E os enjoos.
