Pacto de Redenção não é exatamente um filme de medo. É um thriller bem interessante. Porém, o que vai tirar meu sono é a Doença de Creutzfeldt-Jakob. Pela explicação dada no filme, tem os mesmos efeitos da terrível Alzheimer, mas a degeneração é ainda mais rápida. Terrível, delfonauta.
CRÍTICA PACTO DE REDENÇÃO
Obviamente, o protagonista John Knox (o também diretor Michael Keaton) começa o filme descobrindo ser portador (vítima?) da desgramada. Acontece que ele não é flor que se cheire. O sujeito é um assassino profissional cujo filho (James Marsden) se afastou totalmente ao descobrir sua opção de carreira.
Numa bela noite orvalhada, o filhote bate à sua porta dizendo que matou alguém, e pede ajuda ao pai, já que não entende nada deste mundo. O papai coruja, claro, faz um plano para ajudar. A extensão deste plano é algo que só vai ficar clara ao final do longa, e isso faz com que o espectador fique em dúvida se as ações de Knox são lúcidas ou frutos de sua demência.
TEM COISA MAIS CRUEL DO QUE PERDER A LUCIDEZ?
As demonstrações do avanço da doença que fazem isso claramente, são bastante doloridas. Mas muitas das cenas você fica literalmente em dúvida se ele estava lúcido. Esta confusão faz parte do que deixa o filme tão intrigante. Na verdade, acredito que o título nacional faz um desserviço ao longa, contagiando o espectador quanto às consequências da história.
Não dá para ignorar o título, é claro. Mas mesmo assim o que temos aqui vale ser visto. É uma história intrigante e aflitiva. Um conto onde nenhum personagem é realmente um paladino, mas ninguém é totalmente vilão. Com exceção, claro, do cara que o filhote mata, que o filme faz questão de deixar claro que era não apenas um pedófilo, mas também um nazista. Assim ninguém fica em dúvida se ele merecia morrer.