Até o mais true dos delfonautas conhece pelo menos uma música do Evanescence, pois os singles já foram tocados zilhões de vezes nas rádios. Bem, caros delfonautas, aqui estou eu com a difícil missão de caracterizar um álbum (incrivelmente) bom e com ótima produção. O Fallen é muito bem-sucedido, número 1 nas vendas no Brasil (só poderia ser), Canadá, México, Inglaterra, Grécia, Finlândia, Áustria, Austrália e Israel. Mas vamos à resenha.
O álbum abre com Going Under, que é uma boa música com ótimo refrão, tirando todos os efeitos baratos de mixagem. Bring Me To Life é iniciada ao piano e que, se fosse cantada só pela Amy Lee, seria muito melhor. A voz de Paul McCoy é horrível e por pouco não estraga todo o refrão. Todos a conhecem como “a música do clipe com a mulher do prédio” e virou um sucesso em todas as rádios, tornando-se o primeiro single de Fallen.
Everybody’s Fool é ótima e tem uma pegada bem Pop, com violões e piano. Preenche muito bem a terceira faixa. Em seguida, My Immortal começa com seu piano triste e o ótimo trabalho vocal da general Lee. Leva o posto de melhor música do álbum. A música fala de um espírito que está conosco mesmo após sua morte, e que ao mesmo tempo, não queremos que vá embora. Emocionante, não?
Haunted é extremamente esquisita, mas essencialmente boa. Tem umas vozes (que vieram da mixagem, claro) que dão um ar tenebroso e que não gostei nem um pouco. Tourniquet, com seu bom refrão, preenche o vazio de Haunted. A música é sobre suicídio e ainda tem uma pegada bem Pop. É possível algo assim?
Depois vem Imaginary, que tem um bom teclado, apesar de ser interrompido várias vezes bruscamente. Não tem nada de especial! Diria que é uma versão de Tourniquet bem feita. Depois dessa safra ruim, vem uma ótima: Taking Over Me, com Amy no seu pianinho e uma das mais bonitas do álbum, com mérito vocal para Lee. Hello também não me agradou pelo seu Pop exagerado e tudo mais, além de um refrão patético.
My Last Breath entra com um sintetizador muito batido e desnecessário. È bonita também e merecia um single pela sua alta comercialidade, se é que me entende. Em último lugar, vem Whisper, que possui boas guitarras, mas piora depois.
É evidente que o Evanescence conseguiu uma grande notoriedade em todo o mundo, com ótimas colocações nos charts da vida. Com este álbum, a popularidade da banda ganhou outro nível. Aí vieram escândalos de assédio sexual entre Amy Lee e o produtor da época e a troca de vários músicos. Contudo, fica para outro texto as “lendas de Amy Lee e seus soldadinhos de chumbo”.