Deep Purple – Live At Montreux 1996

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E aqui o DVD.

DVDzinho estranho esse, meu. Para você ter uma idéia, a caixinha lista o show de 1996 como atração especial e um outro de 2000 como extra. Mas a duração de 125 minutos se refere ao material completo e, que eu saiba, extras não deveriam entrar nisso. Por outro lado, se a apresentação de 2000 não for um extra (e não tem jeito de ser), é mais estranho ainda ela ter como única opção de som Dolby Digital 5.1 (a de 96 tem também DTS 5.1 e PCM Stereo). Aliás, única naquelas, pois o DVD identifica que existem três faixas de som, mas eu não consegui fazer nenhuma das outras duas funcionarem. Ah, sim, o som DTS deste disco é um dos mais potentes que eu já tive o prazer de ouvir. Nunca tinha visto o subwoofer trabalhar tanto, até com o som baixo, você sente o chão tremendo. Mas para não perder o título de estranho, o vocal está mixado incrivelmente baixo. A única forma que encontrei de curtir melhor o som foi aumentar o volume da caixinha central, mas não sei se todos os sistemas permitem isso.

Mas estou me adiantando, permita-me falar um pouco sobre o DVD antes. O show de 1996 vem em Tela Cheia e conta com 11 músicas, dentre elas as mais conhecidas são Pictures of Home, Black Night, Woman From Tokyo, Speed King e Smoke on the Water. Não, não tem Highway Star nesse show. Nem Perfect Strangers. E o mais estranho, já que se trata de um concerto feito durante a turnê do disco Purpendicular: não tem a Sometimes I Feel Like Screaming (que curiosamente está na versão em CD).

Da apresentação, todo mundo que já assistiu ao Deep Purple ao vivo já sabe o que esperar. Música boa, técnica absurda e muitos improvisos. Infelizmente, para aqueles como eu, que querem apenas ouvir suas músicas preferidas ao vivo, é um tanto frustrante ver Black Night, por exemplo, profanada com uns 10 minutos de solos intermináveis e, muitas vezes, chatos. E é bem esse o problema do DVD. Poucas músicas, quase todas elas estendidas e várias bem mal escolhidas. No fim, o melhor momento acaba sendo após Ted The Mechanic, quando Ian Gillan fala que o verdadeiro Ted não se chamava Ted e nem era mecânico, era jardineiro. Pô, como assim? Na verdade, entre todas as músicas, Gillan faz essas piadinhas, normalmente uma mais infame que a outra, o que, para mim, é legal. 😉

Não me entenda mal, acho Deep Purple uma banda maravilhosa (embora goste mais do Rainbow), mas esses improvisos que tiveram seu auge nos anos 70 estão muito mais para barulhinhos e masturbação musical do que para boa música propriamente dita. Ao menos para o meu gosto musical, pois imagino que talvez as pessoas que viveram e assistiam a shows nessa época deveriam gostar. Sei lá.

O outro show, de 2000, traz as tremendonas Perfect Strangers e Highway Star (esta com uns erros bem feios da parte de Gillan, que esquece a letra mais de uma vez. Estranho considerando a quantidade de vezes que ele já deve ter cantado esta faixa, não?), além de mais três músicas. Obviamente, sofre dos mesmos problemas do anterior. A diferença é que dessa vez o vídeo é em widescreen.

Também é listado na caixinha um outro extra, chamado “A história de Smoke on the Water”, que nada mais é do que um trecho da apresentação de 1996, onde Ian Gillan introduz a música. Porque isso foi excluído da versão final, eu não faço idéia. Provavelmente para dizer que o DVD tinha um extra a mais. De qualquer forma, o encarte é muito mais interessante para aqueles interessados na relação entre o Deep Purple, o festival Montreux e essa música. Por fim, temos as opções de legenda em português e espanhol, além das letras das músicas em inglês, o que é sempre legal para aqueles que querem cantar junto.

Eu gosto bastante do outro DVD do Purple que eu tenho, que é aquele com a Sinfônica de Londres, mas sempre quis ter também um vídeo representando o lado mais roqueiro dos caras, motivo pelo qual fiquei super empolgado quando esse pacote chegou aqui no Oráculo de Delfos. Mesmo já tendo assistido três vezes a um show dos caras, não me liguei que esse DVD teria tantos solos e, para mim, isso acabou estragando os shows. Se você não se incomoda com isso, ou melhor ainda, gosta disso, pode ir correndo atrás desse disquinho, pois você vai delirar.

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Alfredo De la Mancha
Alfredo é um dragão nerd que sonha em mostrar para todos que dragões vermelhos também podem ser gente boa. Tentou entrar no DELFOS como colunista, mas quando tinha um de seus textos rejeitados, soltava fogo no escritório inteiro, causando grandes prejuízos. Resolveu, então, aproveitar sua aparência fofinha para se tornar o mascote oficial do site.
deep-purple-live-at-montreux-1996Ano: 2006<br> Gênero: Hard Rock<br> Artista: Deep Purple<br> Gravadora: ST2<br>