Halford – Metal God Essentials Vol. 1

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Escrever resenhas de coletâneas é uma coisa estranha. Afinal, para quem conhece a banda, basta ver o nome das faixas para saber se o material é bom ou não. Já, para quem não conhece, seria mais ou menos como qualquer outro álbum, só que não é dessa forma que devemos analisar uma compilação. O que fazer então?

Bom, acredito que no caso, resta a mim falar um pouco sobre o conteúdo do bichinho. Em Metal God Essentials Vol. 1, temos algumas músicas tiradas dos projetos metálicos pós-Judas da deusa do Metal, no caso, o Fight e o Halford. O Two, é óbvio, ficou de fora.

Além do material previamente lançado nos álbuns full-length que a gente já conhece, temos uma versão demo de Silent Screams, lançada anteriormente apenas em uma compilação de singles, e mais três faixas completamente inéditas: Forgotten Generation, Drop Out e Vendetta Brazil Mix.

As duas primeiras têm bem aquele jeitão Halford/Judas, ou seja, pesadas e machas ao extremo, e são bem legais. Já a última é uma faixa bônus para o Brasil, que nada mais é do que uma versão eletrônica para Forgotten Generation – e, sinceramente, se eu fosse o careca, tentaria ficar o mais longe possível disso desde o fiasco comercial do Two.

O chato para os completistas é que o disco de cada região virá com um bônus exclusivo. A dos EUA, por exemplo, chama Hipocrisy U. S. Mix. Existe também uma versão limitada autografada que custa quase 50 dólares e que vem com o mesmo DVD que a versão tupiniquim (da qual falaremos em breve) e com um CD extra contendo todos os remixes lançados em todas as regiões.

Além da coletânea em si, a versão nacional vem também com um DVD bônus. O material é bem simples, com qualidade de imagem regular e som Dolby Digital 2.0, mas traz coisas interessantes. No caso, dois pequenos making ofs cobrindo a gravação do Ressurrection e do Live Insurrection e alguns clipes.

Os clipes incluem uma gravação ao vivo de Silent Screams no Rock In Rio 3 e uma quase ao vivo (assista que você vai entender) de Made In Hell, no mesmo evento. Além disso, temos uma versão ao vivo (prometo que essa é a última vez que vou escrever “ao vivo” neste texto) de Never Satisfied e clipes de verdade para as músicas Betrayal, In The Morning e Forgotten Generation, todos aparentemente feitos com bem pouca grana – com a possível exceção de Betrayal, que parece um remake do clipe de Painkiller, do Judas. Já Forgotten Generation tem um gostinho de clipe dos anos 70, tipo os clássicos Paranoid e Highway Star que, se você não sabe de quem são, eu não quero mais ser seu amigo.

Para falar a verdade, todo o material do DVD vale muito mais pela curiosidade do que pela qualidade em si. Já o CD tem várias músicas danadas de legais e, se você tem interesse em conhecer a carreira solo do nosso amigo sósia do Freddy Krueger, é uma boa pedida. Agora se você quer conhecer o que o cara fez de realmente excepcional, recomendo que você dê preferência para uma coletânea do Judas Priest e só depois compre essa aqui.

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