Ano passado, em fevereiro, nossa amiga Ubisoft lançou Grow Home. Joguinho com um visual bastante simpático. Ele saiu como um exclusivo de PC, e daí eu acabei não jogando. Em setembro, ele saiu também para PS4 e fez parte do lineup da Plus. Eu o baixei, mas acabei não jogando.
Em 16 de agosto de 2016, Grow Up, a sequência de Grow Home, saiu. E antes de pegar para resenhar, eu resolvi abrir o Grow Home, jogar até o final e… achei uma porcaria. O.o
Lembra da minha resenha de I Am Bread, na qual eu critiquei os controles, que eram tão ruins que tornavam o jogo injogável? Pois foi quase assim que me senti em Grow Home. Simplesmente andar e parar de se mover eram um problema. Escalar era um suplício. Cair de lugares altos fazia com que você perdesse muito tempo de exploração. Consegui aguentar o jogo até o final, mas devo dizer que não estava nem um pouco animado pela possibilidade de jogar Grow Up. Mas daí…
A MELHOR SEQUÊNCIA DE TODOS OS TEMPOS
Veja bem, não quero dizer que é a melhor continuação já lançada, mas provavelmente é a que trouxe mais melhoras em relação ao jogo original. Grow Up foi de algo que beirava o injogável para um joguinho deveras aprazível.
Muito disso se deve às novas formas de locomoção. Andar ainda não é como deveria ser e a escalação também está longe do ideal, mas felizmente você tem muitas outras opções para explorar.
Cada vez que você encontra uma planta nova, pode escaneá-la e com isso ganhar a habilidade de plantá-la sempre que quiser. O legal é que cada planta tem um efeito. Algumas são altas e podem ser escaladas. Outras agem como molas. As melhores e mais úteis, no entanto, são as flores, que cospem você para o alto com muita força.
Logo no início do jogo, você tem uma combinação de jetpack com um freio de ar. Já tinha isso no anterior, no qual você usava uma plantinha consumível para frear. Isso era um problema, pois quando ela acabava, podia demorar para encontrar outra. Aqui, isso é ilimitado, o que melhora muito a locomoção.
Além disso, não demora para você liberar umas asinhas, que permitem planar. Também já tinha isso como um consumível no anterior, mas por ser ilimitado agora fez toda a diferença.
As asinhas permitem que você use uma flor para se jogar para o alto e saia voando pelo cenário a distâncias impressionantes, dando a Grow Up uma sensação semelhante à de jogos como Just Cause. E é aí que a diversão realmente começa.
TOE JAM & EARL
Falei tanto da locomoção, mas não falei dos objetivos. Pois você, como o robozinho B.U.D., está preso em um planetinha e sua nave se despedaçou. Agora você tem que explorar todo o planetinha em busca das peças da nave, e depois ir até a Lua onde ela foi montada. Pois é, totalmente Toe Jam & Earl.
O primeiro jogo tinha como objetivo crescer a star plant até chegar à nave no topo. Aqui são várias star plants e você as faz crescer da mesma forma, levando seus galhos a pedras brilhantes que flutuam (!). Elas são bem menores do que as do jogo anterior, e normalmente no topo delas você encontra um pedaço da nave.
Há outros pedaços de nave que não necessitam de star plants, mas em geral estão em lugares altos. Minha estratégia era me teleportar para um local bem alto e sair voando. Dessa forma conseguia chegar a cada pedaço e ainda me divertir indo até lá.
O lado ruim foi quando só faltava um pedaço, pois eu simplesmente não conseguia achá-lo. Devo ter ficado mais de uma hora procurando (considerando que terminei tudo em umas três horas, foi tempo pra caramba), mas finalmente encontrei e consegui terminar.
I’LL NEVER GROW UP
Grow Up me divertiu moderadamente, mas não chegou a me empolgar em nenhum momento. No entanto, teve um salto de qualidade tão absurdo desde Grow Home que isso merece ficar registrado aqui. Eu nunca vi uma continuação evoluir tanto, e neste caso passou apenas um ano e meio do lançamento original. Se você gostou de Grow Home, vai adorar Grow Up. E se não gostou, evoluiu o suficiente para justificar uma nova testada.