Você conhece John Wick. Aquele que mataram o cachorro e que passou quatro filmes em busca de vingança? Pois então, a série principal acabou no quarto filme, mas grandes marcas nunca morrem. Elas se renovam. E assim vamos falar hoje de Bailarina, do Universo de John Wick. Será que mantém a tradição de ser uma das melhores séries de ação da atualidade? Ou será uma bomba? Só tem um jeito de descobrir, e você sabe qual é, não sabe? Claro, lendo nossa crítica Bailarina.

CRÍTICA BAILARINA, DO UNIVERSO DE JOHN WICK

Este universo tem algo de muito legal, que é a criação do universo em si. Os personagens, as regras, as instituições. É tudo muito bacana, a ponto de fazer todo o sentido contar outras histórias que se passem neste mundo, mesmo que não sejam diretamente conectadas ao Baba Yaga. A boa notícia é que Bailarina é tão bom quanto a série que a originou. Um filme de ação estiloso, cheio de adrenalina, criatividade e estilo.

Sim, criatividade. E você sabe que não me refiro à história, que é o bem básico “mataram o pai dela, ela quer vingança”. O bacana é que este é o ponto de partida para uma aventura que atravessa muitos países e cuja ação é tão constante quanto criativa. Pois é, olha essa palavra de novo aí. E agora vou elaborar mais.

AÇÃO CRIATIVA – ou PORRADAS NO IMPROVISO

Uma coisa que torna essa série tão especial é que as cenas de porrada vão muito além do tradicional gun fu de filmes semelhantes. Os personagens usam absolutamente tudo como arma, de forma rápida e improvisada. Um exemplo sem spoiler: Eve, a protagonista, se defende de um bando de malvadões que estão subindo uma escada jogando uma maleta ali. Só que a maleta se abre e solta um montão de granadas. Em outra, ainda focado em granadas, pois eu tenho uma saudável predileção por explosões, ela coloca uma granada na boca do desafeto e o esmaga entre a porta e a parede, ficando protegida do outro lado até o cabum.

Isso sem falar nas lutas em que as armas são coisas como patins de gelo ou no simples fato de elas serem todas tão lindamente coreografadas quanto filmadas. Pois é, eu vivo reclamando aqui de filmes de ação como os da Marvel, em que cada soco é um corte. Aqui os planos são longos e dá para entender direitinho cada ataque, cada defesa. É algo que exige muito mais dos atores, do coreógrafo e do diretor, e mostra que apesar de ser um Testosterona Total tradicional, muito carinho foi colocado aqui.

Bailarina, Ana de Armas, John Wick, Keanu Reeves, Delfos

Praticamente todas as cenas envolvem lutas, explosões ou os dois, com os poucos momentos de calmaria servindo para desenvolver este universo tão fascinante. Você pode até achar chato um filme com tanta porradaria, mas eu fiquei simplesmente embasbacado com quão difícil deve ter sido filmar isso tudo. E sim, achei tudo bastante divertido também, o que é o mais importante.

ELENCO ESTRELADO

Uma coisa curiosa é como o próprio pôster coloca nomes como Keanu ReevesLance Reddick como personagens importantes, quando na verdade a participação de ambos são apenas pontas que visam amarrar a história da série. Ainda assim, é surpreendente que em junho de 2025 ainda tenhamos um filme com participação de Reddick, já que ele morreu em março de 2023. A quantidade de pós-produção em um longa como este é sem dúvida considerável.

Outros personagens da franquia, como o dono do Continental (Ian McShane) e a líder da Ruska Roma (Anjelica Huston) aparecem bastante por aqui e são importantes para a história, então não é como se o elenco precisasse da estrela do Keanu Reeves para chamar a atenção. Como na Marvel, ele serviria melhor como uma participação especial de surpresa.

Ao contrário da Marvel, no entanto, o universo de John Wick demonstra estar muito vivo com Bailarina, e tem pernas para muito mais. Vamos torcer para o que vem por aí manter a qualidade, sem sinais de cansaço.