Duro de Matar 4.0

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Apreciadores de um bom Testosterona Total, regozijem-se. Doze anos após Duro de Matar – A Vingança, John McClane, o homem que está sempre no lugar errado e na hora errada está de volta para mais porrada e destruição.

Com bons filmes do gênero como Carga Explosiva 2 e Adrenalina lançados recentemente, nada mais óbvio do que ressuscitar uma das franquias de ação de maior sucesso do passado, não? E este Duro de Matar 4.0, embora não tenha mais o frescor do primeiro filme, de 1988 (e que ajudou a redefinir o gênero, com um personagem mais humano), não faz feio.

Na trama, um grupo terrorista usa a informática para bagunçar os EUA. De mudar todos os sinais de trânsito de Washington para verde ao mesmo tempo a cortar a energia do país inteiro, os malvadões usam dessa balbúrdia para… bem, se você viu os outros filmes da série, acho que consegue adivinhar o que eles realmente querem (barulhinho de caixa registradora).

E mais uma vez o policial casca-grossa John McClane (Bruce Willis) entra de gaiato nessa história. Com a missão de escoltar um hacker, Matt Farrell (Justin Long), até a sede do FBI, ele entra de cabeça no conflito com os terroristas quando os mesmos tentam apagar o sujeito sob sua custódia. Pois é, o moleque tem algum envolvimento nos ataques, o que serve de mera desculpa para colocar McClane mais uma vez em ação.

E se ação é o que você procura, ação é o que encontrará aqui, meu amigo. Este é, sem dúvida, o exemplar mais exagerado de toda a série. Muita porrada, tiroteios, inúmeras explosões e perseguições, todas das formas mais estapafúrdias possíveis. E isso é bom! Só pra dar um exemplo: em determinado momento, McClane é perseguido por nada menos que um caça!

Ou seja, a diversão é garantida, e o tédio passa longe dos 130 minutos de projeção. Mas como nem só de seqüências adrenalinescas vive um Testosterona Total, vamos analisar as outras características.

No quesito humor, o filme é mediano. Há algumas piadinhas, várias referências aos filmes anteriores e as tradicionais frases de efeito. A minha favorita é “estava sem balas”, dita por McClane logo após usar um carro para destruir um helicóptero. Vale apontar também o pequeno papel do supernerd Kevin Smith, interpretando um… supernerd.

Já na categoria parceiro engraçadinho e/ou irritante, o tal do Matt Ferrell passa o filme inteiro ao lado de McClane. Ele não é irritante, e eu não o achei engraçadinho, mas pelo menos Justin Long não compromete.

Um dos pontos mais fracos são os vilões. Timothy Olyphant, como o hacker Thomas Gabriel, não é tão bom e ameaçador quanto Alan Rickman e Jeremy Irons no primeiro e terceiro filmes, respectivamente. E por que diabos um sujeito estadunidense precisa contratar capangas franceses? Será que ele não consegue achar boa mão-de-obra em sua própria terra? Deve ser só pra manter a tradição da série de vilões europeus. Ah, sim, a última luta contra o braço direito de Thomas Gabriel podia ter rendido bem mais.

E o próprio personagem de Bruce Willis perdeu um pouco do charme, pois agora ele parece ter plena consciência de seu status de “duro de matar”, logo, é muito mais confiante e despreocupado. Perdeu um pouco da humanidade do personagem, justamente a característica que o tornou um dos melhores heróis de ação do cinema.

Terminando a sessão “pontos fracos”, faltou mulheres com pouca roupa. Há Maggie Q, como a namorada do vilão e até a filha do McClane, mas elas aparecem sempre muito vestidas.

No entanto, mesmo com esses pequenos defeitos, o filme está acima da média. É bem dirigido por Len Wiseman (de Anjos da Noite – Underworld) e suas seqüências de ação (que no fundo são o que realmente importam) não vão decepcionar ninguém. Com certeza, se fizerem mais seqüências, as tais seriam muito bem-vindas. Então, é justo dizer que, até o momento, Duro de Matar 4.0 é o Testosterona Total do ano. Mas isso provavelmente só até o próximo filme do Jason Statham estrear.

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Alfredo De la Mancha
Alfredo é um dragão nerd que sonha em mostrar para todos que dragões vermelhos também podem ser gente boa. Tentou entrar no DELFOS como colunista, mas quando tinha um de seus textos rejeitados, soltava fogo no escritório inteiro, causando grandes prejuízos. Resolveu, então, aproveitar sua aparência fofinha para se tornar o mascote oficial do site.
duro-de-matar-4-0País: Reino Unido/EUA<br> Ano: 2007<br> Gênero: Testosterona Total<br> Duração: 130 minutos<br> Roteiro: Mark Bomback<br> Diretor: Len Wiseman<br> Distribuidor: Fox<br>