Nota do Corrales: Essa semana publicaremos três resenhas de CDs, todas elas escritas em 2007. São os textos que ficaram mais tempo na fila de publicação na nossa história, assim como são as matérias mais antigas ainda não publicadas. Agora que publicaremos essas três, pelo menos as outras 16 resenhas de CD que ainda estão na fila foram escritas a partir de 2008! E quem se importa com só dois anos de atraso? =)
Ah, essas bandas genéricas de Metal. É engraçado como todo mundo acha que é maravilhoso receber os lançamentos das gravadoras, mas ninguém se toca que, para cada Helloween (ou qualquer outra banda grande e/ou legal) que uma Laser Company coloca no mercado, vêm pelo menos uns 10 Evidence One (ou qualquer outra banda pequena e/ou genérica). Sem falar que, na verdade, você não recebe o CD de presente, mas para resenhá-lo. E, resenhar o CD de uma banda que você não conhece e/ou não se importa, é complicado. Pois, se qualquer headbanger já tem uma opinião formada (seja ela negativa ou positiva) sobre os Helloweens da vida, quando a coisa é menos conhecida, você precisa formar uma opinião para fazer uma resenha honesta. E isso dá trabalho, não basta ouvir o CD apenas uma vez, mas necessita de muitas.
Mas chega de divagação. Devo admitir que eu até achei que gostaria desse Evidence One. Afinal, a banda é alemã e, como diria o Guilherme, a qualidade da água deles é tremendona. Infelizmente, ao colocar o CD para tocar, pude constatar que os jovens em questão não devem ter se hidratado nas mesmas fontes que a galera do Helloween, do Accept ou do Grave Digger. Resultado: Metal genérico.
Por genérico, não entenda ruim. Simplesmente é um CD médio, com alguns bons riffs, algumas melodias legaizinhas e por aí vai. Infelizmente, a qualidade mediana é abaixada por um vocalista que, se não pode ser chamado de tecnicamente ruim, tem um timbre de voz bem desagradável, o que diminui bastante a qualidade da música aos meus ouvidos. Afinal, o vocal no Heavy Metal é tão importante quanto as guitarras.
Como destaque, o belo conceito da capa. Se você não entendeu, The Sky is the Limit é o terceiro disco dos caras e cada uma das cartas da capa representa um dos discos anteriores, sendo que a terceira traz um coringa. Com isso, a banda quer dizer que este é seu melhor CD até então. Será mesmo? Não sei, não ouvi os anteriores. E mesmo que este seja o melhor dos três álbuns, ainda não é bom o suficiente para mim. E muito provavelmente, quando você estiver lendo essa resenha, eu já terei esquecido completamente dele.
Para terminar, uma curiosidade: o encarte traz a letra de uma faixa bônus, chamada Into the Depths of My Soul, mas a versão do CD que recebemos não traz essa faixa. Estranho, não?