Twister é um filme de ação originalmente lançado em 1996. Até era bacana, mas para mim o mais marcante foi que o filme trouxe duas músicas inéditas do Van Halen, a ótima e pesada Humans Being e a instrumental Respect the Wind. A primeira seria também a última música da banda gravada pelo vocalista Sammy Hagar. Quase 30 anos depois, um novo filme sai na franquia. Falamos de Twisters, desta vez sans–Van Halen.
CRÍTICA TWISTERS
A última vez que vi Twister foi em 1996, então admito que, embora tenha gostado, não me lembro muito dele. Mas a pouca memória que tenho me diz que Twisters é bem parecido. Aqui acompanhamos alguns grupos de caçadores de tornados. Quando jovem, a moça protagonista fez um experimento que acabou em tragédia, e nunca mais viveu esta vida cheia de adrenalina.
Até que um colega da época a procura na intenção de usar suas habilidades para ajudar as pessoas. Pois é, a gente, especialmente aqui no Brasil, terra abençoada, não pensa muito nisso. A gente não precisa lidar com terremotos ou tornados. Mas estes são problemas sérios em outros países, e tem muitas formas de ajudar as pessoas afetadas. Claro, tem também uma galera que se aproveita da adrenalina para fazer fama no Youtube. É o caso de Tyler Owens (Glen Powell, um sujeito tão bonito que fiquei com raiva dele), originalmente apresentado como um rival em busca de fama e adrenalina.
HUMANOS SENDO
Assim, o filme combina a moça ideológica, os interesses capitalistas e a busca por adrenalina de vários grupos. E nisso, apresenta algumas excelentes cenas de ação. Tornados são um “vilão” especial, no sentido de que são uma força destruidora, mas sem intenção ou maldade. É algo que existe e que precisamos conviver ou domar. E isso deixa as cenas de ação bem legais. Afinal, tem personagens aqui que você não vai gostar, mas ninguém é especialmente mau, ou algo que pode ser classificado tradicionalmente como vilão. A cena de abertura, por exemplo, em que a equipe ideológica da protagonista busca uma forma de fazer os tornados desaparecerem com uma reação química, é muito legal.
A direção, por outro lado, é bastante irregular. Tem cenas realmente bonitas e criativas. E tem uma pá de outras em que a câmera treme tanto que fica difícil entender o que está acontecendo. Sim, é bem claro que a forma mais fácil de simular um tornado no cinema é tremendo a câmera. Mas eu não gosto disso esteticamente, e o filme usa a tática como muleta com bastante frequência.
YOU BREAK THIS, I’LL BREAK ALL THAT
Twisters é um longa curioso, no sentido de que, como uma continuação de Bubsy, parece ser o retorno de uma franquia que ninguém pediu. Dito isso, não é um filme ruim. É emocionante e é bonito e impressionante em várias cenas. Só não é especialmente marcante. Provavelmente não vou me lembrar muito dele depois de alguns anos, mas neste momento diria que foi uma diversão apropriada. Embora pouco além disso.
VOCÊ SABE?
Vamos animar os comentários: quem sabe a diferença entre furacão, ciclone, tornado e redemoinho? Explique para seus parças nos comentários!
