Greve de Hollywood ainda está longe de acabar

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Parece que a galerinha com a grana e a turminha da criatividade ainda estão longe de entrar em um acordo. Confira abaixo trechos dos comunicados oficiais de ambas as partes divulgados na última sexta-feira:

A Alliance of Motion Picture and Television Producers, a galerinha da grana, disse isso:

“As conversas entre a AMPTP e o WGA fracassaram novamente. Estamos confusos e abalados pela estratégia do WGA de adiar ou desviar as negociações ao invés de facilitar um fim para a greve. Negociadores sindicalizados na nossa indústria concluíram com êxito 306 grandes acordos com a AMPTP desde sua criação em 1982. Os organizadores do WGA nunca concluíram sequer um acordo na indústria. A nossa proposta aumentaria o salário médio dos roteiristas para mais de 230 mil dólares anuais. As busca deles por demandas radicais levaram a esta greve e agora estão causando o fracasso das negociações.”

E essa é a versão do Writers Guild of America, a turminha da criatividade:

“Após três dias de discussões, a AMPTP retornou com uma proposta que incluía uma rejeição total da que entregamos para streaming de Internet que entregamos. Eles estão insistindo na oferta de um valor fixo de 250 dólares para um período de um ano de streaming sem limite. Eles insistem nas taxas pagas para DVD para os downloads de Internet. Eles se recusam a negociar por conteúdo originalmente criado para as novas mídias. A AMPTP insiste que os deixemos fazer com a Internet o que eles fizeram com home video. Rejeitamos a idéia de receber ultimatos. A AMPTP tem várias propostas na mesa que são inaceitáveis para roteiristas, mas nós nunca demos ultimatos a eles. No momento em que preparávamos a nossa contra-oferta, Nick Counter veio e disse ‘Estamos de saída. Quando vocês nos escreverem uma carta dizendo que tirarão esses itens da negociação, nós remarcaremos as conversas’. Minutos depois, a AMPTP publicou um longo comunicado (que você lê acima) anunciando que as negociações fracassaram. Permanecemos prontos e ansiosos para negociar.”

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Carlos Eduardo Corrales
Editor-chefe. Fundou o DELFOS em 2004 e habita mais frequentemente as seções de cinema, games e música. Trabalha com a palavra escrita e com fotografia. É o autor dos livros infantis "Pimpa e o Homem do Sono" e "O Shorts Que Queria Ser Chapéu", ambos disponíveis nas livrarias. Já teve seus artigos publicados em veículos como o Kotaku Brasil e a Mundo Estranho Games. Formado em jornalismo (PUC-SP) e publicidade (ESPM).